Efeito da eletroconvulsoterapia sobre sintomatologia psiquiátrica e qualidade de vida

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Antunes, Paula Barros
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/15381
Resumo: I ntrodução: A eletroconvulsoterapia (ECT) é um procedimento médico que consiste na indução de crises convulsivas para o tratamento de sintomas psiquiátricos. Transtornos resistentes a terapias medicamentosas e a necessidade de uma resposta rápida constituem sua principal indicação. Objetivos: Avaliar a eficácia da ECT na melhora na sintomatologia e na qualidade de vida de pacientes com transtornos psiquiátricos graves. Comparar o ponto de vista do médico com a perspectiva do paciente quanto a sua melhora (artigo 1). Avaliar a taxa de remissão da depressão no subgrupo de pacientes deprimidos (artigo 2). Métodos: Num delineamento longitudinal e observacional, todos os pacientes submetidos à ECT que estavam internados na Unidade de Psiquiatria do Hospital de Clínicas de Porto Alegre que aceitaram participar do estudo e apresentavam condições clínicas de serem entrevistados foram avaliados antes de iniciar o tratamento e após todo o curso de ECT. No período pré tratamento foi aplicado o MINI para avaliação diagnóstica. As escalas BASIS-32 (Behavior and symptom identification scale), BPRS-A (Brief Psychiatry Rating Scale – Anchored), CGI (Impressão Clínica Global) e a WHOQOL-BREF (World Health Organization Quality of Life – forma breve) foram aplicadas antes de iniciar a primeira sessão de ECT e repetidas após o término da série completa. Para avaliar se a mudança percebida pelo clínico foi semelhante à mudança percebida pelo paciente foi feita a comparação do tamanho de efeito das duas escalas de psicopatologia, a BASIS-32 (instrumento de auto-avaliação) e a BPRS (preenchida pelo entrevistador) (artigo 1). Para verificar a taxa de remissão da depressão foi utilizada a escala CGI e definido como remissão os escores 1 e 2 dessa escala (artigo 2). Resultados: 88 pacientes foram convidados a participar do estudo, sendo que 30 (34,1%) não foram incluídos (recusa ou incapacidade de responder aos questionários). Dos 58 pacientes avaliados, a ECT foi indicada por depressão resistente em 47 (81,1%) pacientes. Houve diferença significativa (p<0,001) entre os períodos pré e pós ECT nos escores das escalas BASIS-32, BPRS-A, CGI e em todos os domínios do WHOQOL, com maior diferença nos domínios físico e psicológico do que relações sociais e meio ambiente. Os tamanhos de efeito das escala BASIS-32 e BPRS foram semelhantes, 1,01 e 1,02 respectivamente (artigo 1). Dos 58 pacientes avaliados, 44 tinham depressão maior ou depressão bipolar. A remissão dos sintomas foi observada em 40,9% dos pacientes (artigo 2). Conclusão: A ECT está associada com melhora da sintomatologia e da qualidade de vida de pacientes com doenças psiquiátricas graves. Esse efeito foi observado tanto na percepção do paciente como na percepção do clínico. Além disso, a ECT demonstrou-se eficaz no tratamento de pacientes com depressão resistente ao tratamento.
id URGS_9141ff8b07d9b1e790f50efcc1b10126
oai_identifier_str oai:www.lume.ufrgs.br:10183/15381
network_acronym_str URGS
network_name_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
repository_id_str 1853
spelling Antunes, Paula BarrosFleck, Marcelo Pio de Almeida2009-03-12T04:12:38Z2008http://hdl.handle.net/10183/15381000680778I ntrodução: A eletroconvulsoterapia (ECT) é um procedimento médico que consiste na indução de crises convulsivas para o tratamento de sintomas psiquiátricos. Transtornos resistentes a terapias medicamentosas e a necessidade de uma resposta rápida constituem sua principal indicação. Objetivos: Avaliar a eficácia da ECT na melhora na sintomatologia e na qualidade de vida de pacientes com transtornos psiquiátricos graves. Comparar o ponto de vista do médico com a perspectiva do paciente quanto a sua melhora (artigo 1). Avaliar a taxa de remissão da depressão no subgrupo de pacientes deprimidos (artigo 2). Métodos: Num delineamento longitudinal e observacional, todos os pacientes submetidos à ECT que estavam internados na Unidade de Psiquiatria do Hospital de Clínicas de Porto Alegre que aceitaram participar do estudo e apresentavam condições clínicas de serem entrevistados foram avaliados antes de iniciar o tratamento e após todo o curso de ECT. No período pré tratamento foi aplicado o MINI para avaliação diagnóstica. As escalas BASIS-32 (Behavior and symptom identification scale), BPRS-A (Brief Psychiatry Rating Scale – Anchored), CGI (Impressão Clínica Global) e a WHOQOL-BREF (World Health Organization Quality of Life – forma breve) foram aplicadas antes de iniciar a primeira sessão de ECT e repetidas após o término da série completa. Para avaliar se a mudança percebida pelo clínico foi semelhante à mudança percebida pelo paciente foi feita a comparação do tamanho de efeito das duas escalas de psicopatologia, a BASIS-32 (instrumento de auto-avaliação) e a BPRS (preenchida pelo entrevistador) (artigo 1). Para verificar a taxa de remissão da depressão foi utilizada a escala CGI e definido como remissão os escores 1 e 2 dessa escala (artigo 2). Resultados: 88 pacientes foram convidados a participar do estudo, sendo que 30 (34,1%) não foram incluídos (recusa ou incapacidade de responder aos questionários). Dos 58 pacientes avaliados, a ECT foi indicada por depressão resistente em 47 (81,1%) pacientes. Houve diferença significativa (p<0,001) entre os períodos pré e pós ECT nos escores das escalas BASIS-32, BPRS-A, CGI e em todos os domínios do WHOQOL, com maior diferença nos domínios físico e psicológico do que relações sociais e meio ambiente. Os tamanhos de efeito das escala BASIS-32 e BPRS foram semelhantes, 1,01 e 1,02 respectivamente (artigo 1). Dos 58 pacientes avaliados, 44 tinham depressão maior ou depressão bipolar. A remissão dos sintomas foi observada em 40,9% dos pacientes (artigo 2). Conclusão: A ECT está associada com melhora da sintomatologia e da qualidade de vida de pacientes com doenças psiquiátricas graves. Esse efeito foi observado tanto na percepção do paciente como na percepção do clínico. Além disso, a ECT demonstrou-se eficaz no tratamento de pacientes com depressão resistente ao tratamento.application/pdfporEletroconvulsoterapiaQualidade de vidaIndução de remissãoSobrevivência livre de doençaTranstornos mentaisEfeito da eletroconvulsoterapia sobre sintomatologia psiquiátrica e qualidade de vidainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPrograma de Pós-Graduação em Ciências Médicas: PsiquiatriaPorto Alegre, BR-RS2008mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000680778.pdf000680778.pdfTexto completoapplication/pdf470755http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/15381/1/000680778.pdfc855e7af96907508fef6de66b536df62MD51TEXT000680778.pdf.txt000680778.pdf.txtExtracted Texttext/plain149842http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/15381/2/000680778.pdf.txt9912b11c1a91f72bb5c3ecf570b9c6bbMD52THUMBNAIL000680778.pdf.jpg000680778.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1174http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/15381/3/000680778.pdf.jpgd0c30854ed6fc845681771872912329dMD5310183/153812018-10-11 08:24:02.029oai:www.lume.ufrgs.br:10183/15381Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-11T11:24:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Efeito da eletroconvulsoterapia sobre sintomatologia psiquiátrica e qualidade de vida
title Efeito da eletroconvulsoterapia sobre sintomatologia psiquiátrica e qualidade de vida
spellingShingle Efeito da eletroconvulsoterapia sobre sintomatologia psiquiátrica e qualidade de vida
Antunes, Paula Barros
Eletroconvulsoterapia
Qualidade de vida
Indução de remissão
Sobrevivência livre de doença
Transtornos mentais
title_short Efeito da eletroconvulsoterapia sobre sintomatologia psiquiátrica e qualidade de vida
title_full Efeito da eletroconvulsoterapia sobre sintomatologia psiquiátrica e qualidade de vida
title_fullStr Efeito da eletroconvulsoterapia sobre sintomatologia psiquiátrica e qualidade de vida
title_full_unstemmed Efeito da eletroconvulsoterapia sobre sintomatologia psiquiátrica e qualidade de vida
title_sort Efeito da eletroconvulsoterapia sobre sintomatologia psiquiátrica e qualidade de vida
author Antunes, Paula Barros
author_facet Antunes, Paula Barros
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Antunes, Paula Barros
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Fleck, Marcelo Pio de Almeida
contributor_str_mv Fleck, Marcelo Pio de Almeida
dc.subject.por.fl_str_mv Eletroconvulsoterapia
Qualidade de vida
Indução de remissão
Sobrevivência livre de doença
Transtornos mentais
topic Eletroconvulsoterapia
Qualidade de vida
Indução de remissão
Sobrevivência livre de doença
Transtornos mentais
description I ntrodução: A eletroconvulsoterapia (ECT) é um procedimento médico que consiste na indução de crises convulsivas para o tratamento de sintomas psiquiátricos. Transtornos resistentes a terapias medicamentosas e a necessidade de uma resposta rápida constituem sua principal indicação. Objetivos: Avaliar a eficácia da ECT na melhora na sintomatologia e na qualidade de vida de pacientes com transtornos psiquiátricos graves. Comparar o ponto de vista do médico com a perspectiva do paciente quanto a sua melhora (artigo 1). Avaliar a taxa de remissão da depressão no subgrupo de pacientes deprimidos (artigo 2). Métodos: Num delineamento longitudinal e observacional, todos os pacientes submetidos à ECT que estavam internados na Unidade de Psiquiatria do Hospital de Clínicas de Porto Alegre que aceitaram participar do estudo e apresentavam condições clínicas de serem entrevistados foram avaliados antes de iniciar o tratamento e após todo o curso de ECT. No período pré tratamento foi aplicado o MINI para avaliação diagnóstica. As escalas BASIS-32 (Behavior and symptom identification scale), BPRS-A (Brief Psychiatry Rating Scale – Anchored), CGI (Impressão Clínica Global) e a WHOQOL-BREF (World Health Organization Quality of Life – forma breve) foram aplicadas antes de iniciar a primeira sessão de ECT e repetidas após o término da série completa. Para avaliar se a mudança percebida pelo clínico foi semelhante à mudança percebida pelo paciente foi feita a comparação do tamanho de efeito das duas escalas de psicopatologia, a BASIS-32 (instrumento de auto-avaliação) e a BPRS (preenchida pelo entrevistador) (artigo 1). Para verificar a taxa de remissão da depressão foi utilizada a escala CGI e definido como remissão os escores 1 e 2 dessa escala (artigo 2). Resultados: 88 pacientes foram convidados a participar do estudo, sendo que 30 (34,1%) não foram incluídos (recusa ou incapacidade de responder aos questionários). Dos 58 pacientes avaliados, a ECT foi indicada por depressão resistente em 47 (81,1%) pacientes. Houve diferença significativa (p<0,001) entre os períodos pré e pós ECT nos escores das escalas BASIS-32, BPRS-A, CGI e em todos os domínios do WHOQOL, com maior diferença nos domínios físico e psicológico do que relações sociais e meio ambiente. Os tamanhos de efeito das escala BASIS-32 e BPRS foram semelhantes, 1,01 e 1,02 respectivamente (artigo 1). Dos 58 pacientes avaliados, 44 tinham depressão maior ou depressão bipolar. A remissão dos sintomas foi observada em 40,9% dos pacientes (artigo 2). Conclusão: A ECT está associada com melhora da sintomatologia e da qualidade de vida de pacientes com doenças psiquiátricas graves. Esse efeito foi observado tanto na percepção do paciente como na percepção do clínico. Além disso, a ECT demonstrou-se eficaz no tratamento de pacientes com depressão resistente ao tratamento.
publishDate 2008
dc.date.issued.fl_str_mv 2008
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2009-03-12T04:12:38Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10183/15381
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv 000680778
url http://hdl.handle.net/10183/15381
identifier_str_mv 000680778
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron:UFRGS
instname_str Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron_str UFRGS
institution UFRGS
reponame_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
collection Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
bitstream.url.fl_str_mv http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/15381/1/000680778.pdf
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/15381/2/000680778.pdf.txt
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/15381/3/000680778.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv c855e7af96907508fef6de66b536df62
9912b11c1a91f72bb5c3ecf570b9c6bb
d0c30854ed6fc845681771872912329d
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
repository.mail.fl_str_mv lume@ufrgs.br||lume@ufrgs.br
_version_ 1810085139547422720