Corifolitropina alfa versus menotropina na estimulação ovariana controlada para fertilização in vitro : impacto no follicular output rate (FORT)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Donato, Rafaela Colle
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/188903
Resumo: Introdução: O objetivo da estimulação ovariana controlada (EOC) é obter o maior número de oócitos maduros para fertilização in vitro (FIV), com mínimos eventos adversos às pacientes. O uso de gonadotrofinas para estimulação tem por objetivo aumentar a eficácia da FIV, pois um maior número de oócitos recuperados se relaciona diretamente com desfechos reprodutivos. A corifolitropina alfa é um hormônio folículo estimulante (FSH) recombinante relativamente novo, com ação prolongada de até sete dias após uma única aplicação. Trata-se de uma droga com farmaconinética diferente das demais gonadotrofinas disponíveis, porém o seu efeito na responsividade folicular ainda não foi avaliado. O follicular output rate (FORT), o qual avalia a proporção de folículos antrais que responderam às gonadotrofinas, é uma excelente ferramenta para avaliação da resposta folicular e também está relacionado com desfechos reprodutivos. Objetivo: Avaliar se a administração de corifolitropina alfa modifica a coorte folicular, medida pelo FORT, comparada à menotropina (HMG) na estimulação ovariana controlada para a FIV. Métodos: Estudo prospectivo realizado com 306 pacientes inférteis submetidas à FIV juntamente com o Centro de Reprodução Humana Insemine, no período de janeiro de 2017 a julho de 2018. As pacientes foram alocadas por conveniência em dois grupos: para receber corifolitropina alfa (Grupo 1) ou HMG (Grupo 2). O desfecho primário foi o FORT. Desfechos secundários incluíram número de oócitos recuperados, número de oócitos em metáfase II (MII), duração da estimulação, número de embriões, qualidade embrionária e taxa de gestação. Resultados: Trezentas e seis pacientes inférteis submetidas à FIV, com média de idade de 35,80 (desvio padrão [DP] ±4,44) anos, foram 11 incluídas neste estudo (grupo 1 n = 152; grupo 2 n = 154). Comparando a estimulação ovariana entre corifolitropina alfa e HMG, não foram encontradas diferenças em termos de FORT (40,0% [Intervalo interquartil (IQR) 25,0 – 66,66] para o grupo 1 versus 40,83% [IQR 22,22 – 66,66] para o grupo 2; p = 0,930). As pacientes que fizeram uso de corifolitropina alfa tiveram um número maior de embriões quando comparadas com aquelas do grupo do HMG (3,0 [IQR 1,0 – 5,0 ] para o grupo 1 versus 2,0 [IQR 1,0 – 4,0] para o grupo 2; p = 0,04). Outros desfechos secundários pré-definidos foram semelhantes entre os grupos. Conclusão: O uso de corifolitropina alfa para estimulação ovariana para FIV não foi prejudicial à responsividade folicular quando avaliada através do FORT, comparando com uso de menotropina, demonstrando que a aplicação em bolus de FSH é uma excelente alternativa para EOC.
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O follicular output rate (FORT), o qual avalia a proporção de folículos antrais que responderam às gonadotrofinas, é uma excelente ferramenta para avaliação da resposta folicular e também está relacionado com desfechos reprodutivos. Objetivo: Avaliar se a administração de corifolitropina alfa modifica a coorte folicular, medida pelo FORT, comparada à menotropina (HMG) na estimulação ovariana controlada para a FIV. Métodos: Estudo prospectivo realizado com 306 pacientes inférteis submetidas à FIV juntamente com o Centro de Reprodução Humana Insemine, no período de janeiro de 2017 a julho de 2018. As pacientes foram alocadas por conveniência em dois grupos: para receber corifolitropina alfa (Grupo 1) ou HMG (Grupo 2). O desfecho primário foi o FORT. Desfechos secundários incluíram número de oócitos recuperados, número de oócitos em metáfase II (MII), duração da estimulação, número de embriões, qualidade embrionária e taxa de gestação. Resultados: Trezentas e seis pacientes inférteis submetidas à FIV, com média de idade de 35,80 (desvio padrão [DP] ±4,44) anos, foram 11 incluídas neste estudo (grupo 1 n = 152; grupo 2 n = 154). Comparando a estimulação ovariana entre corifolitropina alfa e HMG, não foram encontradas diferenças em termos de FORT (40,0% [Intervalo interquartil (IQR) 25,0 – 66,66] para o grupo 1 versus 40,83% [IQR 22,22 – 66,66] para o grupo 2; p = 0,930). As pacientes que fizeram uso de corifolitropina alfa tiveram um número maior de embriões quando comparadas com aquelas do grupo do HMG (3,0 [IQR 1,0 – 5,0 ] para o grupo 1 versus 2,0 [IQR 1,0 – 4,0] para o grupo 2; p = 0,04). Outros desfechos secundários pré-definidos foram semelhantes entre os grupos. Conclusão: O uso de corifolitropina alfa para estimulação ovariana para FIV não foi prejudicial à responsividade folicular quando avaliada através do FORT, comparando com uso de menotropina, demonstrando que a aplicação em bolus de FSH é uma excelente alternativa para EOC.Introduction: Controlled ovarian hyperstimulation goal is to achieve the highest number of mature oocyte suitable for in vitro fertilization without adverse events to patients. Administration of gonadotropin during stimulation aims to increase the efficacy of in vitro fertilization (IVF) since a higher number of oocytes retrieved have been directly related to reproductive outcomes. Corifollitropin alfa is a relatively new recombinant FSH with a long action, up to seven days after only one injection. This drug has pharmacokinetics different from other available gonadotropins and its effect on follicular responsiveness has not yet been evaluated. FORT is an excellent tool for assessing follicular response since it is not influenced by the size of the pre-existing follicular cohort and it has previously been related to reproductive outcomes. Objective: To assess whether an administration of corifollitropin alfa modifies the follicular cohort, measured by FORT, compared to HMG in controlled ovarian stimulation for in vitro fertilization. Methods: Prospective study was conducted including 306 infertile patients undergoing to IVF in partnership with the Insemine Human Reproduction Center in Porto Alegre, Brazil, from January 2017 to July 2018. Patients were allocated for convenience into two groups: to receive corifollitropin alfa (Group 1) or HMG (Group 2). Primary outcome measure was FORT. Secondary outcome measures included number of oocytes retrieved, MII, duration of stimulation, number of embryos, embryo quality and clinical pregnancy rate. Results: Three hundred-six infertile patients undergoing to in vitro fertilization, with mean age of 35.80 (SD +-4.44) years-old, were enrolled in this study (group 1 n = 152; group 2 n = 154). Comparing ovarian stimulation between corifollitropin alfa and HMG, no differences regarding FORT were 13 found (40.0% [Interquartile range (IQR) 25.0 – 66.66] for group 1 versus 40.83% [IQR 22.22 – 66.66] for group 2; p = 0.930). Patients treated with corifollitropin alfa had a higher number of embryos when compared with those from HMG group (3.0 [IQR 1.0 – 5.0] for group 1 versus 2.0 [IQR 1.0 – 4.0] for group 2; p = 0.04). Other secondary outcomes preset for this study were similar between groups. Conclusion: Corifollitropin alfa administration during COH for IVF was not detrimental to follicular ovarian responsiveness measured by FORT, compared to menotropin, demonstrating that the bolus effect of this drug is a great alternative for COHapplication/pdfporFolículo ovarianoFertilização in vitroIndução da ovulaçãoSubunidade alfa de hormônios glicoproteicosInfertilityFollicular output rateOvarian responseCorifollitropin alfaIn vitro fertilizationCorifolitropina alfa versus menotropina na estimulação ovariana controlada para fertilização in vitro : impacto no follicular output rate (FORT)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPrograma de Pós-Graduação em Ciências da Saúde: Ginecologia e ObstetríciaPorto Alegre, BR-RS2018mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001086424.pdf.txt001086424.pdf.txtExtracted Texttext/plain81658http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/188903/2/001086424.pdf.txt350ce5d1ed9bc57647ff54b0dc831984MD52ORIGINAL001086424.pdfTexto completoapplication/pdf537222http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/188903/1/001086424.pdfcd88ad6ced5cf3eb566b31d90446560cMD5110183/1889032022-07-29 04:50:46.434816oai:www.lume.ufrgs.br:10183/188903Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532022-07-29T07:50:46Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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