Peão preto e pobre na casa e8 : o jogo teatral como estratégia de emancipação juvenil
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/172383 |
Resumo: | Meu tema é a dramatização como ferramenta de emancipação intelectual de jovens estudantes de escola pública. Parto do estudo sobre a Juventude, definindo-a, não como uma fase naturalde escola pública. Parto do estudo sobre a Juventude, definindo-a, não como uma fase natural da vida, mas como um construto social criado no século XIX para efetivo controle pelo Estado. Passo seguinte, analiso a “coincidência” do surgimento da escola moderna com a da categoria juvenil. Com o intuito de buscar alternativas ao silenciamento imposto pelo sistema de ensino coletivo, analiso métodos e teorias críticas à imposição de uma educação castradora. Entre eles estão os métodos do Ensino Universal (Jacotot) e da Pedagogia do Oprimido (Paulo Freire), o debate sobre saberes subalternos (Mignolo et al.) e, por fim, a apresentação e atualidade do Teatro do Oprimido (Augusto Boal). Ao concluir, apresento uma prática recente de sala de aula, a partir da qual traço algumas considerações sobre os limites de uma educação emancipadora. Como ápice dessa reflexão, penso um projeto emancipador de ensino de literatura, em que os jovens sejam agentes de sua leitura e obtenham o reconhecimento (verificação) da igualdade e direito à voz. Esses educandos, ao terem espaço para dar vazão ao seu trabalho e à sua voz, correm o risco de ecoar o discurso do poder. A realização de uma proposta de feição emancipatória termina, neste caso, por revelar contradições sociais visíveis nos muros da escola. Superá-las é um desafio em que o expurgo do opressor de “dentro” de si requer uma práxis, isto é, uma ação e reflexão cultural, dialógica e amorosa. Ao exercitar-se em jogos teatrais, o educando se envolve em um processo de criação da escrita literária e, desse modo, ele ou ela produz sua própria literatura, pronuncia sua palavra. |
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Possato Junior, José LuizSanseverino, Antônio Marcos Vieira2018-02-06T02:28:34Z2017http://hdl.handle.net/10183/172383001057078Meu tema é a dramatização como ferramenta de emancipação intelectual de jovens estudantes de escola pública. Parto do estudo sobre a Juventude, definindo-a, não como uma fase naturalde escola pública. Parto do estudo sobre a Juventude, definindo-a, não como uma fase natural da vida, mas como um construto social criado no século XIX para efetivo controle pelo Estado. Passo seguinte, analiso a “coincidência” do surgimento da escola moderna com a da categoria juvenil. Com o intuito de buscar alternativas ao silenciamento imposto pelo sistema de ensino coletivo, analiso métodos e teorias críticas à imposição de uma educação castradora. Entre eles estão os métodos do Ensino Universal (Jacotot) e da Pedagogia do Oprimido (Paulo Freire), o debate sobre saberes subalternos (Mignolo et al.) e, por fim, a apresentação e atualidade do Teatro do Oprimido (Augusto Boal). Ao concluir, apresento uma prática recente de sala de aula, a partir da qual traço algumas considerações sobre os limites de uma educação emancipadora. Como ápice dessa reflexão, penso um projeto emancipador de ensino de literatura, em que os jovens sejam agentes de sua leitura e obtenham o reconhecimento (verificação) da igualdade e direito à voz. Esses educandos, ao terem espaço para dar vazão ao seu trabalho e à sua voz, correm o risco de ecoar o discurso do poder. A realização de uma proposta de feição emancipatória termina, neste caso, por revelar contradições sociais visíveis nos muros da escola. Superá-las é um desafio em que o expurgo do opressor de “dentro” de si requer uma práxis, isto é, uma ação e reflexão cultural, dialógica e amorosa. Ao exercitar-se em jogos teatrais, o educando se envolve em um processo de criação da escrita literária e, desse modo, ele ou ela produz sua própria literatura, pronuncia sua palavra.My theme is dramatization as a tool for the int ellectual emancipation of young public-school students. I start with a study about Youth, defining it not as a natural phase of life, but as a social construct created in the nineteenth century for effective control by the State. Next, I analyze the “coincidence” of the emergence of the modern school with that of the youth category. In order to find alternatives to the silencing imposed by the collective education system, I analyze methods and theories critical to the imposition of a castrating education. Among them are the methods of the Universal Teaching (Jacotot) and Pedagogy of the Oppressed (Paulo Freire), the debate on subaltern knowledge (Mignolo et al.) and, finally, the presentation and actuality of the Theater of the Oppressed (Augusto Boal). In conclusion, I present a recent classroom practice, from which I draw some considerations on the limits of an emancipatory education. As the culmination of this reflection, I think of an emancipatory project of literature teaching, in which young people are agents of their reading and obtain recognition (verification) of equality and the right to voice. These students having space to give vent to their work and their voice, run the risk of echoing the discourse of power. The realization of a proposal of emancipatory character ends, in this case, by revealing visible social contradictions within the walls of the school. To overcome them is a challenge in wich the purging of the oppressor from “within oneself” requires a praxis, that is, a cultural, dialogical and loving action and reflection. Exercising theatrical games, the student is involved in a process of creation of literary writing and, in this way, he or she produces his or her own literature, thus pronounces his or her word.application/pdfporEnsino de literaturaEmancipaçãoJuventudeJogos teatraisEmancipationYouthMethodologies of the oppressedLiterary educationTheatrical gamesPeão preto e pobre na casa e8 : o jogo teatral como estratégia de emancipação juvenilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de LetrasPrograma de Pós-Graduação em LetrasPorto Alegre, BR-RS2017mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL001057078.pdf001057078.pdfTexto completoapplication/pdf1274923http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/172383/1/001057078.pdf2d615a72dc9784ab7eb86b0dacc11230MD51TEXT001057078.pdf.txt001057078.pdf.txtExtracted Texttext/plain328388http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/172383/2/001057078.pdf.txt64bf2e2c4754aebd9bd775929637e434MD52THUMBNAIL001057078.pdf.jpg001057078.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1023http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/172383/3/001057078.pdf.jpgfd76d0c016f2a4fb324122e7210fefa7MD5310183/1723832021-05-07 04:58:32.466128oai:www.lume.ufrgs.br:10183/172383Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532021-05-07T07:58:32Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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