Influência da incubação in vitro com extrato de Pleurotus albidus no estresse oxidativo cardiovascular e na reatividade vascular
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/210539 |
Resumo: | O estresse oxidativo se caracteriza por ser um desbalanço entre moléculas oxidantes e antioxidantes, estando associado a diversas doenças cardiovasculares. Há relatos na literatura que moléculas antioxidantes podem interferir na reatividade vascular, visto que regulam enzimas importantes a esses mecanismos. Tendo em vista que antioxidantes exógenos utilizados como prétratamento podem proteger o sistema cardiovascular dos danos oxidativos, o extrato de Pleurotus albidus surge como uma alternativa terapêutica. Esse cogumelo é nativo da América Latina e possui poucos relatos na literatura sobre suas propriedades, porém, sabe-se do seu potencial antioxidante in vitro. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar o potencial cardioprotetor e vasoprotetor do extrato de Pleurotus albidus. Foram utilizados ratos Wistar machos pesando cerca de 250g, onde após suas decapitações, os corações foram retirados para utilização em análises bioquímicas e as artérias aortas foram retiradas para utilização em análises de reatividade vascular e análises bioquímicas. Tanto as aortas quanto os corações foram expostos ao extrato de P. albidus em diferentes concentrações durante 30 minutos e posteriormente expostos ao modelo de geração de radicais livres por 30 minutos. Nas análises bioquímicas no coração, foram avaliados o potencial protetor do extrato quanto à lipoperoxidação pelo método de TBARS, além da atividade das enzimas superóxido dismutase, catalase e glutationa peroxidase. Nas análises de reatividade vascular, foram avaliadas a influência do extrato na reatividade vascular (vasoconstrição e vasodilatação) quando aortas eram pré-incubadas com o mesmo na concentração de 1,5 mg/ml; também avaliou-se o potencial vasodilatador do extrato na curva de relaxamento em diferentes concentrações e avaliamos o mecanismo de relaxamento do extrato através da utilização de L-NAME, um inibidor não-seletivo da enzima óxido nítrico sintase. Nas análises bioquímicas em aortas, foram avaliados o potencial protetor do extrato quanto à lipoperoxidação pelo método de TBARS, além dos níveis de sulfidrilas, dos níveis de espécies reativas de oxigênio totais e a atividade das enzimas NADPH oxidase e óxido nítrico sintase. Quantificou-se também a ergotioneína, uma molécula antioxidante presente em cogumelos, no extrato através de HPLC. Os resultados desse trabalho mostraram que o extrato de Pleurotus albidus provoca relaxamento das artérias aortas torácicas de ratos, com possível envolvimento do óxido nítrico. Além disso, o extrato foi capaz de reduzir os níveis de lipoperoxidação, aumentar a atividade das enzimas catalase e glutationa peroxidase no tecido cardíaco; na aorta, foi capaz de reduzir a atividade da enzima NADPH oxidase e aumentar os níveis de sulfidrilas e a atividade da enzima óxido nítrico sintase. Também foi possível constatar a presença de ergotioneína no extrato, que pode ser uma das moléculas envolvidas nas ações do extrato. Como conclusão, esses achados podem estar relacionados aos efeitos antioxidantes do extrato, mitigando os danos do estresse oxidativo e podem representar uma futura alternativa terapêutica às doenças cardiovasculares. Entretanto, mais estudos são necessários afim de verificar os mecanismos de ação do extrato, além de seus efeitos em diferentes modelos de doenças cardiovasculares. |
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Reis, Eduardo Echer dosSchenkel, Paulo CavalheiroCamassola, Marli2020-06-24T03:39:42Z2019http://hdl.handle.net/10183/210539001115427O estresse oxidativo se caracteriza por ser um desbalanço entre moléculas oxidantes e antioxidantes, estando associado a diversas doenças cardiovasculares. Há relatos na literatura que moléculas antioxidantes podem interferir na reatividade vascular, visto que regulam enzimas importantes a esses mecanismos. Tendo em vista que antioxidantes exógenos utilizados como prétratamento podem proteger o sistema cardiovascular dos danos oxidativos, o extrato de Pleurotus albidus surge como uma alternativa terapêutica. Esse cogumelo é nativo da América Latina e possui poucos relatos na literatura sobre suas propriedades, porém, sabe-se do seu potencial antioxidante in vitro. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar o potencial cardioprotetor e vasoprotetor do extrato de Pleurotus albidus. Foram utilizados ratos Wistar machos pesando cerca de 250g, onde após suas decapitações, os corações foram retirados para utilização em análises bioquímicas e as artérias aortas foram retiradas para utilização em análises de reatividade vascular e análises bioquímicas. Tanto as aortas quanto os corações foram expostos ao extrato de P. albidus em diferentes concentrações durante 30 minutos e posteriormente expostos ao modelo de geração de radicais livres por 30 minutos. Nas análises bioquímicas no coração, foram avaliados o potencial protetor do extrato quanto à lipoperoxidação pelo método de TBARS, além da atividade das enzimas superóxido dismutase, catalase e glutationa peroxidase. Nas análises de reatividade vascular, foram avaliadas a influência do extrato na reatividade vascular (vasoconstrição e vasodilatação) quando aortas eram pré-incubadas com o mesmo na concentração de 1,5 mg/ml; também avaliou-se o potencial vasodilatador do extrato na curva de relaxamento em diferentes concentrações e avaliamos o mecanismo de relaxamento do extrato através da utilização de L-NAME, um inibidor não-seletivo da enzima óxido nítrico sintase. Nas análises bioquímicas em aortas, foram avaliados o potencial protetor do extrato quanto à lipoperoxidação pelo método de TBARS, além dos níveis de sulfidrilas, dos níveis de espécies reativas de oxigênio totais e a atividade das enzimas NADPH oxidase e óxido nítrico sintase. Quantificou-se também a ergotioneína, uma molécula antioxidante presente em cogumelos, no extrato através de HPLC. Os resultados desse trabalho mostraram que o extrato de Pleurotus albidus provoca relaxamento das artérias aortas torácicas de ratos, com possível envolvimento do óxido nítrico. Além disso, o extrato foi capaz de reduzir os níveis de lipoperoxidação, aumentar a atividade das enzimas catalase e glutationa peroxidase no tecido cardíaco; na aorta, foi capaz de reduzir a atividade da enzima NADPH oxidase e aumentar os níveis de sulfidrilas e a atividade da enzima óxido nítrico sintase. Também foi possível constatar a presença de ergotioneína no extrato, que pode ser uma das moléculas envolvidas nas ações do extrato. Como conclusão, esses achados podem estar relacionados aos efeitos antioxidantes do extrato, mitigando os danos do estresse oxidativo e podem representar uma futura alternativa terapêutica às doenças cardiovasculares. Entretanto, mais estudos são necessários afim de verificar os mecanismos de ação do extrato, além de seus efeitos em diferentes modelos de doenças cardiovasculares.Oxidative stress is characterized by being an imbalance between oxidizing and antioxidant molecules, being associated with several cardiovascular diseases. It is also known that antioxidant molecules can interfere with vascular reactivity, as they regulate enzymes important to these mechanisms. Since exogenous antioxidants used as pretreatment may protect the cardiovascular system from oxidative damage, Pleurotus albidus extract is a therapeutic alternative. This mushroom is native to Latin America and has few reports in the literature about its properties, but its antioxidant potential is known in vitro. Thus, the aim of this study was to evaluate the cardioprotective and vasoprotective potential of Pleurotus albidus extract. Male Wistar rats weighing 250g were used, where after decapitation, the hearts were removed for use in biochemical analysis and the aortic arteries were removed for use in vascular reactivity and biochemical analyzes. Both aortas and hearts that would be used for biochemical analysis were exposed to P. albidus extract at different concentrations for 30 minutes and then exposed to the free radical generation model for 30 minutes. In the biochemical analysis of the heart, were evaluated the protective potential of the extract for lipoperoxidation by the TBARS method, as well as the activity of the enzymes superoxide dismutase, catalase and glutathione peroxidase. In the analysis of vascular reactivity, were evaluated the influence of the extract on vascular reactivity (vasoconstriction and vasodilation) when aortas were preincubated with 1.5 mg / ml; also were evaluated the vasodilatory potential of the extract on the relaxation curve at different concentrations and the relaxation mechanism of the extract by using L-NAME, a non-selective nitric oxide synthase inhibitor. In the biochemical analyzes in aortas, were evaluated the protective potential of the extract for lipid peroxidation by the TBARS method, in addition to sulfhydryl levels, total reactive oxygen species levels and the activity of NADPH oxidase and nitric oxide synthase enzymes. We also quantified ergothioneine, an antioxidant molecule present in mushrooms, in the extract by HPLC. In addition, the extract was able to reduce lipoperoxidation levels, increase the activity of enzymes catalase and glutathione peroxidase in cardiac tissue; In the aorta, it was able to reduce NADPH oxidase activity and increase sulfhydryl levels and nitric oxide synthase activity. It was also possible to verify the presence of ergothioneine in the extract, which may be one of the molecules involved in the actions of the extract. In conclusion, these findings may be related to the antioxidant effects of the extract, mitigating the damage of oxidative stress and may represent a future therapeutic alternative to cardiovascular disease. However, further studies are needed to verify the mechanisms of action of the extract, as well as its effects on different models of cardiovascular disease.application/pdfporAnormalidades cardiovascularesEstresse oxidativoPleurotusAntioxidantesEstresse oxidativoCardiotônicosAntioxidantOxidative stressPleurotusVascular reactivityInfluência da incubação in vitro com extrato de Pleurotus albidus no estresse oxidativo cardiovascular e na reatividade vascularinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de Ciências Básicas da SaúdePrograma de Pós-Graduação em Ciências Biológicas: FisiologiaPorto Alegre, BR-RS2019mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001115427.pdf.txt001115427.pdf.txtExtracted Texttext/plain84203http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/210539/2/001115427.pdf.txt7c7facd3d532e3358b7c7360de5cf66bMD52ORIGINAL001115427.pdfTexto parcialapplication/pdf1824342http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/210539/1/001115427.pdf1700caeb06e2a8483cee7daf74227389MD5110183/2105392021-05-07 04:57:30.114876oai:www.lume.ufrgs.br:10183/210539Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532021-05-07T07:57:30Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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O estresse oxidativo se caracteriza por ser um desbalanço entre moléculas oxidantes e antioxidantes, estando associado a diversas doenças cardiovasculares. Há relatos na literatura que moléculas antioxidantes podem interferir na reatividade vascular, visto que regulam enzimas importantes a esses mecanismos. Tendo em vista que antioxidantes exógenos utilizados como prétratamento podem proteger o sistema cardiovascular dos danos oxidativos, o extrato de Pleurotus albidus surge como uma alternativa terapêutica. Esse cogumelo é nativo da América Latina e possui poucos relatos na literatura sobre suas propriedades, porém, sabe-se do seu potencial antioxidante in vitro. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar o potencial cardioprotetor e vasoprotetor do extrato de Pleurotus albidus. Foram utilizados ratos Wistar machos pesando cerca de 250g, onde após suas decapitações, os corações foram retirados para utilização em análises bioquímicas e as artérias aortas foram retiradas para utilização em análises de reatividade vascular e análises bioquímicas. Tanto as aortas quanto os corações foram expostos ao extrato de P. albidus em diferentes concentrações durante 30 minutos e posteriormente expostos ao modelo de geração de radicais livres por 30 minutos. Nas análises bioquímicas no coração, foram avaliados o potencial protetor do extrato quanto à lipoperoxidação pelo método de TBARS, além da atividade das enzimas superóxido dismutase, catalase e glutationa peroxidase. Nas análises de reatividade vascular, foram avaliadas a influência do extrato na reatividade vascular (vasoconstrição e vasodilatação) quando aortas eram pré-incubadas com o mesmo na concentração de 1,5 mg/ml; também avaliou-se o potencial vasodilatador do extrato na curva de relaxamento em diferentes concentrações e avaliamos o mecanismo de relaxamento do extrato através da utilização de L-NAME, um inibidor não-seletivo da enzima óxido nítrico sintase. Nas análises bioquímicas em aortas, foram avaliados o potencial protetor do extrato quanto à lipoperoxidação pelo método de TBARS, além dos níveis de sulfidrilas, dos níveis de espécies reativas de oxigênio totais e a atividade das enzimas NADPH oxidase e óxido nítrico sintase. Quantificou-se também a ergotioneína, uma molécula antioxidante presente em cogumelos, no extrato através de HPLC. Os resultados desse trabalho mostraram que o extrato de Pleurotus albidus provoca relaxamento das artérias aortas torácicas de ratos, com possível envolvimento do óxido nítrico. Além disso, o extrato foi capaz de reduzir os níveis de lipoperoxidação, aumentar a atividade das enzimas catalase e glutationa peroxidase no tecido cardíaco; na aorta, foi capaz de reduzir a atividade da enzima NADPH oxidase e aumentar os níveis de sulfidrilas e a atividade da enzima óxido nítrico sintase. Também foi possível constatar a presença de ergotioneína no extrato, que pode ser uma das moléculas envolvidas nas ações do extrato. Como conclusão, esses achados podem estar relacionados aos efeitos antioxidantes do extrato, mitigando os danos do estresse oxidativo e podem representar uma futura alternativa terapêutica às doenças cardiovasculares. Entretanto, mais estudos são necessários afim de verificar os mecanismos de ação do extrato, além de seus efeitos em diferentes modelos de doenças cardiovasculares. |
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