Os granitóides sintectônicos pós-colisionais Sanga do Areal, intrusivos no Complexo Arroio dos Ratos, na Região de Quitéria, RS.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Centeno, Adrio Peixoto
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/70407
Resumo: Esta dissertação faz parte de um projeto que tem como objetivo investigar a origem e evolução do magmatismo de arco e pós-colisional do Escudo Sul-rio-grandense (ESRG), caracterizando a partir de estudos geoquímicos, estruturais e petrográficos os Granitóides Sanga do Areal (GSA), localizados na região de Quitéria, porção leste do Escudo Sul-rio-grandense. Estes granitóides consistem de dois corpos principais, alongados na direção NE-SW, com aproximadamente 14 km de extensão e 2 km de largura, e também de diversas intrusões menores, posicionadas, preferencialmente, na porção mediana de alta deformação cisalhante do Complexo Arroio dos Ratos. Estão em contato na porção NW com metatonalitos, metagranodioritos e gnaisses tonalíticos a dioríticos de idade paleoproterozóica do referido complexo e com horblenda-biotita granodioritos da unidade neoproterozóica Granodiorito Cruzeiro do Sul. Na porção SE o contato se dá com tonalitos a dioritos relacionados aos Granitóides Arroio Divisa de idade neoproterozóica. Os GSA são biotita monzogranitos de textura porfirítica em seu termo principal, com cerca de 30% de megacristais de até 5 cm de comprimento de plagioclásio e K-feldspato. A matriz heterogranular média a grossa é composta por quartzo fitado, feldspato parcialmente recristalizado e biotita. Subordinadamente, observam-se corpos de espessura centimétrica a métrica de biotita granodiorito equigranular médio, com fenocristais esparsos de feldspatos alinhados na foliação. Raramente ocorrem enclaves microgranulares máficos. A foliação milonítica é bem marcada pela orientação da biotita, dos megacristais lenticulares e do quartzo fitado e tem direção E-W, com alto ângulo de mergulho para N e para S, contendo lineação de estiramento direcional, com baixo caimento para W a SW. A foliação ígnea primária, concordante a sub-concordante com a foliação milonítica, tem ocorrência restrita e é marcada pela orientação dos megacristais não deformados e das lamelas de biotita. Estruturas S-C, caudas assimétricas em porfiroclastos de feldspatos, biotita fish e fitas assimétricas de quartzo são consistentes e indicam movimento transcorrente sinistral. Os Granitóides Sanga do Areal têm afinidade sub-alcalina médio a alto K, provavelmente toleítica, compatível com ambiente pós-colisional, onde foram deformados e controlados por zonas de cisalhamento transcorrente sub-verticais. Foi obtida uma idade U-Pb em zircão dos granitóides de 626,6±4,9 Ma (MSWD=2.2), coerente com as relações de campo.
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Estão em contato na porção NW com metatonalitos, metagranodioritos e gnaisses tonalíticos a dioríticos de idade paleoproterozóica do referido complexo e com horblenda-biotita granodioritos da unidade neoproterozóica Granodiorito Cruzeiro do Sul. Na porção SE o contato se dá com tonalitos a dioritos relacionados aos Granitóides Arroio Divisa de idade neoproterozóica. Os GSA são biotita monzogranitos de textura porfirítica em seu termo principal, com cerca de 30% de megacristais de até 5 cm de comprimento de plagioclásio e K-feldspato. A matriz heterogranular média a grossa é composta por quartzo fitado, feldspato parcialmente recristalizado e biotita. Subordinadamente, observam-se corpos de espessura centimétrica a métrica de biotita granodiorito equigranular médio, com fenocristais esparsos de feldspatos alinhados na foliação. Raramente ocorrem enclaves microgranulares máficos. A foliação milonítica é bem marcada pela orientação da biotita, dos megacristais lenticulares e do quartzo fitado e tem direção E-W, com alto ângulo de mergulho para N e para S, contendo lineação de estiramento direcional, com baixo caimento para W a SW. A foliação ígnea primária, concordante a sub-concordante com a foliação milonítica, tem ocorrência restrita e é marcada pela orientação dos megacristais não deformados e das lamelas de biotita. Estruturas S-C, caudas assimétricas em porfiroclastos de feldspatos, biotita fish e fitas assimétricas de quartzo são consistentes e indicam movimento transcorrente sinistral. Os Granitóides Sanga do Areal têm afinidade sub-alcalina médio a alto K, provavelmente toleítica, compatível com ambiente pós-colisional, onde foram deformados e controlados por zonas de cisalhamento transcorrente sub-verticais. Foi obtida uma idade U-Pb em zircão dos granitóides de 626,6±4,9 Ma (MSWD=2.2), coerente com as relações de campo.This research investigates the evolution of arc to post-collisional magmatism in the Sul-rio-grandense Shield (ESGR), using geochemistry, structural and petrographic studies of the Sanga do Areal Granitoids (GSA). These granitoids are located in the Quitéria region, east of ESRG. The GSA form two main, NE-striking intrusions, and several other small ones, mainly within the shear zone croscutting the central portion of the Arroio dos Ratos Complex. The two main bodies are about 14 km long and 2 km wide. To the northwest, the GSA rocks are in contact with Paleoproterozoic metatonalites, metagranodiorites, tonalitic to dioritic gneisses of the Complex, and Neoproterozoic horblende-biotite granodiorites of the Cruzeiro do Sul unit. To the southeast, they are surrounded by tonalitic to dioritic rocks, related to the Neoproterozoic Arroio da Divisa Granitoids. The GSA rocks are composed mainly of porphyritic biotite monzogranites, with about 30% megacrysts of plagioclase and 5 cm long K-feldspar. The medium to coarse grained heterogranular groundmass is composed of microcrystalline ribbon quartz, partially re-crystallized feldspar and biotite. Medium-grained equigranular granodiorite occurs as centimeter to meter- thick bodies, with sparse feldspar megacrysts aligned on the foliation plane. Microgranular mafic enclaves are rarely observed within the GSA rocks. The mylonitic foliation is well-developed and marked by biotite, oriented lenticular megacrysts, as well as quartz ribbons. It strikes E-W and dips at high angles either N or S. The stretching lineation within the foliation shows shallow plunges, preferentially W-SW. A primary igneous foliation is sometimes observed, and it is concordant or sub-concordant with the mylonitic one, and marked by orientation of igneous megacrysts and biotite lamellae. S-C structures, asymetric tails in feldspar porphyroclasts, biotite fish, and asymetric quartz ribbons indicate transcurrent movement with consistent sinistral shear sense. The Sanga do Areal Granitoids show subalkaline medium- to high-K affinity, probably tholeiitic, and trace element composition consistent with sources related to post-collisional settings, which were deformed and controlled by E-NE and NE sub-vertical transcurrent shear zones. A U-Pb age in zircon grains from Sanga do Areal Granitoids of 626.6 ± 4.6Ma ((MSWD=2.2) was obtained and considered coherent with stratigraphic relations.application/pdfporMagmatismoPós-Colisional sintectônicoGranitoides sintranscorrentesComplexo Arroio dos RatosPost-collisional syn-tectonic magmatismArroio dos Ratos complexSanga do areal granitoidsNeoproterozoic post-collisional magmatismSyn-tectonic granitoidsOs granitóides sintectônicos pós-colisionais Sanga do Areal, intrusivos no Complexo Arroio dos Ratos, na Região de Quitéria, RS.info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de GeociênciasPrograma de Pós-Graduação em GeociênciasPorto Alegre, BR-RS2012mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000877331.pdf000877331.pdfTexto completoapplication/pdf2950416http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/70407/1/000877331.pdf3372cbc5d23c1e2236e675e0c4ab315aMD51TEXT000877331.pdf.txt000877331.pdf.txtExtracted Texttext/plain118673http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/70407/2/000877331.pdf.txt31a31f02fc6d75d525ceb834963bec4bMD52THUMBNAIL000877331.pdf.jpg000877331.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1048http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/70407/3/000877331.pdf.jpg3e0684ad602553f061ab59a3ceb49e6eMD5310183/704072018-10-15 09:20:28.364oai:www.lume.ufrgs.br:10183/70407Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-15T12:20:28Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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