Tratamento da hipertensão grave na gestação : comparação entre nifedipina e hidralazina
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1990 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/198895 |
Resumo: | Estudaram-se 19 mulheres hipertensas a partir do terceiro trimestre da gestação, em 22 ocasiÕes em que se apresentaram com pressao arterial diastólica (PAD) igual ou superior a 110mmHg após 60 minutos de repouso. Elas foram randomicamente distribuÍdas em dois grupos de tratamento: hidralazina (5 ou 10mg) mais placebo oral; ou nifedipina oral (10 ou 20mg) mais placebo intravenoso. O objetivo foi manter a PAD inferior a 100mmHg. Administraram-se as drogas de maneira duplo-cega. Os controles da pressão arterial, da freqUência cardíaca materna e dos batimentos cardiofetais ocorreram em intervalos de minutos, por duas horas. A hidralazina reduziu a pressão arterial média de 136,3 + 9,5mmHg para 102,3 ± 8,5mmHg (p inferior a 0,·05) e a nifedipina reduziu de 140,3 ± 11,3 para 106,3 ± 11,3 (p inferior a 0,05). A freqUência card!aca materna elevou-se de 78 + 7,6bpm para 95 ± 9,9bpm (p inferior a 0,05) no grupo da hidralazina e de 81 ± 8,9bpm para 103 ± 15,6bpm (p inferior a 0,05) no grupo da nifedipina. Para a hidralazina, o in!cio da ação foi aos 8,6 + 5,5 min, e o pico aos 76,4 ± 37,6 min; com a nifedipina, o in!cio da ação foi aos 5,5 ± 6,9 min, e o pico aos 74,6 ± 28,1 min. O comportamento da PA, da freqüência card!aca materna, do in!cio e pico de açao foram semelhantes nos dois grupos estudados. Os efeitos adversos de cefaléia, rubor facial e palpitaçÕes ocorreram nos dois grupos de forma semelhante. Os traçados de controle cardiotocográfico se mantiveram inalterados ou melhoraram, após as drogas, de maneira igual entre os grupos. Em nenhum caso houve registro de sofrimento fetal atribu!vel às drogas. Conclui-se que a nifedipina pode-se constituir em alternativa eficaz e segura em substituição à hidralazina no tratamento de episÓdios agudos de hipertensão grave na gestação, com a vantagem do uso oral. |
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Bruno, Rosana MussoiBarros, Elvino José Guardão2019-09-07T02:32:59Z1990http://hdl.handle.net/10183/198895000061974Estudaram-se 19 mulheres hipertensas a partir do terceiro trimestre da gestação, em 22 ocasiÕes em que se apresentaram com pressao arterial diastólica (PAD) igual ou superior a 110mmHg após 60 minutos de repouso. Elas foram randomicamente distribuÍdas em dois grupos de tratamento: hidralazina (5 ou 10mg) mais placebo oral; ou nifedipina oral (10 ou 20mg) mais placebo intravenoso. O objetivo foi manter a PAD inferior a 100mmHg. Administraram-se as drogas de maneira duplo-cega. Os controles da pressão arterial, da freqUência cardíaca materna e dos batimentos cardiofetais ocorreram em intervalos de minutos, por duas horas. A hidralazina reduziu a pressão arterial média de 136,3 + 9,5mmHg para 102,3 ± 8,5mmHg (p inferior a 0,·05) e a nifedipina reduziu de 140,3 ± 11,3 para 106,3 ± 11,3 (p inferior a 0,05). A freqUência card!aca materna elevou-se de 78 + 7,6bpm para 95 ± 9,9bpm (p inferior a 0,05) no grupo da hidralazina e de 81 ± 8,9bpm para 103 ± 15,6bpm (p inferior a 0,05) no grupo da nifedipina. Para a hidralazina, o in!cio da ação foi aos 8,6 + 5,5 min, e o pico aos 76,4 ± 37,6 min; com a nifedipina, o in!cio da ação foi aos 5,5 ± 6,9 min, e o pico aos 74,6 ± 28,1 min. O comportamento da PA, da freqüência card!aca materna, do in!cio e pico de açao foram semelhantes nos dois grupos estudados. Os efeitos adversos de cefaléia, rubor facial e palpitaçÕes ocorreram nos dois grupos de forma semelhante. Os traçados de controle cardiotocográfico se mantiveram inalterados ou melhoraram, após as drogas, de maneira igual entre os grupos. Em nenhum caso houve registro de sofrimento fetal atribu!vel às drogas. Conclui-se que a nifedipina pode-se constituir em alternativa eficaz e segura em substituição à hidralazina no tratamento de episÓdios agudos de hipertensão grave na gestação, com a vantagem do uso oral.Nineteen hypertensive women were studied in their third trimester of pregnancy, in 22 different occasions when they presented a diastolic pressure (DP) equal to or higher than 110mmHg after 60 minutes of rest. They were divided randomly into two groups of treatment: hydralazine (5 or 10mg) plus an oral placebo; or oral nifedipine (10 or 20mg) plus an intravenous placebo. The objective was to maintain the DP lower than 100mmHg. The drugs were administered following a double-blind procedure. The patients' blood pressure and pulse rate as well as fetal heart rate were checked at intervals of minutes for two hours. Hydralazine reduced the mean blood pressure from 136.3 ± 9. 5mmHg to 102.3 ± 8.5mmHg (p lower than 0.05) and nifedipine reduced it from 140.3 ± 11.3 to 106.3 ± 11.3 (p lower than 0.05). Maternal pulse rate went up from 78 ± 7.6bpm 'to 95 ± 9.9bpm (p lower than 0.05) in the group using hydralazine,,~nd from 81 ± 8.9bpm to 103 + 15.6bpm (p lower than 0.05) in the group using nifedipine. In relation to hydralazine, it began to act at 8.6 ± 5.5 min; in relation to nifedipine, it began to act at 5.5 + 6.9 min, and reached its peak at 74.6 ± 28.1 min. The behaviors of both blood pressure and maternal pulse rate, at the beginning and at the peak of the action of the drugs were similar for the two groups investigated. There were side effects for the mothers: headache, facial flushing, and palpitation, all of which occurred similarly in both groups. The cardiotochographic fetal heart rate tracings either were unaltered or improved after the drugs were administered, in the same way for both groups. In no case was there any record of fetal suffering which could be ascribed to those drugs. It was concluded then that nifedipine can be used as an efficient and safe alternative to hydralazine in the treatment of acute episodes of severe hypertension during pregnancy, with the additional advantage of oral use.application/pdfporComplicações cardiovasculares na gravidezHidralazinaHipertensãoTratamento da hipertensão grave na gestação : comparação entre nifedipina e hidralazinainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaCurso de Pós-Graduação em NefrologiaPorto Alegre, BR-RS1990mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT000061974.pdf.txt000061974.pdf.txtExtracted Texttext/plain98738http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/198895/2/000061974.pdf.txt31cbafdaaba75469c76a192eb79a99e8MD52ORIGINAL000061974.pdfTexto completoapplication/pdf4208621http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/198895/1/000061974.pdf612da7f940d2ab1a025340241e05df2fMD5110183/1988952023-06-08 03:31:36.815339oai:www.lume.ufrgs.br:10183/198895Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532023-06-08T06:31:36Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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Estudaram-se 19 mulheres hipertensas a partir do terceiro trimestre da gestação, em 22 ocasiÕes em que se apresentaram com pressao arterial diastólica (PAD) igual ou superior a 110mmHg após 60 minutos de repouso. Elas foram randomicamente distribuÍdas em dois grupos de tratamento: hidralazina (5 ou 10mg) mais placebo oral; ou nifedipina oral (10 ou 20mg) mais placebo intravenoso. O objetivo foi manter a PAD inferior a 100mmHg. Administraram-se as drogas de maneira duplo-cega. Os controles da pressão arterial, da freqUência cardíaca materna e dos batimentos cardiofetais ocorreram em intervalos de minutos, por duas horas. A hidralazina reduziu a pressão arterial média de 136,3 + 9,5mmHg para 102,3 ± 8,5mmHg (p inferior a 0,·05) e a nifedipina reduziu de 140,3 ± 11,3 para 106,3 ± 11,3 (p inferior a 0,05). A freqUência card!aca materna elevou-se de 78 + 7,6bpm para 95 ± 9,9bpm (p inferior a 0,05) no grupo da hidralazina e de 81 ± 8,9bpm para 103 ± 15,6bpm (p inferior a 0,05) no grupo da nifedipina. Para a hidralazina, o in!cio da ação foi aos 8,6 + 5,5 min, e o pico aos 76,4 ± 37,6 min; com a nifedipina, o in!cio da ação foi aos 5,5 ± 6,9 min, e o pico aos 74,6 ± 28,1 min. O comportamento da PA, da freqüência card!aca materna, do in!cio e pico de açao foram semelhantes nos dois grupos estudados. Os efeitos adversos de cefaléia, rubor facial e palpitaçÕes ocorreram nos dois grupos de forma semelhante. Os traçados de controle cardiotocográfico se mantiveram inalterados ou melhoraram, após as drogas, de maneira igual entre os grupos. Em nenhum caso houve registro de sofrimento fetal atribu!vel às drogas. Conclui-se que a nifedipina pode-se constituir em alternativa eficaz e segura em substituição à hidralazina no tratamento de episÓdios agudos de hipertensão grave na gestação, com a vantagem do uso oral. |
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