Desenvolvimento motor e cognitivo de bebês de mães adolescentes e adultas ao longo de quatro meses : os principais preditores motores e cognitivos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Borba, Luana Silva de
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/93401
Resumo: Objetivos: Investigar possíveis diferenças no desenvolvimento motor e cognitivo de crianças nascidas de mães adolescentes e mães adultas ao longo de quatro meses e os principais preditores biológicos e ambientais do desenvolvimento infantil. Metodologia: Estudo descritivo de caráter desenvolvimental, correlacional e associativo com delineamento longitudinal. Amostra geral de 40 bebês, sendo 20 nascidos de mães adolescentes (idade de 15 a 19 anos) e 20 nascidos de mães adultas (idade de 25 a 39 anos), provenientes da periferia e de Escolas de Educação Infantil dos municípios de Porto Alegre e Butiá, no Rio Grande do Sul, Brasil. Procedimentos e Instrumentos: Foram realizadas três avaliações ao longo de quatro meses do desenvolvimento motor e cognitivo, com um intervalo de dois meses entre as avaliações. Para a avaliação do desempenho motor foi utilizada a Alberta Motor Infant Scale (AIMS) e do desempenho cognitivo a Bayley Scale of Infant Development II (BSID-II). Para avaliação dos fatores biológicos e ambientais associados ao desempenho motor e cognitivo dos bebês foi entregue aos pais e/ou responsáveis um questionário para identificação destes fatores, que continha características pré, peri e pós-natais do bebê, como data de nascimento, sexo, tipo de parto, semanas de gestação, índice de apgar, peso ao nascer, comprimento ao nascer, perímetro cefálico ao nascer, período (dias) de internação em unidade de terapia intensiva, período em ventilação mecânica, além da renda familiar mensal, tempo de amamentação, cuidador/mãe trabalhar fora, escolaridade, situação conjugal, idade dos pais. Os pais preencheram o questionário Affordances in the Home Enviroment for Motor Development – Infant Scale (AHEMD-IS) para análise do ambiente e do contexto em que a criança está inserida, sendo acrescentadas questões relativas à idade dos pais, se mãe/cuidador trabalha fora, número de irmãos, ordem de nascimento da criança participante e o tempo de aleitamento materno exclusivo em meses. Ainda, o questionário Daily Activities of Infant Scale (DAIS) para avaliação das práticas desempenhadas pelos pais/responsáveis; e o Inventário do Conhecimento do Desenvolvimento Infantil, originalmente denominado Knowledge of Infant Development Inventory (KIDI) para avaliação do conhecimento dos pais acerca do Desenvolvimento Infantil. Todos estes questionários foram realizados em um único momento. Resultados: Os bebês nascidos de mães adolescentes apresentaram menor renda familiar mensal e grau de escolaridade dos pais em comparação com os bebês filhos de mães adultas, assim como menor tempo de aleitamento materno exclusivo. Com relação ao desenvolvimento motor, os escores de cada postura da AIMS e o escore bruto total AIMS apresentaram diferença significativa ao longo do tempo em geral (pt<0,001) e em cada grupo (pint1<0,001). Quanto ao desenvolvimento cognitivo, o escore bruto Bayley também apresentou diferença significativa ao longo do tempo em geral (pt<0,001) e em cada grupo (pint1<0,001), sendo observada melhora do desenvolvimento ao longo do tempo. Não foram observadas diferenças significativas entre os grupos de bebês de mães adolescentes e adultas nos escores das posturas prono, sentado e em pé da AIMS. Entretanto, na postura supina observou-se diferença significativa entre os grupos no terceiro momento de avaliação (pint2=0,046), onde o grupo de bebês de mães adolescentes apresentou escores mais baixos em relação ao grupo de bebês de mães adultas. Não foram encontradas diferenças significativas entre os grupos, independente do tempo, no escore bruto total Bayley (pg=0,661) e MDI Bayley (pg=0,758); e nem entre os grupos em cada momento avaliativo no escore bruto total Bayley (M1pint2=0,708; M2pint2=0,946; M3pint2=0,553) e no MDI Bayley (M1pint2=0,700; M2pint2=0,950; M3pint2=0,828). Houve associação positiva, forte e significativa nos três momentos entre os escores totais da AIMS e Bayley nos bebês de adolescentes (rs=0,828; p<0,001 na 1ª avaliação/ rs=0,746; p<0,001 na 2ª avaliação/ rs=0,767; p<0,001 na 3ª avaliação) e adultas (rs=0,894; p<0,001 na 1ª avaliação/ rs=0,896; p<0,001 na 2ª avaliação/ rs=0,872; p<0,001 na 3ª avaliação), o que nos demonstra haver relação entre os aspectos motores e cognitivos do desenvolvimento da criança. As análises de regressão revelaram como principais preditores para o desempenho motor: o desempenho cognitivo (b=0,588; β=0,880; p<0,001; r2= 0,88), o espaço externo da casa (b=2,307; β=0,269; p=0,045; r2=0,24), a idade materna (b= - 0,767; β= - 0,491; p=0,004; r2= -0,04); e o tempo em creche (b=9,692; β=0,748; p<0,001; r2=0,46); práticas dos pais DAIS (b=2,918; β=0,898; p<0,001; r2=0,79); conhecimento dos pais sobre o desenvolvimento infantil (b=17,694; β=0,250; p=0,009; r2=0,14); posição de prono para dormir (b= -3,751; β= - 0,202; p=0,041; r2=0,50). Nas análises de regressão observou-se associação significativa (p≤0,05) entre desempenho cognitivo e o desempenho motor (b=1,316; β=0,880; p<0,001; r2=0,88), a idade paterna (b= - 0,919; β= -0,439; p=0,010; r2= - 0,12), o tempo em creche (b=12,030; β=0,637; p<0,001; r2=0,42), posição mais ativa durante o colo (b=7,587; β=0,292; p=0,033; r2=0,61) e a posição durante as brincadeiras tranquilas da criança (b= 11,796; β= 0,571; p<0,001; r2=0,73). Conclusões: Não foram observadas diferenças significativas entre os grupos de bebês de mães adolescentes e adultas com relação ao desempenho motor e cognitivo ao longo do tempo, com exceção da postura supina da escala AIMS na terceira avaliação, onde os bebês de mães adolescentes apresentaram escores motores mais baixos. Encontramos associação positiva, forte e significativa entre o desenvolvimento motor e cognitivo em todos os três momentos de avaliação tanto nos bebês de mães adolescentes quanto no de mães adultas. Quanto melhor o desempenho cognitivo melhor é o desempenho motor da criança, da mesma forma que quanto maior o espaço externo da casa, melhores são os resultados do desempenho motor. Quanto mais tempo a criança frequenta a creche, quanto mais adequadas as práticas dos pais e quanto maior o conhecimento dos pais acerca do desenvolvimento infantil, melhor é o desempenho motor da criança. No entanto, quanto maior a idade materna, pior é o desempenho motor do bebê. A posição de prono durante o sono foi associada ao pior desempenho motor dos bebês de mães adolescentes e adultas. O tempo que a criança frequenta creche, o posicionamento da criança no colo e durante as brincadeiras tranquilas foram associados positivamente com o desempenho cognitivo, enquanto a idade paterna apresentou relação inversa, quanto maior a idade do pai, pior é o desempenho cognitivo do bebê.
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Para a avaliação do desempenho motor foi utilizada a Alberta Motor Infant Scale (AIMS) e do desempenho cognitivo a Bayley Scale of Infant Development II (BSID-II). Para avaliação dos fatores biológicos e ambientais associados ao desempenho motor e cognitivo dos bebês foi entregue aos pais e/ou responsáveis um questionário para identificação destes fatores, que continha características pré, peri e pós-natais do bebê, como data de nascimento, sexo, tipo de parto, semanas de gestação, índice de apgar, peso ao nascer, comprimento ao nascer, perímetro cefálico ao nascer, período (dias) de internação em unidade de terapia intensiva, período em ventilação mecânica, além da renda familiar mensal, tempo de amamentação, cuidador/mãe trabalhar fora, escolaridade, situação conjugal, idade dos pais. Os pais preencheram o questionário Affordances in the Home Enviroment for Motor Development – Infant Scale (AHEMD-IS) para análise do ambiente e do contexto em que a criança está inserida, sendo acrescentadas questões relativas à idade dos pais, se mãe/cuidador trabalha fora, número de irmãos, ordem de nascimento da criança participante e o tempo de aleitamento materno exclusivo em meses. Ainda, o questionário Daily Activities of Infant Scale (DAIS) para avaliação das práticas desempenhadas pelos pais/responsáveis; e o Inventário do Conhecimento do Desenvolvimento Infantil, originalmente denominado Knowledge of Infant Development Inventory (KIDI) para avaliação do conhecimento dos pais acerca do Desenvolvimento Infantil. Todos estes questionários foram realizados em um único momento. Resultados: Os bebês nascidos de mães adolescentes apresentaram menor renda familiar mensal e grau de escolaridade dos pais em comparação com os bebês filhos de mães adultas, assim como menor tempo de aleitamento materno exclusivo. Com relação ao desenvolvimento motor, os escores de cada postura da AIMS e o escore bruto total AIMS apresentaram diferença significativa ao longo do tempo em geral (pt<0,001) e em cada grupo (pint1<0,001). Quanto ao desenvolvimento cognitivo, o escore bruto Bayley também apresentou diferença significativa ao longo do tempo em geral (pt<0,001) e em cada grupo (pint1<0,001), sendo observada melhora do desenvolvimento ao longo do tempo. Não foram observadas diferenças significativas entre os grupos de bebês de mães adolescentes e adultas nos escores das posturas prono, sentado e em pé da AIMS. Entretanto, na postura supina observou-se diferença significativa entre os grupos no terceiro momento de avaliação (pint2=0,046), onde o grupo de bebês de mães adolescentes apresentou escores mais baixos em relação ao grupo de bebês de mães adultas. Não foram encontradas diferenças significativas entre os grupos, independente do tempo, no escore bruto total Bayley (pg=0,661) e MDI Bayley (pg=0,758); e nem entre os grupos em cada momento avaliativo no escore bruto total Bayley (M1pint2=0,708; M2pint2=0,946; M3pint2=0,553) e no MDI Bayley (M1pint2=0,700; M2pint2=0,950; M3pint2=0,828). Houve associação positiva, forte e significativa nos três momentos entre os escores totais da AIMS e Bayley nos bebês de adolescentes (rs=0,828; p<0,001 na 1ª avaliação/ rs=0,746; p<0,001 na 2ª avaliação/ rs=0,767; p<0,001 na 3ª avaliação) e adultas (rs=0,894; p<0,001 na 1ª avaliação/ rs=0,896; p<0,001 na 2ª avaliação/ rs=0,872; p<0,001 na 3ª avaliação), o que nos demonstra haver relação entre os aspectos motores e cognitivos do desenvolvimento da criança. As análises de regressão revelaram como principais preditores para o desempenho motor: o desempenho cognitivo (b=0,588; β=0,880; p<0,001; r2= 0,88), o espaço externo da casa (b=2,307; β=0,269; p=0,045; r2=0,24), a idade materna (b= - 0,767; β= - 0,491; p=0,004; r2= -0,04); e o tempo em creche (b=9,692; β=0,748; p<0,001; r2=0,46); práticas dos pais DAIS (b=2,918; β=0,898; p<0,001; r2=0,79); conhecimento dos pais sobre o desenvolvimento infantil (b=17,694; β=0,250; p=0,009; r2=0,14); posição de prono para dormir (b= -3,751; β= - 0,202; p=0,041; r2=0,50). Nas análises de regressão observou-se associação significativa (p≤0,05) entre desempenho cognitivo e o desempenho motor (b=1,316; β=0,880; p<0,001; r2=0,88), a idade paterna (b= - 0,919; β= -0,439; p=0,010; r2= - 0,12), o tempo em creche (b=12,030; β=0,637; p<0,001; r2=0,42), posição mais ativa durante o colo (b=7,587; β=0,292; p=0,033; r2=0,61) e a posição durante as brincadeiras tranquilas da criança (b= 11,796; β= 0,571; p<0,001; r2=0,73). Conclusões: Não foram observadas diferenças significativas entre os grupos de bebês de mães adolescentes e adultas com relação ao desempenho motor e cognitivo ao longo do tempo, com exceção da postura supina da escala AIMS na terceira avaliação, onde os bebês de mães adolescentes apresentaram escores motores mais baixos. Encontramos associação positiva, forte e significativa entre o desenvolvimento motor e cognitivo em todos os três momentos de avaliação tanto nos bebês de mães adolescentes quanto no de mães adultas. Quanto melhor o desempenho cognitivo melhor é o desempenho motor da criança, da mesma forma que quanto maior o espaço externo da casa, melhores são os resultados do desempenho motor. Quanto mais tempo a criança frequenta a creche, quanto mais adequadas as práticas dos pais e quanto maior o conhecimento dos pais acerca do desenvolvimento infantil, melhor é o desempenho motor da criança. No entanto, quanto maior a idade materna, pior é o desempenho motor do bebê. A posição de prono durante o sono foi associada ao pior desempenho motor dos bebês de mães adolescentes e adultas. O tempo que a criança frequenta creche, o posicionamento da criança no colo e durante as brincadeiras tranquilas foram associados positivamente com o desempenho cognitivo, enquanto a idade paterna apresentou relação inversa, quanto maior a idade do pai, pior é o desempenho cognitivo do bebê.Objectives: To investigatethe possible differences in motor and cognitive development of children born to teenage and adult mothers over four months and the main biological and environmental predictors to child development. Methodology: A descriptive study using a developmental, correlational and associative approach with longitudinal design. The total sample included 40 infants, 20 born to teenage mothers (aged 15-19 years) and 20 born to adult mothers (aged 25-39 years) from outskirts and Early Childhood Education Schools in Porto Alegre city and the city of Butiá in Rio Grande do Sul State, Brazil. Instruments and Procedures: Three evaluations of motor and cognitive development were performed over four months with a two-month interval between each assessment. Alberta Motor InfantScale (AIMS) was used to evaluate the motor performance, and the BayleyScaleofInfant Development II (BSID-II) to assess the cognitive performance. For the evaluation of biological and environmental factors associated with motor and cognitive performances it was given a questionnaire to parents and/or responsible for the identification of these factors. The questionnaire comprised pre-, peri- and post-natal characteristics of the infant such as birthday, sex, mode of birth delivery, gestational age, Apgar score, weight and length at birth, head circumference at birth, period (days) of stay in the intensive care unit, period on mechanical ventilation, including information about the monthly family income, period of exclusive breastfeeding, whether the mother/caregiver works or not, schooling, marital status and parents age. Parents filled out the questionnaire Affordances in the Home Environment for Motor Development – InfantScale (AHEMD-IS)to assess the environment and context of child’s life and answered questions related to parents age, whether the mother/caregiver works or not, number of siblings, birth order of the child and breastfeeding period in months. The parents also filled out the questionnaire Daily ActivitiesofInfantScale (DAIS) to evaluate the practices performed by them and the questionnaire Knowledge of Infant Development Inventory (KIDI) to assess their knowledge about child development. All questionnaires were applied at the same time. Results: The infants born to teenage mothers showed lower monthly family income and lower parents schooling when compared to the infants born to adult mothers, as well as showed lower period of exclusive breastfeeding. Relative to the motor development, the scores of each position of AIMS and the AIMS total score showed significant difference during overall time (pt<0,001) and in each group (pint1<0,001). Regarding the cognitive development, the Bayley raw score also showed significant difference during the overall time (pt<0,001) and in each group (pint1<0,001), in which a development improvement was observed over time. No significant differences were observed between the groups of infants born to teenage and adult mothers in the scores of prone, sitting and standing position of AIMS. However, in the supine position there was significant difference between the groups in the third stage of evaluation (pint2=0,046), in which the group of infants born to teenage mothers revealed lower scores than those born to adult mothers. No significant differences were found between the groups, independent of time in Bayley raw score (pg=0,661) and Bayley MDI (pg=0,758); neither between the groups in each stage of evaluation in Bayley raw score (M1pint2=0,708; M2pint2=0,946; M3pint2=0,553) and in Bayley MDI (M1pint2=0,700; M2pint2=0,950; M3pint2=0,828). There was a positive, strong, and significant association in three stages between the total scores of AIMS and Bayley in the infants born to teenage mothers (rs=0,828; p<0,001 in the 1st evaluation/rs=0,746; p<0,001 in the 2nd evaluation/rs=0,767; p<0,001 in the 3th evaluation), and born to adult mothers (rs=0,894; p<0,001 in the 1st evaluation/ rs=0,896; p<0,001 in the 2nd evaluation/rs=0,872; p<0,001 in the 3th evaluation), showing an association between the motor and cognitive aspects of the child development. The regression analyzes revealed as main predictors for the motor performance: cognitive performance (b=0,588; β=0,880; p<0,001; r2= 0,88), outdoor space of the house (b=2,307; β=0,269; p=0,045; r2=0,24), mother’s age (b= - 0,767; β= - 0,491; p=0,004; r2= -0,04); time in daycare (b=9,692; β=0,748; p<0,001; r2=0,46); parenting practices DAIS (b=2,918; β=0,898; p<0,001; r2=0,79); parents’ knowledge about child development (b=17,694; β=0,250; p=0,009; r2=0,14); prone sleeping position (b= -3,751; β= - 0,202; p=0,041; r2=0,50). A significant association in the regression analyzes was observed between cognitive and motor performances (b=1,316; β=0,880; p<0,001; r2=0,88), father’s age (b= - 0,919; β= -0,439; p=0,010; r2= - 0,12), time in daycare (b=12,030; β=0,637; p<0,001; r2=0,42), most active position during lap (b=7,587; β=0,292; p=0,033; r2=0,61) and during child’s quiet games (b= 11,796; β= 0,571; p<0,001; r2=0,73). Conclusions: No significant differences were observed between the groups of infants born to teenage and adult mothers in relation to the motor and cognitive performance over time, except for the supine position of the AIMS in the third evaluation, in which infants of teenage mothers showed lower motor scores. We found a positive, strong and significant association between the motor and cognitive development in all three stage of evaluation in both groups of infants. The better the cognitive performance is, the better the motor performance of the child. Likewise, the greater the outdoor space of the house is, the better the results of motor performance. The motor performance of the child is directly associated with longer time in daycare, more appropriate parenting practices, and better parent’s knowledge about child development. However, children of more mature mothers showed a worse motor performance. The prone position during sleep was associated with the worse motor performance of infants born to teenage and adult mothers. The time child attends daycare, the child position on the lap and during its quiet games were positively associated with cognitive performance, whereas the father’s age showed an inverse association, i.e., the more mature father is, the worse cognitive performance of the child.application/pdfporDesenvolvimento infantilCogniçãoMotricidadeMotor developmentCognitive developmentLongitudinal studyLeenage mothersRisk factorsDesenvolvimento motor e cognitivo de bebês de mães adolescentes e adultas ao longo de quatro meses : os principais preditores motores e cognitivosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulEscola de Educação FísicaPrograma de Pós-Graduação em Ciências do Movimento HumanoPorto Alegre, BR-RS2013mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000914238.pdf000914238.pdfTexto completoapplication/pdf1794686http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/93401/1/000914238.pdfad38e2b29b4bd7612955796da4fb9fffMD51TEXT000914238.pdf.txt000914238.pdf.txtExtracted Texttext/plain334090http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/93401/2/000914238.pdf.txt17a2f1d00ec30e878289ee93ad496954MD52THUMBNAIL000914238.pdf.jpg000914238.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg981http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/93401/3/000914238.pdf.jpgb209131f8a53348af6229e7ba1831641MD5310183/934012018-10-19 09:58:57.31oai:www.lume.ufrgs.br:10183/93401Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-19T12:58:57Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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Para avaliação dos fatores biológicos e ambientais associados ao desempenho motor e cognitivo dos bebês foi entregue aos pais e/ou responsáveis um questionário para identificação destes fatores, que continha características pré, peri e pós-natais do bebê, como data de nascimento, sexo, tipo de parto, semanas de gestação, índice de apgar, peso ao nascer, comprimento ao nascer, perímetro cefálico ao nascer, período (dias) de internação em unidade de terapia intensiva, período em ventilação mecânica, além da renda familiar mensal, tempo de amamentação, cuidador/mãe trabalhar fora, escolaridade, situação conjugal, idade dos pais. Os pais preencheram o questionário Affordances in the Home Enviroment for Motor Development – Infant Scale (AHEMD-IS) para análise do ambiente e do contexto em que a criança está inserida, sendo acrescentadas questões relativas à idade dos pais, se mãe/cuidador trabalha fora, número de irmãos, ordem de nascimento da criança participante e o tempo de aleitamento materno exclusivo em meses. Ainda, o questionário Daily Activities of Infant Scale (DAIS) para avaliação das práticas desempenhadas pelos pais/responsáveis; e o Inventário do Conhecimento do Desenvolvimento Infantil, originalmente denominado Knowledge of Infant Development Inventory (KIDI) para avaliação do conhecimento dos pais acerca do Desenvolvimento Infantil. Todos estes questionários foram realizados em um único momento. Resultados: Os bebês nascidos de mães adolescentes apresentaram menor renda familiar mensal e grau de escolaridade dos pais em comparação com os bebês filhos de mães adultas, assim como menor tempo de aleitamento materno exclusivo. Com relação ao desenvolvimento motor, os escores de cada postura da AIMS e o escore bruto total AIMS apresentaram diferença significativa ao longo do tempo em geral (pt<0,001) e em cada grupo (pint1<0,001). Quanto ao desenvolvimento cognitivo, o escore bruto Bayley também apresentou diferença significativa ao longo do tempo em geral (pt<0,001) e em cada grupo (pint1<0,001), sendo observada melhora do desenvolvimento ao longo do tempo. Não foram observadas diferenças significativas entre os grupos de bebês de mães adolescentes e adultas nos escores das posturas prono, sentado e em pé da AIMS. Entretanto, na postura supina observou-se diferença significativa entre os grupos no terceiro momento de avaliação (pint2=0,046), onde o grupo de bebês de mães adolescentes apresentou escores mais baixos em relação ao grupo de bebês de mães adultas. Não foram encontradas diferenças significativas entre os grupos, independente do tempo, no escore bruto total Bayley (pg=0,661) e MDI Bayley (pg=0,758); e nem entre os grupos em cada momento avaliativo no escore bruto total Bayley (M1pint2=0,708; M2pint2=0,946; M3pint2=0,553) e no MDI Bayley (M1pint2=0,700; M2pint2=0,950; M3pint2=0,828). Houve associação positiva, forte e significativa nos três momentos entre os escores totais da AIMS e Bayley nos bebês de adolescentes (rs=0,828; p<0,001 na 1ª avaliação/ rs=0,746; p<0,001 na 2ª avaliação/ rs=0,767; p<0,001 na 3ª avaliação) e adultas (rs=0,894; p<0,001 na 1ª avaliação/ rs=0,896; p<0,001 na 2ª avaliação/ rs=0,872; p<0,001 na 3ª avaliação), o que nos demonstra haver relação entre os aspectos motores e cognitivos do desenvolvimento da criança. As análises de regressão revelaram como principais preditores para o desempenho motor: o desempenho cognitivo (b=0,588; β=0,880; p<0,001; r2= 0,88), o espaço externo da casa (b=2,307; β=0,269; p=0,045; r2=0,24), a idade materna (b= - 0,767; β= - 0,491; p=0,004; r2= -0,04); e o tempo em creche (b=9,692; β=0,748; p<0,001; r2=0,46); práticas dos pais DAIS (b=2,918; β=0,898; p<0,001; r2=0,79); conhecimento dos pais sobre o desenvolvimento infantil (b=17,694; β=0,250; p=0,009; r2=0,14); posição de prono para dormir (b= -3,751; β= - 0,202; p=0,041; r2=0,50). Nas análises de regressão observou-se associação significativa (p≤0,05) entre desempenho cognitivo e o desempenho motor (b=1,316; β=0,880; p<0,001; r2=0,88), a idade paterna (b= - 0,919; β= -0,439; p=0,010; r2= - 0,12), o tempo em creche (b=12,030; β=0,637; p<0,001; r2=0,42), posição mais ativa durante o colo (b=7,587; β=0,292; p=0,033; r2=0,61) e a posição durante as brincadeiras tranquilas da criança (b= 11,796; β= 0,571; p<0,001; r2=0,73). Conclusões: Não foram observadas diferenças significativas entre os grupos de bebês de mães adolescentes e adultas com relação ao desempenho motor e cognitivo ao longo do tempo, com exceção da postura supina da escala AIMS na terceira avaliação, onde os bebês de mães adolescentes apresentaram escores motores mais baixos. Encontramos associação positiva, forte e significativa entre o desenvolvimento motor e cognitivo em todos os três momentos de avaliação tanto nos bebês de mães adolescentes quanto no de mães adultas. Quanto melhor o desempenho cognitivo melhor é o desempenho motor da criança, da mesma forma que quanto maior o espaço externo da casa, melhores são os resultados do desempenho motor. Quanto mais tempo a criança frequenta a creche, quanto mais adequadas as práticas dos pais e quanto maior o conhecimento dos pais acerca do desenvolvimento infantil, melhor é o desempenho motor da criança. No entanto, quanto maior a idade materna, pior é o desempenho motor do bebê. A posição de prono durante o sono foi associada ao pior desempenho motor dos bebês de mães adolescentes e adultas. O tempo que a criança frequenta creche, o posicionamento da criança no colo e durante as brincadeiras tranquilas foram associados positivamente com o desempenho cognitivo, enquanto a idade paterna apresentou relação inversa, quanto maior a idade do pai, pior é o desempenho cognitivo do bebê.
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