Deficiência de vitamina D em pacientes pediátricos que fazem uso de fármacos antiepilépticos : revisão sistemática com metanálise
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/198972 |
Resumo: | A prevalência de epilepsia na faixa etária pediátrica em países em desenvolvimento pode chegar a 10 casos a cada 1000 crianças. O tratamento com anticonvulsivantes é indispensável para o bom controle das crises epilépticas, entretanto existem evidências de que seu uso causa alteração no metabolismo ósseo através da redução nos níveis de vitamina D. Objetivo: Mensurar a prevalência de deficiência de 25-hidroxi vitamina D ou 25(OH)D em pacientes pediátricos que fazem uso de anticonvulsivantes. Métodos: Revisão sistemática com metanálise de estudos identificados por meio de pesquisa nas bases de dados Pubmed, Embase, LILACS e Cochrane. Critérios de Inclusão: Estudos que incluíam pacientes com idade entre 0 a 18 anos em uso de anticonvulsivantes; publicados em língua portuguesa, inglesa ou espanhola. Resultados: Foram encontrados 709 artigos na busca e, após avaliação adequada, 25 artigos mostraram-se relevantes frente aos objetivos do estudo. Um total de 2210 crianças foi incluído. A proporção de pacientes em uso de anticonvulsivantes que desenvolveu deficiência de vitamina D em relação ao total de pacientes foi de 0,34% (IC 95% = 0,25 – 0,43) (I² = 93%, p < 0,01). Nas análises por subgrupos, observou-se menor heterogeneidade entre os estudos na avaliação da amostra de estudos de coorte (prevalência de 0,52% [IC 95% = 0,37 – 0,66] [I² = 83%, p < 0,01]) e da amostra de pacientes que fizeram uso de anticonvulsivantes sem efeito no metabolismo hepático através do citocromo P450 (prevalência de 0,10 % [IC 95% = 0,04 – 0,25] [I² = 46%, p < 0,01]). Verificou-se importante variação entre os pontos de corte utilizados para deficiência nos estudos. Conclusão: Não existem dados confiáveis para determinação de deficiência de vitamina D em pacientes pediátricos em uso de anticonvulsivantes. |
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Junges, CíntiaMello, Elza Daniel deRiesgo, Rudimar dos Santos2019-09-07T02:33:42Z2019http://hdl.handle.net/10183/198972001097802A prevalência de epilepsia na faixa etária pediátrica em países em desenvolvimento pode chegar a 10 casos a cada 1000 crianças. O tratamento com anticonvulsivantes é indispensável para o bom controle das crises epilépticas, entretanto existem evidências de que seu uso causa alteração no metabolismo ósseo através da redução nos níveis de vitamina D. Objetivo: Mensurar a prevalência de deficiência de 25-hidroxi vitamina D ou 25(OH)D em pacientes pediátricos que fazem uso de anticonvulsivantes. Métodos: Revisão sistemática com metanálise de estudos identificados por meio de pesquisa nas bases de dados Pubmed, Embase, LILACS e Cochrane. Critérios de Inclusão: Estudos que incluíam pacientes com idade entre 0 a 18 anos em uso de anticonvulsivantes; publicados em língua portuguesa, inglesa ou espanhola. Resultados: Foram encontrados 709 artigos na busca e, após avaliação adequada, 25 artigos mostraram-se relevantes frente aos objetivos do estudo. Um total de 2210 crianças foi incluído. A proporção de pacientes em uso de anticonvulsivantes que desenvolveu deficiência de vitamina D em relação ao total de pacientes foi de 0,34% (IC 95% = 0,25 – 0,43) (I² = 93%, p < 0,01). Nas análises por subgrupos, observou-se menor heterogeneidade entre os estudos na avaliação da amostra de estudos de coorte (prevalência de 0,52% [IC 95% = 0,37 – 0,66] [I² = 83%, p < 0,01]) e da amostra de pacientes que fizeram uso de anticonvulsivantes sem efeito no metabolismo hepático através do citocromo P450 (prevalência de 0,10 % [IC 95% = 0,04 – 0,25] [I² = 46%, p < 0,01]). Verificou-se importante variação entre os pontos de corte utilizados para deficiência nos estudos. Conclusão: Não existem dados confiáveis para determinação de deficiência de vitamina D em pacientes pediátricos em uso de anticonvulsivantes.The prevalence of epilepsy in the pediatric age group in developing countries can reach 10 cases per 1,000 children. However, there is evidence that anti-epileptic drugs use causes alteration in bone metabolism through reduction in vitamin D levels. Objective: To measure the prevalence of 25-hydroxy vitamin D deficiency or 25 (OH) D in pediatric patients on anticonvulsants. Methods: Systematic review with meta-analysis of studies identified through Pubmed, Embase, LILACS and Cochrane databases. Inclusion Criteria: Studies that included patients aged 0 to 18 years-old using anticonvulsants; published in Portuguese, English or Spanish. Results: A total of 709 articles were found in the search and, after an adequate evaluation, 25 articles were relevant to the study objectives. A total of 2210 children were included. The proportion of patients taking anticonvulsants who developed vitamin D deficiency regarding the total number of patients was 0,34 (95% CI = 0.25-0.33) (I² = 93%, p <0.01). In subgroup analyzes, there was less heterogeneity among cohort studies which were evaluated (prevalence of 0,51 [95% CI = 0.37-0.66] [I² = 83%, p <0.01]) and in the sample of patients on anticonvulsants with no effect on hepatic metabolism through cytochrome P450 (prevalence of 0,10 [95% CI = 0.04-0.25] [I² = 46%, p <0.01]). There was an important variation between thresholds used for deficiency in the studies. Conclusion: There is no reliable data for the determination of vitamin D deficiency prevalence in pediatric patients using anticonvulsants.application/pdfporAnticonvulsivantesDeficiência de vitamina DRevisão sistemáticaMetanáliseCriançaAdolescenteAntiepilepticsVitamin DMeta-analysisChildrenAdolescentsDeficiência de vitamina D em pacientes pediátricos que fazem uso de fármacos antiepilépticos : revisão sistemática com metanáliseinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPrograma de Pós-Graduação em Saúde da Criança e do AdolescentePorto Alegre, BR-RS2019mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001097802.pdf.txt001097802.pdf.txtExtracted Texttext/plain132471http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/198972/2/001097802.pdf.txtc16be48844727139801376497017d7afMD52ORIGINAL001097802.pdfTexto completoapplication/pdf2460701http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/198972/1/001097802.pdf3bc22c5197408fec2c8bd723dccdad30MD5110183/1989722022-09-01 05:01:43.611952oai:www.lume.ufrgs.br:10183/198972Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532022-09-01T08:01:43Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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