Efeitos de diferentes volumes de treinamento combinado realizado em meio aquático sobre parâmetros de saúde em adultos com diabetes mellitus tipo 2 : um ensaio clínico randomizado
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/274041 |
Resumo: | Contexto: O treinamento combinado (TC) tem se mostrado eficaz em melhorar parâmetros de saúde de pessoas com diabetes mellitus tipo 2 (DM2). Apesar de haver um aumento crescente de investigações sobre esta temática na literatura, poucos estudos tem sido realizados em meio aquático, sendo que nenhum estudo comparou os efeitos do TC realizado em diferentes frequências semanais. Além disso, existe uma ampla variabilidade interindividual, com indivíduos classificados como responsivos (Rs) e não responsivos (NRs) ao exercício físico. Objetivo: A presente tese inclui três estudos. Dois se tratam sobre um ensaio clínico randomizado, cujos objetivos são: analisar os efeitos crônicos e a prevalência de responsividade individual de adultos com DM2 participantes de treinamento combinado em meio aquático realizado em duas (TC2) e três (TC3) sessões semanais sobre: 1) o controle glicêmico e demais variáveis cardiometabólicas; 2) a força muscular e mobilidade funcional. O terceiro estudo se trata de uma revisão sistemática com metanálise sobre os efeitos do TC no controle glicêmico de pacientes com DM2. Delineamento: Ensaio clínico randomizado, com duas intervenções em paralelo; revisão sistemática com metanálise. Métodos: Os dois primeiros estudos se tratam sobre um ensaio clínico randomizado, com uma amostra composta por 48 indivíduos com DM2, de ambos os sexos, com idade entre 40 e 65 anos, que foram randomizados entre os grupos TC2 (n=24) e TC3 (n=24). Os treinamentos tiveram a duração de 16 semanas com frequência semanal de duas e três sessões, respectivamente (de aproximadamente 50 minutos cada). Foram realizadas avaliações bioquímicas, de força muscular e de mobilidade funcional antes e após as 16 semanas de treinamento. Os dados crônicos foram analisados por-protocolo e por intenção de tratar. As análises das médias dos grupos foram realizadas utilizando-se equações de estimativas generalizadas, com post-hoc LSD, adotando-se um α de 0,05. Os indivíduos foram caracterizados como Rs, NRs ou responsivos adversos de acordo com o cálculo do erro típico. Os testes estatísticos foram realizados no programa estatístico SPSS vs 20.0. Para o terceiro estudo, foi realizada uma revisão sistemática com metanálise. As buscas foram realizadas em quatro bases de dados em junho de 2023. Foram adotados os seguintes critérios de elegibilidade: adultos com DM2; intervenção de treinamento combinado; avaliação pré e pós-treinamento dos níveis de hemoglobina glicada (HbA1c). Os resultados da meta-análise de efeitos aleatórios são apresentados como diferenças médias e intervalos de confiança de 95%. Resultados: As 16 semanas de TC2 e TC3 foram similarmente capazes de melhorar o perfil glicêmico (através dos níveis de hbA1c, insulina de jejum e índice HOMA-IR) de adultos com DM2, ao passo que somente os participantes do grupo TAC3 apresentaram melhora nos níveis de triglicerídeos e pressão arterial diastólica (PAD), analisados através das médias dos grupos. Os treinamentos também mostraram uma melhora similar nas médias para as variáveis de força muscular e mobilidade funcional. Na análise de responsividade individual, encontramos uma alta variabilidade nas respostas individuais ao treinamento, apresentando um alto % de NR nos dois grupos para todas as variáveis, de maneira similar entre os grupos, em que somente a variável de força resistente de membros inferiores (RMLMI) apresentou maior % de Rs no grupo TAC3. Assim, com exceção do desfecho RMLMI, nossos resultados demonstram que as diferentes frequências de treinamento (duas e três sessões) não se mostraram relacionadas à prevalência de NR para as variáveis cardiometabólicas, de força muscular e mobilidade funcional. Em relação à revisão sistemática com metanálise, dos 7314 artigos encontrados, 25 estudos foram elegíveis e incluídos na metanálise. Foi encontrado um efeito favorável do TC pós-intervenção, com redução na HbA1c (-0,68%). Conclusão: Os resultados referentes às intervenções de TC em meio aquático de 16 semanas mostraram que as diferentes estratégias (maior e menor frequência semanal) se mostraram similarmente eficazes em melhorar o controle glicêmico e aumentar a força muscular e mobilidade funcional de pacientes com DM2, ao passo que somente os participantes do grupo TAC3 apresentaram melhora dos níveis de triglicerídeos e PAD. Porém, devido à alta variabilidade nas respostas individuais ao treinamento, com alto % de NR, nossos resultados indicam que a análise de médias dos grupos pode não representar os resultados individuais de alguns pacientes. Assim, conclui-se as diferentes frequências de treinamento (duas e três sessões) não se mostraram relacionadas à prevalência de NR para a maioria das variáveis analisadas, portanto, parece que realizar o TC em meio aquático duas vezes na semana pode já ser benéfico para melhorar o controle do DM2, conferindo um treinamento tempo-eficiente. Adicionalmente, os resultados da revisão sistemática com metanálise mostraram que o TC pode ser considerado uma importante ferramenta não-farmacológica no tratamento do DM2, se mostrando efetivo em melhorar o controle glicêmico desta poulação. |
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Bracht, Cláudia GomesKruel, Luiz Fernando Martins2024-03-22T05:05:57Z2023http://hdl.handle.net/10183/274041001198697Contexto: O treinamento combinado (TC) tem se mostrado eficaz em melhorar parâmetros de saúde de pessoas com diabetes mellitus tipo 2 (DM2). Apesar de haver um aumento crescente de investigações sobre esta temática na literatura, poucos estudos tem sido realizados em meio aquático, sendo que nenhum estudo comparou os efeitos do TC realizado em diferentes frequências semanais. Além disso, existe uma ampla variabilidade interindividual, com indivíduos classificados como responsivos (Rs) e não responsivos (NRs) ao exercício físico. Objetivo: A presente tese inclui três estudos. Dois se tratam sobre um ensaio clínico randomizado, cujos objetivos são: analisar os efeitos crônicos e a prevalência de responsividade individual de adultos com DM2 participantes de treinamento combinado em meio aquático realizado em duas (TC2) e três (TC3) sessões semanais sobre: 1) o controle glicêmico e demais variáveis cardiometabólicas; 2) a força muscular e mobilidade funcional. O terceiro estudo se trata de uma revisão sistemática com metanálise sobre os efeitos do TC no controle glicêmico de pacientes com DM2. Delineamento: Ensaio clínico randomizado, com duas intervenções em paralelo; revisão sistemática com metanálise. Métodos: Os dois primeiros estudos se tratam sobre um ensaio clínico randomizado, com uma amostra composta por 48 indivíduos com DM2, de ambos os sexos, com idade entre 40 e 65 anos, que foram randomizados entre os grupos TC2 (n=24) e TC3 (n=24). Os treinamentos tiveram a duração de 16 semanas com frequência semanal de duas e três sessões, respectivamente (de aproximadamente 50 minutos cada). Foram realizadas avaliações bioquímicas, de força muscular e de mobilidade funcional antes e após as 16 semanas de treinamento. Os dados crônicos foram analisados por-protocolo e por intenção de tratar. As análises das médias dos grupos foram realizadas utilizando-se equações de estimativas generalizadas, com post-hoc LSD, adotando-se um α de 0,05. Os indivíduos foram caracterizados como Rs, NRs ou responsivos adversos de acordo com o cálculo do erro típico. Os testes estatísticos foram realizados no programa estatístico SPSS vs 20.0. Para o terceiro estudo, foi realizada uma revisão sistemática com metanálise. As buscas foram realizadas em quatro bases de dados em junho de 2023. Foram adotados os seguintes critérios de elegibilidade: adultos com DM2; intervenção de treinamento combinado; avaliação pré e pós-treinamento dos níveis de hemoglobina glicada (HbA1c). Os resultados da meta-análise de efeitos aleatórios são apresentados como diferenças médias e intervalos de confiança de 95%. Resultados: As 16 semanas de TC2 e TC3 foram similarmente capazes de melhorar o perfil glicêmico (através dos níveis de hbA1c, insulina de jejum e índice HOMA-IR) de adultos com DM2, ao passo que somente os participantes do grupo TAC3 apresentaram melhora nos níveis de triglicerídeos e pressão arterial diastólica (PAD), analisados através das médias dos grupos. Os treinamentos também mostraram uma melhora similar nas médias para as variáveis de força muscular e mobilidade funcional. Na análise de responsividade individual, encontramos uma alta variabilidade nas respostas individuais ao treinamento, apresentando um alto % de NR nos dois grupos para todas as variáveis, de maneira similar entre os grupos, em que somente a variável de força resistente de membros inferiores (RMLMI) apresentou maior % de Rs no grupo TAC3. Assim, com exceção do desfecho RMLMI, nossos resultados demonstram que as diferentes frequências de treinamento (duas e três sessões) não se mostraram relacionadas à prevalência de NR para as variáveis cardiometabólicas, de força muscular e mobilidade funcional. Em relação à revisão sistemática com metanálise, dos 7314 artigos encontrados, 25 estudos foram elegíveis e incluídos na metanálise. Foi encontrado um efeito favorável do TC pós-intervenção, com redução na HbA1c (-0,68%). Conclusão: Os resultados referentes às intervenções de TC em meio aquático de 16 semanas mostraram que as diferentes estratégias (maior e menor frequência semanal) se mostraram similarmente eficazes em melhorar o controle glicêmico e aumentar a força muscular e mobilidade funcional de pacientes com DM2, ao passo que somente os participantes do grupo TAC3 apresentaram melhora dos níveis de triglicerídeos e PAD. Porém, devido à alta variabilidade nas respostas individuais ao treinamento, com alto % de NR, nossos resultados indicam que a análise de médias dos grupos pode não representar os resultados individuais de alguns pacientes. Assim, conclui-se as diferentes frequências de treinamento (duas e três sessões) não se mostraram relacionadas à prevalência de NR para a maioria das variáveis analisadas, portanto, parece que realizar o TC em meio aquático duas vezes na semana pode já ser benéfico para melhorar o controle do DM2, conferindo um treinamento tempo-eficiente. Adicionalmente, os resultados da revisão sistemática com metanálise mostraram que o TC pode ser considerado uma importante ferramenta não-farmacológica no tratamento do DM2, se mostrando efetivo em melhorar o controle glicêmico desta poulação.Context: Combined training (CT) has been shown to be effective in improving health parameters in people with type 2 diabetes mellitus (T2DM). Despite there is a growing increase in investigations on this topic in the literature, few studies have been carried out in the aquatic environment, and no study has compared the effects of CT performed with different weekly frequencies. Furthermore, there is a wide interindividual variability, with individuals classified as responders (R) and non-responders (NR) to physical exercise. Objective: This thesis includes three articles. Two articles are about a randomized clinical trial, whose objectives are: to analyze the chronic effects and the prevalence of individual responsiveness of adults with DM2 participating in combined training in the aquatic environment carried out in two (ACT2) and three (ACT3) weekly sessions on: 1) glycemic control and other cardiometabolic variables; 2) muscular strength and functional mobility. The third article is a systematic review with meta-analysis on the CT effects on glycemic control in patients with DM2. Design: Randomized clinical trial, with two interventions in parallel; systematic review with meta-analysis. Methods: The first two articles are about a randomized clinical trial, with a sample composed of 48 individuals with DM2, of both sexes, aged between 40 and 65 years, who were randomized into ACT2 (n=24) and ACT3 (n=24). The training lasted 16 weeks with a weekly frequency of two and three sessions, respectively (approximately 50 minutes each). Biochemical, muscular strength and functional mobility assessments were carried out before and after the 16 weeks of training. Chronic data were analyzed by protocol and by intention-totreat. Analyses of group means were carried out using generalized estimating equations, with LSD post-hoc, adopting α= 0.05. Individuals were characterized as Rs, NRs or adverse responders according to the typical error calculation. Statistical tests were performed using the SPSS vs 20.0 statistical program. For the third article, a systematic review with meta-analysis was carried out. The searches were carried out in four databases in June 2023. The following eligibility criteria were adopted: adults with DM2; combined training intervention; pre- and post-training assessment of glycated hemoglobin (HbA1c) levels. The results of the randomeffects meta-analysis are presented as mean differences and 95% confidence intervals. Results: The 16 weeks of ACT2 and ACT3 were similarly able to improve the glycemic profile (through hbA1c levels, fasting insulin and HOMA-IR index) of adults with DM2, whereas only participants in the ACT3 group showed improvement in triglyceride levels and diastolic blood pressure (DBP), analyzed by group means. Training also showed a similar improvement in the means of muscular strength and functional mobility. In individual responsiveness analysis, we found a high variability in individual responses to training, presenting a high NR% in both groups for all variables, in a similar way between groups, in which only the lower limb muscular resistant strength (RMLMI) showed a higher % of Rs in the ACT3 group. Thus, except for RMLMI, our results demonstrate that the different training frequencies (two and three sessions) were not related to the prevalence of NRs for the cardiometabolic, muscle strength and functional mobility variables. Regarding the systematic review with meta-analysis, of the 7314 articles found, 25 studies were eligible and included in the meta-analysis. A favorable effect of post-intervention CT was found, with a reduction in HbA1c (-0.68%). Conclusion: The results regarding the 16-week aquatic CT interventions showed that the different strategies (higher and lower weekly frequency) were similarly effective in improving glycemic control and increasing muscle strength and functional mobility in patients with T2DM, while only ACT3 participants showed an improvement in triglyceride and DBP levels. However, due to the high variability in individual responses to training, with high NR%, our results indicate that the analysis of group means may not represent the individual results of some patients. Thus, it is concluded that the different training frequencies (two and three sessions) were not related to the prevalence of NR for most of the variables analyzed, therefore, it seems that performing CT in the aquatic environment twice a week may already be beneficial for improve DM2 control, providing time-efficient training. Additionally, the systematic review with meta-analysis results showed that CT can be considered an important non-pharmacological tool in the treatment of DM2, proving effective in improving glycemic control in this population.application/pdfporExercícios aquáticosDiabetes mellitus tipo 2Controle glicêmicoCombined trainingAquatic exerciseType 2 diabetesGlycemic controlEfeitos de diferentes volumes de treinamento combinado realizado em meio aquático sobre parâmetros de saúde em adultos com diabetes mellitus tipo 2 : um ensaio clínico randomizadoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulEscola de Educação Física, Fisioterapia e DançaPrograma de Pós-Graduação em Ciências do Movimento HumanoPorto Alegre, BR-RS2023doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001198697.pdf.txt001198697.pdf.txtExtracted Texttext/plain346023http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/274041/2/001198697.pdf.txt45ce07228dad060333a685112f379895MD52ORIGINAL001198697.pdfTexto completoapplication/pdf2557294http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/274041/1/001198697.pdf5514aefc29bbc4f084f87ed63a1860d3MD5110183/2740412024-03-23 05:00:12.635275oai:www.lume.ufrgs.br:10183/274041Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532024-03-23T08:00:12Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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Efeitos de diferentes volumes de treinamento combinado realizado em meio aquático sobre parâmetros de saúde em adultos com diabetes mellitus tipo 2 : um ensaio clínico randomizado Bracht, Cláudia Gomes Exercícios aquáticos Diabetes mellitus tipo 2 Controle glicêmico Combined training Aquatic exercise Type 2 diabetes Glycemic control |
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O terceiro estudo se trata de uma revisão sistemática com metanálise sobre os efeitos do TC no controle glicêmico de pacientes com DM2. Delineamento: Ensaio clínico randomizado, com duas intervenções em paralelo; revisão sistemática com metanálise. Métodos: Os dois primeiros estudos se tratam sobre um ensaio clínico randomizado, com uma amostra composta por 48 indivíduos com DM2, de ambos os sexos, com idade entre 40 e 65 anos, que foram randomizados entre os grupos TC2 (n=24) e TC3 (n=24). Os treinamentos tiveram a duração de 16 semanas com frequência semanal de duas e três sessões, respectivamente (de aproximadamente 50 minutos cada). Foram realizadas avaliações bioquímicas, de força muscular e de mobilidade funcional antes e após as 16 semanas de treinamento. Os dados crônicos foram analisados por-protocolo e por intenção de tratar. As análises das médias dos grupos foram realizadas utilizando-se equações de estimativas generalizadas, com post-hoc LSD, adotando-se um α de 0,05. Os indivíduos foram caracterizados como Rs, NRs ou responsivos adversos de acordo com o cálculo do erro típico. Os testes estatísticos foram realizados no programa estatístico SPSS vs 20.0. Para o terceiro estudo, foi realizada uma revisão sistemática com metanálise. As buscas foram realizadas em quatro bases de dados em junho de 2023. Foram adotados os seguintes critérios de elegibilidade: adultos com DM2; intervenção de treinamento combinado; avaliação pré e pós-treinamento dos níveis de hemoglobina glicada (HbA1c). Os resultados da meta-análise de efeitos aleatórios são apresentados como diferenças médias e intervalos de confiança de 95%. Resultados: As 16 semanas de TC2 e TC3 foram similarmente capazes de melhorar o perfil glicêmico (através dos níveis de hbA1c, insulina de jejum e índice HOMA-IR) de adultos com DM2, ao passo que somente os participantes do grupo TAC3 apresentaram melhora nos níveis de triglicerídeos e pressão arterial diastólica (PAD), analisados através das médias dos grupos. Os treinamentos também mostraram uma melhora similar nas médias para as variáveis de força muscular e mobilidade funcional. Na análise de responsividade individual, encontramos uma alta variabilidade nas respostas individuais ao treinamento, apresentando um alto % de NR nos dois grupos para todas as variáveis, de maneira similar entre os grupos, em que somente a variável de força resistente de membros inferiores (RMLMI) apresentou maior % de Rs no grupo TAC3. Assim, com exceção do desfecho RMLMI, nossos resultados demonstram que as diferentes frequências de treinamento (duas e três sessões) não se mostraram relacionadas à prevalência de NR para as variáveis cardiometabólicas, de força muscular e mobilidade funcional. Em relação à revisão sistemática com metanálise, dos 7314 artigos encontrados, 25 estudos foram elegíveis e incluídos na metanálise. Foi encontrado um efeito favorável do TC pós-intervenção, com redução na HbA1c (-0,68%). Conclusão: Os resultados referentes às intervenções de TC em meio aquático de 16 semanas mostraram que as diferentes estratégias (maior e menor frequência semanal) se mostraram similarmente eficazes em melhorar o controle glicêmico e aumentar a força muscular e mobilidade funcional de pacientes com DM2, ao passo que somente os participantes do grupo TAC3 apresentaram melhora dos níveis de triglicerídeos e PAD. Porém, devido à alta variabilidade nas respostas individuais ao treinamento, com alto % de NR, nossos resultados indicam que a análise de médias dos grupos pode não representar os resultados individuais de alguns pacientes. Assim, conclui-se as diferentes frequências de treinamento (duas e três sessões) não se mostraram relacionadas à prevalência de NR para a maioria das variáveis analisadas, portanto, parece que realizar o TC em meio aquático duas vezes na semana pode já ser benéfico para melhorar o controle do DM2, conferindo um treinamento tempo-eficiente. Adicionalmente, os resultados da revisão sistemática com metanálise mostraram que o TC pode ser considerado uma importante ferramenta não-farmacológica no tratamento do DM2, se mostrando efetivo em melhorar o controle glicêmico desta poulação. |
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