Diversidade morfológica da vista ventral do crânio em Sapajus nigritus (Primates, Cebidae)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Szynwelski, Bruna Elenara
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/245931
Resumo: Este estudo investiga a variação morfológica do crânio na espécie S. nigritus e sua relação com variáveis taxonômicas, fitofisionômicas, crista sagital e também as diferenças entre os sexos. Essa espécie de capuchinho tem extensa distribuição no bioma Mata Atlântica e habita suas diferentes composições fitotaxonômicas. Há descrição de duas subespécies S. n. nigritus e S. n. cucullatus feita com base em caracteres de morfologia externa. Na literatura há dados contraditórios sobre a taxonomia das populações que ocorrem acima do rio Tietê, pois não se tem certeza se há ocorrência de apenas S. nigritus ou também da espécie S. libidinosus. A espécie assim como outras do gênero, apresenta crista sagital devido à durofagia, mas a estrutura não está presente em todos os indivíduos. Foram amostrados 176 crânios de indivíduos adultos de S. nigritus. Também foram amostrados 24 indivíduos de S. libidinosus para serem usados comparativamente nas análises com os indivíduos acima do rio Tietê. A investigação morfológica foi feita através da técnica de morfometria geométrica avaliando a vista ventral do crânio. As principais tendências na variação da forma alométrica foram visualizadas através da PCA. E as diferenças entre grupos através da CVA. A forma foi avaliada através da MANCOVA com particionamento do efeito alométrico e do sexo. As diferenças de tamanho foram analisas via ANOVA, e Teste de Tukey. Após a investigação morfológica dos indivíduos acima do rio Tietê e a permanência da dúvida taxonômica, esses indivíduos foram excluídos e a amostra passou a contar com 95 indivíduos de certeza taxonômica. A vista ventral separou as espécies S. nigritus e S. libidinosus apenas através do tamanho. Não houve diferenças da forma entre as espécies. As diferentes variáveis ambientais que estão inseridas em cada fitofisionomia não foram suficientes para fazer com que essa espécie expressasse morfologias específicas em cada fitofisionomia. As duas subespécies apresentaram diferenças entre a forma alométrica e isométrica. A crista sagital mostrou ser um carácter difundido em várias categorias. E, não houve relação de forma ou tamanho usando essa estrutura como inferência de uma dieta diferencial. Por fim, a alometria foi a variável que teve maior influência sobre a forma, inclusive gerando as mudanças de forma encontradas entre os sexos.
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Também foram amostrados 24 indivíduos de S. libidinosus para serem usados comparativamente nas análises com os indivíduos acima do rio Tietê. A investigação morfológica foi feita através da técnica de morfometria geométrica avaliando a vista ventral do crânio. As principais tendências na variação da forma alométrica foram visualizadas através da PCA. E as diferenças entre grupos através da CVA. A forma foi avaliada através da MANCOVA com particionamento do efeito alométrico e do sexo. As diferenças de tamanho foram analisas via ANOVA, e Teste de Tukey. Após a investigação morfológica dos indivíduos acima do rio Tietê e a permanência da dúvida taxonômica, esses indivíduos foram excluídos e a amostra passou a contar com 95 indivíduos de certeza taxonômica. A vista ventral separou as espécies S. nigritus e S. libidinosus apenas através do tamanho. Não houve diferenças da forma entre as espécies. As diferentes variáveis ambientais que estão inseridas em cada fitofisionomia não foram suficientes para fazer com que essa espécie expressasse morfologias específicas em cada fitofisionomia. As duas subespécies apresentaram diferenças entre a forma alométrica e isométrica. A crista sagital mostrou ser um carácter difundido em várias categorias. E, não houve relação de forma ou tamanho usando essa estrutura como inferência de uma dieta diferencial. Por fim, a alometria foi a variável que teve maior influência sobre a forma, inclusive gerando as mudanças de forma encontradas entre os sexos.In this study we investigated the morphological variation of skull of Sapajus nigritus and its relationship with taxonomical variables, different fitofisionomies, presence of sagittal crest and sex. The capuchin monkey has a wide distribution on Brazilian Atlantic Forest and inhabits different fitotaxonomical compositions of this biome. There are two subspecies, S. n. nigritus and S. n. cucullatus, described using only external morphological characters. In literature, there are conflicting data concerning the taxonomy of populations occurring above Tiête river, because of the uncertainty of occurrence of S. nigritus and/or S. libidinosus in this location. The species presents sagittal crest due to durophagous diet, as the other species of the gender, however this structure is not present in all individuals. We sampled 176 skulls of adult individuals of S. nigritus. We also sampled 24 skulls of S. libidinosus to compare with individuals of S. nigritus that occur above Tiête river. We used geometric morphometrics to investigate morphological variation using ventral view of the skull. The main trends in allometric form variation was visualized through PCA. The differences between groups was accessed through CVA. We used MANCOVA with allometric and sex effects partitioned to evaluate form. The differences of size were analyzed using ANOVA and Tukey’s test. After morphological investigation of individuals occurring above Tiête river, and the maintenance of taxonomical doubt, those individuals were excluded from analysis, remaining 95 individuals with taxonomic certainty. Ventral view only divided S. nigritus and S. libidinosus through size. There were no differences between both species considering form. Environmental variables inserted in each fitofisionomy was not efficient to express specific morphologies. Both species presented differences among isometric and allometric forms. Sagittal crest showed to be a feature spread in several categories. There was no relation of form and size using this structure as a sign of a differential diet. Ultimately, allometry was the variable that had most influence on form, including causing changes founded between sexes.application/pdfporBiodiversidadeTaxonomia animalCaracteres sexuaisCrânioSapajus nigritusMata AtlânticaDiversidade morfológica da vista ventral do crânio em Sapajus nigritus (Primates, Cebidae)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de BiociênciasPrograma de Pós-Graduação em Biologia AnimalPorto Alegre, BR-RS2019mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001142815.pdf.txt001142815.pdf.txtExtracted Texttext/plain98732http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/245931/2/001142815.pdf.txt17f999eacc91685a4cc6cc312415dbdeMD52ORIGINAL001142815.pdfTexto completoapplication/pdf1496817http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/245931/1/001142815.pdf7dbd663f4f50b3b07e896fb9d01cebe0MD5110183/2459312022-08-03 04:37:59.488oai:www.lume.ufrgs.br:10183/245931Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532022-08-03T07:37:59Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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