Análise dos fatores de virulência em Enterococcus faecalis isolados de humanos, alimentos e frangos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cassenego, Ana Paula Vaz
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/101644
Resumo: Este estudo objetivou investigar a distribuição e a relação entre os genes envolvidos com a virulência e formação de biofilme em 196 Enterococcus faecalis isolados de alimentos, clínicos e suabes cloacais de frangos de corte que receberam oocistos de Eimeria maxima e Eimeria acervulina e ração suplementada ou não com anticoccidiano. No primeiro experimento foi investigada a frequência dos genes agg, ace, tet(M), tet(L) e do operon bopABCD; e foi analisada a produção da enzima gelatinase em duas temperaturas de crescimento (36°C e 42°C). Assim como a capacidade de formar biofilme em meio de cultura suplementado com 10% de sangue, 10% de urina ou 0,75% de glicose por 70 Enterococcus faecalis isolados de frangos. Os Enterococcus faecalis isolados de frangos de corte que receberam oocistos de Eimeria maxima e Eimeria acervulina e ração suplementada ou não com anticoccidiano apresentaram capacidade de se adaptar a diferentes nichos biológicos, como por exemplo, sangue e urina. Foi observado um alto percentual dos genes dos fatores de virulência. No segundo experimento, foi avaliada a diversidade filogenética, com base no método de PCR, de 182 cepas isoladas de humanos, frangos de corte e alimentos. Estas cepas formaram quatro grupos filogenéticos (A, B, C e D) e quatro subgrupos (A1, A2, B1 e B2) com índice de similaridade entre 65 a 100%, demonstrando a adaptação de Enterococcus faecalis a diferentes ambientes. No terceiro experimento, foi determinada a capacidade de formação de biofilme de isolados clínicos e alimentares em diferentes meios de cultivo. Observou-se que o meio suplementado com 0,75% de glicose demonstrou ser o mais adequado para estabelecimento de forte aderência e, consequente formação do biofilme microbiano nos isolados de todas as origens. Em contrapartida, o meio suplementado com 10% de sangue foi o que registrou as maiores taxas de fraca formação de biofilme. Os estudos conduzidos demonstram características fenotípicas e genotípicas de Enterococcus faecalis que sugerem uma ampla adaptação ambiental entre os isolados pesquisados.
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Os Enterococcus faecalis isolados de frangos de corte que receberam oocistos de Eimeria maxima e Eimeria acervulina e ração suplementada ou não com anticoccidiano apresentaram capacidade de se adaptar a diferentes nichos biológicos, como por exemplo, sangue e urina. Foi observado um alto percentual dos genes dos fatores de virulência. No segundo experimento, foi avaliada a diversidade filogenética, com base no método de PCR, de 182 cepas isoladas de humanos, frangos de corte e alimentos. Estas cepas formaram quatro grupos filogenéticos (A, B, C e D) e quatro subgrupos (A1, A2, B1 e B2) com índice de similaridade entre 65 a 100%, demonstrando a adaptação de Enterococcus faecalis a diferentes ambientes. No terceiro experimento, foi determinada a capacidade de formação de biofilme de isolados clínicos e alimentares em diferentes meios de cultivo. Observou-se que o meio suplementado com 0,75% de glicose demonstrou ser o mais adequado para estabelecimento de forte aderência e, consequente formação do biofilme microbiano nos isolados de todas as origens. Em contrapartida, o meio suplementado com 10% de sangue foi o que registrou as maiores taxas de fraca formação de biofilme. Os estudos conduzidos demonstram características fenotípicas e genotípicas de Enterococcus faecalis que sugerem uma ampla adaptação ambiental entre os isolados pesquisados.This study aimed to investigate the distribution and the relationship between genes involved in virulence and biofilm formation in 196 Enterococcus faecalis isolates from food, clinical and cloacal swabs of broilers that received oocysts of Eimeria maxima and Eimeria acervulina and diet supplemented or not with anticoccidial. The first experiment investigated the frequency of agg, ace, tet(M), tet(L) genes and bopABCD operon; production of gelatinase enzyme was analyzed at two growth temperatures (36°C and 42°C). Thus the ability to form biofilm in culture medium supplemented with 10% of blood, 10% of urine and glucose 0.75% for 70 Enterococcus faecalis isolates of chicken. The Enterococcus faecalis isolates from broilers that received oocysts of Eimeria maxima and Eimeria acervulina and supplemented or not with anticoccidial showed the ability to adapt to different biological niches, such as blood and urine. A high percentage of genes of virulence factors were observed. In the second experiment, we evaluated the phylogenetic diversity based on PCR method of 182 strains isolated from humans, broilers and food. These strains formed four phylogenetic groups (A, B, C and D) and four subgroups (A1, A2, B1 and B2) with similarity index between 65 and 100%, demonstrating the adaptation of Enterococcus faecalis to different environments. In the third experiment, the ability of biofilm formation of clinical and food isolates in different culture media was determined. It was observed that the medium supplemented with 0.75% glucose was shown to be more suitable for the establishment of strong adhesion and subsequent formation of the biofilm isolates from all sources. In other hand, medium supplemented with 10% blood was reported that the highest rates of weak biofilm formation. Studies conducted show phenotypic and genotypic characteristics of Enterococcus faecalis that suggest a broad environmental adaptation among the isolates studied.application/pdfporEnterococcus faecalisVirulênciaGenesBiofilmeAlimentosFrangoAnálise dos fatores de virulência em Enterococcus faecalis isolados de humanos, alimentos e frangosAnalysis of virulence factors in Enterococcus faecalis isolated from humans, foods and chickens info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de Ciências Básicas da SaúdePrograma de Pós-Graduação em Microbiologia Agrícola e do AmbientePorto Alegre, BR-RS2014doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000932194.pdf000932194.pdfTexto completoapplication/pdf1556484http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/101644/1/000932194.pdf3d8734e1520c3a933b0b3cce767327a8MD51TEXT000932194.pdf.txt000932194.pdf.txtExtracted Texttext/plain221442http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/101644/2/000932194.pdf.txtc1033c1c82016cf69b4d84e7b824a5efMD52THUMBNAIL000932194.pdf.jpg000932194.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1223http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/101644/3/000932194.pdf.jpgf9d69ddc53c749358ca7ee7db7725e46MD5310183/1016442022-08-17 04:47:59.84873oai:www.lume.ufrgs.br:10183/101644Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532022-08-17T07:47:59Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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