Instituições, produtividade do trabalho, capital humano e capital físico : uma investigação de suas relações dinâmicas através de modelos VAR para dados em painel

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Tesser, Lucas Rubbo
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/172641
Resumo: Neste trabalho, explora-se a relação das instituições econômicas com o crescimento e desenvolvimento econômico. As instituições influenciam a estrutura de incentivos econômicos em uma sociedade, determinando como e o quão eficiente será a alocação de recursos, portanto determinam a performance econômica. A literatura empírica parece corroborar essa tese. Neste trabalho se busca contribuir para a literatura empírica no assunto. Foram construídas uma série de painéis autoregressivos com o objetivo de investigar a relação dinâmica entre a produtividade do trabalho, qualidade das instituições econômicas, capital humano e capital físico por trabalhador. Usando a base de dados criada por Kunˇciˇc (2014) como uma proxy para instituições e dados da Penn World Table 9.0 que medem a produtividade do trabalho, capital humano e capital físico por trabalhador, os resultados mostram que um choque estrutural nas instituições, em média, tem um efeito positivo e estatisticamente significante na produtividade do trabalho. Outro resultado obtido foi que um choque no capital humano gera, em média, um efeito positivo na produtividade do trabalho, enquanto que um choque ao capital físico por trabalhador não tem efeito sobre essa variável. Kunˇciˇc (2014) divide sua amostra em clusters de qualidade institucional que ranqueiam os países de melhores a piores instituições. Usando esses clusters, a amostra é dividida em dois, metade contendo os países com boas instituições, isto é, desenvolvidos, e metade contendo os países com instituições ruins, isto é, subdesenvolvidos. Os resultados diferem entre as duas amostras. Países com boas instituições não apresentam nenhum efeito sobre a produtividade do trabalho proveniente de um choque na qualidade institucional, enquanto que os países da amostra dos subdesenvolvidos mostram uma resposta maior que aquela da amostra completa. A produtividade do trabalho mostra uma resposta muito maior ao capital humano em países com boas instituições. Choques ao capital físico por trabalhador somente produzem resultados positivos para produtividade do trabalho na amostra dos países subdesenvolvidos. Estes resultados sugerem que existem retornos decrescentes para aumentos na qualidade institucional, o que está alinhado com a hipótese de convergência no nível de vida dos países. Isso está de acordo com o encontrado em Góes (2016). Os resultados sugerem também que o capital humano é melhor alocado quando as instituições são melhores e vice versa, gerando ganhos de produtividade de acordo com a qualidade institucional. Isso está de acordo com o encontrado em Hall, Sobel e Crowley (2010), Acemoglu, Gallego e Robinson (2014) e Niquito (2015).
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Usando a base de dados criada por Kunˇciˇc (2014) como uma proxy para instituições e dados da Penn World Table 9.0 que medem a produtividade do trabalho, capital humano e capital físico por trabalhador, os resultados mostram que um choque estrutural nas instituições, em média, tem um efeito positivo e estatisticamente significante na produtividade do trabalho. Outro resultado obtido foi que um choque no capital humano gera, em média, um efeito positivo na produtividade do trabalho, enquanto que um choque ao capital físico por trabalhador não tem efeito sobre essa variável. Kunˇciˇc (2014) divide sua amostra em clusters de qualidade institucional que ranqueiam os países de melhores a piores instituições. Usando esses clusters, a amostra é dividida em dois, metade contendo os países com boas instituições, isto é, desenvolvidos, e metade contendo os países com instituições ruins, isto é, subdesenvolvidos. Os resultados diferem entre as duas amostras. Países com boas instituições não apresentam nenhum efeito sobre a produtividade do trabalho proveniente de um choque na qualidade institucional, enquanto que os países da amostra dos subdesenvolvidos mostram uma resposta maior que aquela da amostra completa. A produtividade do trabalho mostra uma resposta muito maior ao capital humano em países com boas instituições. Choques ao capital físico por trabalhador somente produzem resultados positivos para produtividade do trabalho na amostra dos países subdesenvolvidos. Estes resultados sugerem que existem retornos decrescentes para aumentos na qualidade institucional, o que está alinhado com a hipótese de convergência no nível de vida dos países. Isso está de acordo com o encontrado em Góes (2016). Os resultados sugerem também que o capital humano é melhor alocado quando as instituições são melhores e vice versa, gerando ganhos de produtividade de acordo com a qualidade institucional. Isso está de acordo com o encontrado em Hall, Sobel e Crowley (2010), Acemoglu, Gallego e Robinson (2014) e Niquito (2015).I explore the relations between economic institutions and economic growth and development. Institutions influence the structure of incentives in a society determining how the resources will be allocated and how efficiently hence they determine economic performance. The empirical literature seems to agree with this line of thought. A series of panel autoregressions was built with the goal of investigating the dynamic relation between labor productivity, institutional quality, human capital and physical capital per worker. Using the database created by Kunˇciˇc (2014) as a proxy for institutions and data from the Penn World Table 9.0 of labor productivity, human capital and physical capital per worker I find that a structural shock to institutions has on average a positive and significant effect on labor productivity. I also find that a shock to human capital has on average a positive and significant effect on labor productivity while a shock to physical capital per worker does not. Kunˇciˇc (2014) divides his sample into clusters of institutional quality wich rank the countries from better to worst institutions. Using this clusters I divide the sample in two, one-half containing countries with good institutions i.e developed, and another containing the countries with worst institutions i.e underdeveloped. The results are strikingly different between the two samples. Countries with good institutions have no effect on labor productivity from a shock in institutional quality, while the underdeveloped countries sample show a bigger response than that of the full sample. Labor productivity shows a much greater response to human capital in countries with good institutions. Physical capital shocks only produce positive responses in labor productivity in the sample of countries with worst institutions. These results suggest that there are diminishing returns to increases in institutional quality and that human capital may be misallocated in countries with bad institutions, suggesting that economic institutions greatly affect the allocation of resources in a society.application/pdfporCapital humanoProdutividadeModelo econométricoEconometriaEconomic InstitutionsPanel VAREconomic DevelopmentEconomic GrowthInstituições, produtividade do trabalho, capital humano e capital físico : uma investigação de suas relações dinâmicas através de modelos VAR para dados em painelinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de Ciências EconômicasPrograma de Pós-Graduação em EconomiaPorto Alegre, BR-RS2017mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL001058250.pdf001058250.pdfTexto completoapplication/pdf603621http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/172641/1/001058250.pdfe6807fe3a80c7e0fc34b05ff3b6260c1MD51TEXT001058250.pdf.txt001058250.pdf.txtExtracted Texttext/plain101279http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/172641/2/001058250.pdf.txt5d46199ab038ada5aae9915194af10feMD52THUMBNAIL001058250.pdf.jpg001058250.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1015http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/172641/3/001058250.pdf.jpgfbbc0142a8bbfd86ddcd3d07ce4ee9a4MD5310183/1726412018-10-29 07:51:23.324oai:www.lume.ufrgs.br:10183/172641Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-29T10:51:23Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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