Análise de impacto ambiental da avicultura de postura em sistema intensivo e automatizado no Sul do Brasil
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/245337 |
Resumo: | A produção e consumo de ovos é crescente no mundo e, no Brasil, ganhou impulso especialmente a partir do final dos anos 90, principalmente em virtude da automação de sistemas produtivos sendo que o crescimento verificado foi superior ao mundial e a o da China, maior produtor mundial de ovos. Tal incremento pode ser atribuído aos avanços tecnológicos em diferentes áreas como a genética, equipamentos, medicamentos e técnicas de manejo da produção. A tendência de crescimento na demanda por ovos (in natura e industrializados) até 2050 é da ordem de 303%, segundo projeções da FAO e este crescimento pode ser relacionado ao reconhecimento de seu valor nutricional e por ser uma proteína animal alternativa à carne vermelha. Surge, então, o questionamento de como estes ovos serão produzidos de forma a garantir a segurança alimentar (quantidade e inocuidade), reduzindo ao máximo os impactos ambientas da atividade, além de observar questões ligadas ao bem-estar dos animais. O presente estudo objetivou analisar o desempenho ambiental da produção intensiva e automatizada, em gaiolas convencionais, na região sul do Brasil. A escolha do sistema foi baseada em seus resultados positivos quanto a produtividade e inocuidade. Além da análise ambiental este trabalho apresenta uma revisão bibliográfica referente a estudos similares em diversos países, bem como uma descrição dos principais sistemas produtivos de ovos. A análise dos impactos ambientais do sistema foi realizada utilizando a metodologia da análise de ciclo de vida (ACV), tendo como fonte de dados uma granja situada na região polo da avicultura de postura no estado do Rio grande do Sul,além de dados obtidos em bibliografias e bases de dados. Os resultados para as três categorias de impacto avaliadas foram: Eutrofização de 4,17 Kg PO4 – eq., acidificação de 6,85 Kg SO2 – eq. e pegada de Carbono (100 anos) de 1411,85 kg CO2 – eq. e apontaram que o desempenho do sistema avaliado teve comportamento similar aos resultados obtidos em outros locais como Reino Unido, Holanda, Canadá e Espanha. Sendo considerado uma proteína animal com pequena pegada de carbono. Tendo sido constatada a ausência de dados relativos ao Brasil para uma análise regionalizada do sistema, com exceção de dados sobre impactos ambientais da produção no Brasil de soja, milho e energia elétrica. Tal constatação aponta a necessidade de maiores estudos relacionados a obtenção de dados para compor uma base de dados ambientais do Brasil. |
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Pires, Maria Antônia Domingues RamosPinto, Andrea Troller2022-07-22T04:55:02Z2019http://hdl.handle.net/10183/245337001143721A produção e consumo de ovos é crescente no mundo e, no Brasil, ganhou impulso especialmente a partir do final dos anos 90, principalmente em virtude da automação de sistemas produtivos sendo que o crescimento verificado foi superior ao mundial e a o da China, maior produtor mundial de ovos. Tal incremento pode ser atribuído aos avanços tecnológicos em diferentes áreas como a genética, equipamentos, medicamentos e técnicas de manejo da produção. A tendência de crescimento na demanda por ovos (in natura e industrializados) até 2050 é da ordem de 303%, segundo projeções da FAO e este crescimento pode ser relacionado ao reconhecimento de seu valor nutricional e por ser uma proteína animal alternativa à carne vermelha. Surge, então, o questionamento de como estes ovos serão produzidos de forma a garantir a segurança alimentar (quantidade e inocuidade), reduzindo ao máximo os impactos ambientas da atividade, além de observar questões ligadas ao bem-estar dos animais. O presente estudo objetivou analisar o desempenho ambiental da produção intensiva e automatizada, em gaiolas convencionais, na região sul do Brasil. A escolha do sistema foi baseada em seus resultados positivos quanto a produtividade e inocuidade. Além da análise ambiental este trabalho apresenta uma revisão bibliográfica referente a estudos similares em diversos países, bem como uma descrição dos principais sistemas produtivos de ovos. A análise dos impactos ambientais do sistema foi realizada utilizando a metodologia da análise de ciclo de vida (ACV), tendo como fonte de dados uma granja situada na região polo da avicultura de postura no estado do Rio grande do Sul,além de dados obtidos em bibliografias e bases de dados. Os resultados para as três categorias de impacto avaliadas foram: Eutrofização de 4,17 Kg PO4 – eq., acidificação de 6,85 Kg SO2 – eq. e pegada de Carbono (100 anos) de 1411,85 kg CO2 – eq. e apontaram que o desempenho do sistema avaliado teve comportamento similar aos resultados obtidos em outros locais como Reino Unido, Holanda, Canadá e Espanha. Sendo considerado uma proteína animal com pequena pegada de carbono. Tendo sido constatada a ausência de dados relativos ao Brasil para uma análise regionalizada do sistema, com exceção de dados sobre impactos ambientais da produção no Brasil de soja, milho e energia elétrica. Tal constatação aponta a necessidade de maiores estudos relacionados a obtenção de dados para compor uma base de dados ambientais do Brasil.The production and consumption of eggs is increasing in the world, and in Brazil, it has gained momentum especially since the end of the 90s, mainly due to the automation of productive systems, being that the growth verified was superior to the world and the one of China, of eggs. Such an increase can be attributed to technological advances in different areas such as genetics, equipment, medicines and production management techniques. The growth trend in demand for eggs (in natura and industrialized) by 2050 is around 303%, according to FAO projections and this growth may be related to the recognition of its nutritional value and to being an alternative animal protein to red meat. The question arises as to how these eggs will be produced in order to guarantee food safety (quantity and safety), reducing the environmental impacts of the activity as much as possible, besides observing issues related to animal welfare. The present study aimed to analyze the environmental performance of intensive and automated production in conventional cages in southern Brazil. The choice of the system was based on its positive results regarding productivity and safety. In addition to the environmental analysis, this work presents a bibliographical review of similar studies in several countries, as well as a description of the main egg production systems. The analysis of the environmental impacts of the system was carried out using the life cycle analysis (LCA) methodology, having as data source a farm located in the polo region of poultry laying in the state of Rio Grande do Sul, in addition to data obtained in bibliographies and databases. The results for the three impact categories evaluated were: Eutrophication of 4.17 kg PO4 - eq., Acidification of 6.85 kg SO2 - eq. and carbon footprint (100 years) of 1411.85 kg CO2 - eq. and pointed out that the performance of the evaluated system had similar behavior to results obtained in other places such as the United Kingdom, the Netherlands, Canada and Spain. It is considered an animal protein with a small carbon footprint. It was verified the absence of data for Brazil for a regionalized analysis of the system, except for data on the environmental impacts of the production of soya, maize and electric energy in Brazil. This finding points to the need for further studies related to obtaining data to compose an environmental database of Brazil.application/pdfporAgronegócioAviculturaGalinha para posturaImpacto ambientalEgg industryEnvironmental impactLaying hensAgribusinessAnálise de impacto ambiental da avicultura de postura em sistema intensivo e automatizado no Sul do BrasilAnalysis of environmental impact of posture poultry in intensive and automated systems in the South of Brazil info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulCentro de Estudos e Pesquisas em AgronegóciosPrograma de Pós-Graduação em AgronegóciosPorto Alegre, BR-RS2019mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001143721.pdf.txt001143721.pdf.txtExtracted Texttext/plain134084http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/245337/2/001143721.pdf.txt9dddb620c76fa2ec9f9bc34c96561ee9MD52ORIGINAL001143721.pdfTexto completoapplication/pdf2158711http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/245337/1/001143721.pdf3b46cde7dc4b1c37924a368f93647117MD5110183/2453372022-07-23 05:05:19.406874oai:www.lume.ufrgs.br:10183/245337Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532022-07-23T08:05:19Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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A produção e consumo de ovos é crescente no mundo e, no Brasil, ganhou impulso especialmente a partir do final dos anos 90, principalmente em virtude da automação de sistemas produtivos sendo que o crescimento verificado foi superior ao mundial e a o da China, maior produtor mundial de ovos. Tal incremento pode ser atribuído aos avanços tecnológicos em diferentes áreas como a genética, equipamentos, medicamentos e técnicas de manejo da produção. A tendência de crescimento na demanda por ovos (in natura e industrializados) até 2050 é da ordem de 303%, segundo projeções da FAO e este crescimento pode ser relacionado ao reconhecimento de seu valor nutricional e por ser uma proteína animal alternativa à carne vermelha. Surge, então, o questionamento de como estes ovos serão produzidos de forma a garantir a segurança alimentar (quantidade e inocuidade), reduzindo ao máximo os impactos ambientas da atividade, além de observar questões ligadas ao bem-estar dos animais. O presente estudo objetivou analisar o desempenho ambiental da produção intensiva e automatizada, em gaiolas convencionais, na região sul do Brasil. A escolha do sistema foi baseada em seus resultados positivos quanto a produtividade e inocuidade. Além da análise ambiental este trabalho apresenta uma revisão bibliográfica referente a estudos similares em diversos países, bem como uma descrição dos principais sistemas produtivos de ovos. A análise dos impactos ambientais do sistema foi realizada utilizando a metodologia da análise de ciclo de vida (ACV), tendo como fonte de dados uma granja situada na região polo da avicultura de postura no estado do Rio grande do Sul,além de dados obtidos em bibliografias e bases de dados. Os resultados para as três categorias de impacto avaliadas foram: Eutrofização de 4,17 Kg PO4 – eq., acidificação de 6,85 Kg SO2 – eq. e pegada de Carbono (100 anos) de 1411,85 kg CO2 – eq. e apontaram que o desempenho do sistema avaliado teve comportamento similar aos resultados obtidos em outros locais como Reino Unido, Holanda, Canadá e Espanha. Sendo considerado uma proteína animal com pequena pegada de carbono. Tendo sido constatada a ausência de dados relativos ao Brasil para uma análise regionalizada do sistema, com exceção de dados sobre impactos ambientais da produção no Brasil de soja, milho e energia elétrica. Tal constatação aponta a necessidade de maiores estudos relacionados a obtenção de dados para compor uma base de dados ambientais do Brasil. |
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