Análise do perfil sociodemográfico, percepção e comportamento de risco dos condutores brasileiros que bebem e dirigem

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gomes, Nathália Moreira Jacques
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/212678
Resumo: A presente dissertação de mestrado profissional teve como objetivo caracterizar o perfil de condutores brasileiros com histórico de beber e dirigir (DAD do inglês - Driving after drinking) e comparar o perfil sociodemográfico, a percepção e os comportamentos de risco no trânsito de condutores que relataram beber e dirigir e de condutores que não referiram este comportamento. Ainda, verificou-se a co-ocorrência do histórico de beber e dirigir com infrações de trânsito relacionadas ao uso de celular, uso de capacete, assento infantil e cinto de segurança. A fundamentação teórica do presente trabalho foi constituída com base no panorama do trânsito, comportamento de risco no trânsito e uso de álcool por motoristas. O método do presente trabalho abordou uma análise de dados secundários oriundos de entrevistas realizadas no projeto Vida no Trânsito, realizado no período de 2011 a 2014, em cinco capitais brasileiras. Foram incluídos no estudo um total de 5.589 sujeitos, entre eles 2.794 (50,0%) incluídos no grupo DAD e 2.795 (50,0%) incluídos no grupo não DAD. Os dados das análises sobre os aspectos sociodemográficos apontaram uma maior prevalência de sujeitos homens (82,6%) no grupo DAD, com idade mediana menor (34 [27 - 44]) quando comparados aos sujeitos do grupo não DAD. Quanto ao perfil de direção, no grupo DAD, os indivíduos tinham experiência de aproximadamente 13 anos de direção - com 50% deles apresentado entre 7 e 22 anos - com frequência de direção igual ou superior a 5 vezes na semana. Em relação à percepção de risco - uso de celular e prejuízos do álcool no ato de dirigir - o grupo DAD apresentou menor percepção do risco, no entanto, apresentou uma maior percepção/ conhecimento quanto à penalidade por beber e dirigir no Brasil. Referente ao comportamento de risco no trânsito, o grupo DAD apresentou maior gravidade dos comportamentos de risco no trânsito em todas as variáveis analisadas, com exceção ao uso de capacete entre os motociclistas, que não apresentou diferença significativa entre os grupos. Em conjunto, os dados do presente trabalho corroboram estudos nacionais que apontam para uma alta prevalência de beber e dirigir no país. Ainda, verificou-se que o perfil do motorista que bebe e dirige tende apresentar alta co-ocorrência de comportamentos de risco no trânsito, além de beber e dirigir. As diferenças entre motoristas que bebem e dirigem daqueles que não os fazem podem ser pontos de partida para o desenvolvimento de novas políticas públicas de segurança no trânsito, e pautar novas deliberações quanto ao papel do psicólogo no trânsito brasileiro.
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O método do presente trabalho abordou uma análise de dados secundários oriundos de entrevistas realizadas no projeto Vida no Trânsito, realizado no período de 2011 a 2014, em cinco capitais brasileiras. Foram incluídos no estudo um total de 5.589 sujeitos, entre eles 2.794 (50,0%) incluídos no grupo DAD e 2.795 (50,0%) incluídos no grupo não DAD. Os dados das análises sobre os aspectos sociodemográficos apontaram uma maior prevalência de sujeitos homens (82,6%) no grupo DAD, com idade mediana menor (34 [27 - 44]) quando comparados aos sujeitos do grupo não DAD. Quanto ao perfil de direção, no grupo DAD, os indivíduos tinham experiência de aproximadamente 13 anos de direção - com 50% deles apresentado entre 7 e 22 anos - com frequência de direção igual ou superior a 5 vezes na semana. Em relação à percepção de risco - uso de celular e prejuízos do álcool no ato de dirigir - o grupo DAD apresentou menor percepção do risco, no entanto, apresentou uma maior percepção/ conhecimento quanto à penalidade por beber e dirigir no Brasil. Referente ao comportamento de risco no trânsito, o grupo DAD apresentou maior gravidade dos comportamentos de risco no trânsito em todas as variáveis analisadas, com exceção ao uso de capacete entre os motociclistas, que não apresentou diferença significativa entre os grupos. Em conjunto, os dados do presente trabalho corroboram estudos nacionais que apontam para uma alta prevalência de beber e dirigir no país. Ainda, verificou-se que o perfil do motorista que bebe e dirige tende apresentar alta co-ocorrência de comportamentos de risco no trânsito, além de beber e dirigir. As diferenças entre motoristas que bebem e dirigem daqueles que não os fazem podem ser pontos de partida para o desenvolvimento de novas políticas públicas de segurança no trânsito, e pautar novas deliberações quanto ao papel do psicólogo no trânsito brasileiro.The aim of this professional master's thesis was to characterize the profile of Brazilian drivers with a history of drinking after driving (DAD) and to compare the sociodemographic, risk perception, and traffic behavior profile of drivers with and without DAD behaviors. We also evaluated the co-occurrence of history of drinking and driving with traffic offenses related to the use of cell phones, helmet use, child restraint system, and seat belt. The theoretical foundation of the present thesis was based on the panorama of traffic, risky traffic behavior and alcohol use by drivers. The method of the present work approached an analysis of secondary data from interviews carried out in the Road Safety Project (Vida no Trânsito in Portuguese) carried out from 2011 to 2014, in five Brazilian capitals. A total of 5,589 subjects were recruited as participants - among them 2,794 (50.0%) were included in the DAD group and 2,795 (50.0%) were included in the non-DAD group. With respect to the sociodemographic aspects, the DAD group showed a higher prevalence of male subjects (82.6%), with a lower median age (34 [27 - 44]) when compared to the subjects in the non-DAD group. As for the driving profile, in the DAD group, individuals had approximately 13 years of driving, with driving frequency equal to or greater than 5 times a week. Regarding the perception of risk for cell phone use and alcohol impairment, the DAD group had a lower perception of the risk. However, DAD group showed a greater perception / knowledge regarding the penalty for drinking and driving in Brazil. Concerning risky behavior in traffic, the DAD group showed greater severity of risky behavior in traffic in all variables analyzed, except for the use of helmets among motorcyclists, which did not show any significant difference between groups. Together, the data from the present study corroborate national studies that point to a high prevalence of drinking and driving in the country. Still, it was found that the profile of the driver who drinks and drives tends to present a high co-occurrence of risky behavior in traffic, in addition to drinking and driving. The differences between drivers who drink and drive from those who do not can be starting points for the development of new public road safety policies, and guide new deliberations regarding the role of the psychologist in Brazilian traffic.application/pdfporAcidentes de trânsitoAssunção de riscosComportamento perigosoConsumo de bebidas alcoolicasTraffic collisionsAlcoholRisk perceptionRisk behaviorTraffic safetyDrink and driveAnálise do perfil sociodemográfico, percepção e comportamento de risco dos condutores brasileiros que bebem e dirigeminfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisHospital de Clínicas de Porto AlegrePrograma de Pós-Graduação em Prevenção e Assistência em Saúde Mental e Transtornos AditivosPorto Alegre, BR-RS2020mestrado profissionalinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001116198.pdf.txt001116198.pdf.txtExtracted Texttext/plain99976http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/212678/2/001116198.pdf.txte839e702ab3e3ed46fbe0177b2218d80MD52ORIGINAL001116198.pdfTexto completoapplication/pdf902112http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/212678/1/001116198.pdf9f11f562c1bfa9af60ee183547ef473bMD5110183/2126782023-10-12 03:34:00.369019oai:www.lume.ufrgs.br:10183/212678Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532023-10-12T06:34Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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