Sistemática e evolução do gênero de morcegos neotropical Lophostoma d'Orbigny, 1836 (Chiroptera: Phyllostomidae)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | eng |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/265684 |
Resumo: | Morcegos Lophostoma d'Orbigny, 1836 (Chiroptera: Phyllostomidae) estão distribuídos desde o sul do México até o sudoeste do Paraguai e sudeste do Brasil. Este gênero inclui sete espécies de morcegos insetívoros, conhecidos como morcegos-de-orelhas-redondas. A sistemática e taxonomia do grupo têm sido objeto de diversos estudos, que utilizando dados morfológicos e moleculares revelaram uma enorme diversidade fenotípica e genotípica, indicando a possível existência de espécies crípticas, principalmente em Lophostoma brasiliense Peters, 1866 e Lophostoma silvicola d'Orbigny, 1836. O principal objetivo do presente estudo foi analisar a diversidade críptica de Lophostoma ao longo de sua distribuição geográfica, integrando análises moleculares, morfológicas e morfométricas para esclarecer os limites taxonômicos, distribuição e relações evolutivas das suas espécies. No primeiro capítulo, apresento uma avaliação taxonômica de L. brasiliense. Foram utilizados métodos de delimitação fenotípica e molecular das espécies com base no marcador mitocondrial Citocromo c oxidase subunidade 1 (COI), dados morfológicos, morfométricos lineares e geométricos. Os resultados reconheceram L. brasiliense como duas linhagens distintas com distribuições alopátricas. Uma corresponde à L. brasiliense sensu stricto, com distribuição cis-andina; outra corresponde à L. nicaraguae (Goodwin, 1942), atualmente sinônimo de L. brasiliense, com distribuição transandina. O status de espécie válida é proposto para L. nicaraguae considerando as evidências apresentadas. No segundo capítulo, faço uma avaliação taxonômica de L. silvicola baseada em dois genes mitocondriais (COI, Cyt-b) e múltiplas evidências fenotípicas (morfologia qualitativa e quantitativa). As análises suportam a validação de duas entidades taxonômicas adicionais à L. silvicola: L. laephotis (Thomas, 1910) e L. amblyotis Peters, 1867. Por fim, apresento informações sobre a distribuição de cada uma das espécies aqui reconhecidas, bem como hipóteses sobre a sua diversificação, e discuto as possíveis implicações das barreiras geográficas na origem destas espécies. |
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Esquivel Melo, Diego AlejandroBianchi, Filipe MichelsPereira, Maria João Veloso da Costa Ramos2023-10-05T03:34:28Z2021http://hdl.handle.net/10183/265684001142964Morcegos Lophostoma d'Orbigny, 1836 (Chiroptera: Phyllostomidae) estão distribuídos desde o sul do México até o sudoeste do Paraguai e sudeste do Brasil. Este gênero inclui sete espécies de morcegos insetívoros, conhecidos como morcegos-de-orelhas-redondas. A sistemática e taxonomia do grupo têm sido objeto de diversos estudos, que utilizando dados morfológicos e moleculares revelaram uma enorme diversidade fenotípica e genotípica, indicando a possível existência de espécies crípticas, principalmente em Lophostoma brasiliense Peters, 1866 e Lophostoma silvicola d'Orbigny, 1836. O principal objetivo do presente estudo foi analisar a diversidade críptica de Lophostoma ao longo de sua distribuição geográfica, integrando análises moleculares, morfológicas e morfométricas para esclarecer os limites taxonômicos, distribuição e relações evolutivas das suas espécies. No primeiro capítulo, apresento uma avaliação taxonômica de L. brasiliense. Foram utilizados métodos de delimitação fenotípica e molecular das espécies com base no marcador mitocondrial Citocromo c oxidase subunidade 1 (COI), dados morfológicos, morfométricos lineares e geométricos. Os resultados reconheceram L. brasiliense como duas linhagens distintas com distribuições alopátricas. Uma corresponde à L. brasiliense sensu stricto, com distribuição cis-andina; outra corresponde à L. nicaraguae (Goodwin, 1942), atualmente sinônimo de L. brasiliense, com distribuição transandina. O status de espécie válida é proposto para L. nicaraguae considerando as evidências apresentadas. No segundo capítulo, faço uma avaliação taxonômica de L. silvicola baseada em dois genes mitocondriais (COI, Cyt-b) e múltiplas evidências fenotípicas (morfologia qualitativa e quantitativa). As análises suportam a validação de duas entidades taxonômicas adicionais à L. silvicola: L. laephotis (Thomas, 1910) e L. amblyotis Peters, 1867. Por fim, apresento informações sobre a distribuição de cada uma das espécies aqui reconhecidas, bem como hipóteses sobre a sua diversificação, e discuto as possíveis implicações das barreiras geográficas na origem destas espécies.Bats of genus Lophostoma d'Orbigny, 1836 (Chiroptera: Phyllostomidae) are distributed from southern Mexico to southwestern Paraguay and southwestern Brazil. This genus includes seven species of insectivorous bats, which are known as round-eared bats. Systematics and taxonomy of the group have been the subject of several studies, which using morphological and molecular data revealed an enormous phenotypic and genetic diversity, indicating the possible existence of cryptic species, mainly in Lophostoma brasiliense Peters, 1866 and Lophostoma silvicola d'Orbigny, 1836. The main objective of the present study was to analyze the cryptic diversity of Lophostoma throughout its geographic distribution, integrating molecular, morphological and morphometric analyzes to clarify the taxonomic limits, distribution and evolutionary relationships of its species. In the first chapter, I present a taxonomic assessment of L. brasiliense. Phenotypic and molecular species delimitation methods were used based on the mitochondrial marker Cytochrome c oxidase subunit I (COI), morphological, linear and geometric morphometric data. The results recognized L. brasiliense as two distinct lineages with allopatric distributions. One corresponds to L. brasiliense sensu stricto, with a cis-Andean distribution; another corresponds to L. nicaraguae (Goodwin, 1942), currently synonymous with L. brasiliense, with trans-Andean distribution. Valid species status is proposed for L. nicaraguae considering the evidence presented. In the second chapter, I perform a taxonomic assessment of L. silvicola based on two mitochondrial genes (COI, Cyt-b) and multiple phenotypic evidences (qualitative and quantitative morphology). The analyzes supported the validation of two additional taxonomic entities to L. silvicola: L. laephotis (Thomas, 1910) and L. amblyotis Peters, 1867. Finally, I present information on the distribution of each of the species recognized here, as well as hypotheses about their diversification, and discuss the possible implications of geographic barriers in the origin of these species.application/pdfengMorcegos insetívorosTaxonomia animalMorfologia animalPhyllostomidaeSistemática e evolução do gênero de morcegos neotropical Lophostoma d'Orbigny, 1836 (Chiroptera: Phyllostomidae)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de BiociênciasPrograma de Pós-Graduação em Biologia AnimalPorto Alegre, BR-RS2021mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001142964.pdf.txt001142964.pdf.txtExtracted Texttext/plain209524http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/265684/2/001142964.pdf.txt6ecc6fd42ce6edf5c9c9aa40d5923b1aMD52ORIGINAL001142964.pdfTexto completoapplication/pdf3795752http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/265684/1/001142964.pdf8f06acae6fec3514bb369d5f49da1308MD5110183/2656842023-10-06 03:41:39.050264oai:www.lume.ufrgs.br:10183/265684Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532023-10-06T06:41:39Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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Morcegos Lophostoma d'Orbigny, 1836 (Chiroptera: Phyllostomidae) estão distribuídos desde o sul do México até o sudoeste do Paraguai e sudeste do Brasil. Este gênero inclui sete espécies de morcegos insetívoros, conhecidos como morcegos-de-orelhas-redondas. A sistemática e taxonomia do grupo têm sido objeto de diversos estudos, que utilizando dados morfológicos e moleculares revelaram uma enorme diversidade fenotípica e genotípica, indicando a possível existência de espécies crípticas, principalmente em Lophostoma brasiliense Peters, 1866 e Lophostoma silvicola d'Orbigny, 1836. O principal objetivo do presente estudo foi analisar a diversidade críptica de Lophostoma ao longo de sua distribuição geográfica, integrando análises moleculares, morfológicas e morfométricas para esclarecer os limites taxonômicos, distribuição e relações evolutivas das suas espécies. No primeiro capítulo, apresento uma avaliação taxonômica de L. brasiliense. Foram utilizados métodos de delimitação fenotípica e molecular das espécies com base no marcador mitocondrial Citocromo c oxidase subunidade 1 (COI), dados morfológicos, morfométricos lineares e geométricos. Os resultados reconheceram L. brasiliense como duas linhagens distintas com distribuições alopátricas. Uma corresponde à L. brasiliense sensu stricto, com distribuição cis-andina; outra corresponde à L. nicaraguae (Goodwin, 1942), atualmente sinônimo de L. brasiliense, com distribuição transandina. O status de espécie válida é proposto para L. nicaraguae considerando as evidências apresentadas. No segundo capítulo, faço uma avaliação taxonômica de L. silvicola baseada em dois genes mitocondriais (COI, Cyt-b) e múltiplas evidências fenotípicas (morfologia qualitativa e quantitativa). As análises suportam a validação de duas entidades taxonômicas adicionais à L. silvicola: L. laephotis (Thomas, 1910) e L. amblyotis Peters, 1867. Por fim, apresento informações sobre a distribuição de cada uma das espécies aqui reconhecidas, bem como hipóteses sobre a sua diversificação, e discuto as possíveis implicações das barreiras geográficas na origem destas espécies. |
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