Análise dos gastos familiares com medicamentos e correlatos para o tratamento do diabetes na população brasileira

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Zaccolo, Anamaria Vargas
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/17442
Resumo: Introdução: O diabetes atinge um número cada vez maior de pessoas ao redor do mundo, sendo considerado um problema de saúde pública. Custos diretos para o atendimento ao diabetes representam de 2,5% a 15% dos gastos nacionais em saúde em todo o mundo, taxa que varia de acordo com a prevalência local de diabetes e a complexidade do tratamento disponível. Aspectos econômicos do diabetes foram amplamente estudados nos Estados Unidos e em países da Europa, mas informações desse tipo ainda são escassas no Brasil. Uma fonte potencial de dados para estudos com gastos em saúde no Brasil é a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Objetivos: Avaliar os gastos individuais com medicamentos para o tratamento do diabetes e correlatos entre diabéticos e estimar os custos do tratamento do diabetes e seu impacto no orçamento familiar das famílias que têm, pelo menos, um membro com a doença, a partir de dados contidos na POF 2002-2003. Materiais e métodos: Esta análise é conduzida com os dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), de 2002-2003, a qual foi realizada entre julho de 2002 e junho de 2003, e envolveu entrevistas realizadas numa amostra de 48.470 domicílios. Resultados: 1,7% da população adquiriram algum tipo de medicamento para o tratamento do diabetes durante o período da pesquisa. Entre eles, o gasto médio anual com essa despesa foi de R$ 363,19. Para as pessoas que compram medicamentos para o tratamento do diabetes em famílias com renda familiar per capita de até R$ 400,00, cerca de 40% das despesas individuais são em medicamentos para o tratamento do diabetes, enquanto que aqueles cuja renda familiar per capita é maior do que R$ 6000,00, cerca de 20% das despesas individuais eram para medicamentos para o diabetes no tercil mais alto. Discussão: A despesa com medicamentos para o tratamento do diabetes equivale a 20% dos gastos em saúde individual, em média. No tercil mais elevado da proporção de despesas, os gastos com o tratamento para o diabetes representam cerca de 40% a 50% do gasto em saúde, enquanto que, no tercil inferior, essas mesmas despesas correspondem de 4% a 5%.
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Objetivos: Avaliar os gastos individuais com medicamentos para o tratamento do diabetes e correlatos entre diabéticos e estimar os custos do tratamento do diabetes e seu impacto no orçamento familiar das famílias que têm, pelo menos, um membro com a doença, a partir de dados contidos na POF 2002-2003. Materiais e métodos: Esta análise é conduzida com os dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), de 2002-2003, a qual foi realizada entre julho de 2002 e junho de 2003, e envolveu entrevistas realizadas numa amostra de 48.470 domicílios. Resultados: 1,7% da população adquiriram algum tipo de medicamento para o tratamento do diabetes durante o período da pesquisa. Entre eles, o gasto médio anual com essa despesa foi de R$ 363,19. Para as pessoas que compram medicamentos para o tratamento do diabetes em famílias com renda familiar per capita de até R$ 400,00, cerca de 40% das despesas individuais são em medicamentos para o tratamento do diabetes, enquanto que aqueles cuja renda familiar per capita é maior do que R$ 6000,00, cerca de 20% das despesas individuais eram para medicamentos para o diabetes no tercil mais alto. Discussão: A despesa com medicamentos para o tratamento do diabetes equivale a 20% dos gastos em saúde individual, em média. No tercil mais elevado da proporção de despesas, os gastos com o tratamento para o diabetes representam cerca de 40% a 50% do gasto em saúde, enquanto que, no tercil inferior, essas mesmas despesas correspondem de 4% a 5%.Introduction: Diabetes affects a large number of people around the world, being considered a public health problem. Direct costs for diabetes care accounts for 2.5% to 15% of national health expenditures around the world, fee that varies according to local prevalence of diabetes and to the complexity of treatment available. Economic aspects of diabetes have been studied in the United States and in countries of Europe, but such information are still scarce in Brazil. A potential source of data for studies in health care spending in Brazil is the Survey on Household Budgets(POF 2002-2003). Objective: To evaluate the individual spending with prescription drugs to treat diabetes. Estimate the cost of treating diabetes and its impact on household budgets of families that have at least one member with the disease based on contained in the POF 2002-2003. Materials and methods: This analysis is conducted with the data from Survey on Household Budgets 2002-2003 which involved interviews on a sample of 48.470 families. Results: 1.7% of the population has acquired prescription drugs for diabetes care during the period of the research. Among those who have acquired any drugs for diabetes care the average annual expense was R$ 363.19. Families with per capita family income of up to r $ 400.00, approximately 40% of individual expenditure are medicines for diabetes care, while those whose family per capita income is greater than R$ 6000.00, approximately 20% of individual expenditure were to medicines for diabetes in higher proportions of costs. Discussion: Medicines for diabetes care counts with 20% of individual health care spending. Within the families with the higher proportion of costs, expenses with the treatment for diabetes represent around 40 to 50% health care spending while in lower proportions these same costs represents 4 to 5% of the family health care spending.application/pdfporDiabetes mellitusCustos de medicamentosFinanciamento pessoalGastos em saúdeBrasilAnálise dos gastos familiares com medicamentos e correlatos para o tratamento do diabetes na população brasileirainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPrograma de Pós-Graduação em EpidemiologiaPorto Alegre, BR-RS2009mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT000717494.pdf.txt000717494.pdf.txtExtracted Texttext/plain102179http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/17442/2/000717494.pdf.txt0e097c4b9819af24d77f51c2693bd6a1MD52ORIGINAL000717494.pdf000717494.pdfTexto completoapplication/pdf1119168http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/17442/1/000717494.pdf7048985614db4c7b8b047d0e6549edeeMD51THUMBNAIL000717494.pdf.jpg000717494.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1214http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/17442/3/000717494.pdf.jpg248ff0df46eaa3503651326fea5f0206MD5310183/174422018-10-05 08:07:03.971oai:www.lume.ufrgs.br:10183/17442Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-05T11:07:03Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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