Diagnóstico alternativo identificado na angiotomografia computadorizada de tórax na suspeita de tromboembolia pulmonar

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ferreira, Eleci Vaz
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/119407
Resumo: Introdução: A angiotomografia computadorizada (angioTC) de tórax é utilizada para diagnosticar tromboembolia pulmonar (TEP). O papel deste exame para estabelecer diagnósticos alternativos, quando negativo para TEP, não é bem conhecido. Objetivos: Estudar a contribuição da angioTC para identificar um diagnóstico alternativo nos casos com angioTC negativa para TEP, assim como determinar a prevalência de TEP e comparar as características clínicas dos pacientes com e sem TEP. Pacientes e Métodos: Estudo transversal, retrospectivo, com 191 pacientes adultos que realizaram angioTC de tórax por suspeita de TEP, no período de setembro de 2009 a maio de 2012. A angioTC e a radiografia de tórax foram revisadas para determinar se os achados poderiam fornecer um diagnóstico alternativo nos casos com angioTC negativa para TEP. Do prontuário eletrônico foram coletados dados relacionados a sintomas, fatores de risco, comorbidades, tempo de internação e mortalidade. Resultados: Dos 191 pacientes incluídos, 128 (67%) eram mulheres. A média de idade foi 59,3 ± 17,1 anos. Em 59,2% a angioTC do tórax foi solicitada no serviço de emergência. A angioTC foi positiva para TEP em 47 pacientes (24,6% dos casos). Achados anormais na angioTC de tórax foram observados em 120 dos 144 pacientes com angioTC negativa para TEP, predominando atelectasia (48,6%), nódulo pulmonar (30,6%), derrame pleural (29,9%) e consolidação (21,5%). Os achados da angioTC foram compatíveis com um diagnóstico alternativo, que explicava os sintomas do paciente, em 39,3% (n=75); esta percentagem reduziu para 20,4% (n=39) quando foram considerados somente os casos sem achados semelhantes na radiografia de tórax. O diagnóstico alternativo mais frequente, identificado somente pela angioTC, foi pneumonia (20 de 39 casos). Não houve diferença nos sintomas, fatores de risco, comorbidades e taxa de óbito intrahospitalar no grupo com angioTC positiva e negativa para TEP. Pacientes com angioTC positiva para TEP tiveram um maior tempo de internação (mediana de 18 dias vs 9,5 dias; p=0,001). Conclusões: A angioTC de tórax foi positiva para TEP em 24,6% dos casos. Não houve diferença significativa nos achados clínicos dos pacientes com angioTC positiva e negativa para TEP, exceto por um tempo de internação maior no grupo com TEP. A angioTC de tórax mostrou achados compatíveis com um diagnóstico alternativo em 39,3% dos pacientes. Entretanto, estes achados não haviam sido detectados na radiografia de tórax em 20,4% dos casos. O diagnóstico alternativo mais frequente foi pneumonia.
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Do prontuário eletrônico foram coletados dados relacionados a sintomas, fatores de risco, comorbidades, tempo de internação e mortalidade. Resultados: Dos 191 pacientes incluídos, 128 (67%) eram mulheres. A média de idade foi 59,3 ± 17,1 anos. Em 59,2% a angioTC do tórax foi solicitada no serviço de emergência. A angioTC foi positiva para TEP em 47 pacientes (24,6% dos casos). Achados anormais na angioTC de tórax foram observados em 120 dos 144 pacientes com angioTC negativa para TEP, predominando atelectasia (48,6%), nódulo pulmonar (30,6%), derrame pleural (29,9%) e consolidação (21,5%). Os achados da angioTC foram compatíveis com um diagnóstico alternativo, que explicava os sintomas do paciente, em 39,3% (n=75); esta percentagem reduziu para 20,4% (n=39) quando foram considerados somente os casos sem achados semelhantes na radiografia de tórax. O diagnóstico alternativo mais frequente, identificado somente pela angioTC, foi pneumonia (20 de 39 casos). Não houve diferença nos sintomas, fatores de risco, comorbidades e taxa de óbito intrahospitalar no grupo com angioTC positiva e negativa para TEP. Pacientes com angioTC positiva para TEP tiveram um maior tempo de internação (mediana de 18 dias vs 9,5 dias; p=0,001). Conclusões: A angioTC de tórax foi positiva para TEP em 24,6% dos casos. Não houve diferença significativa nos achados clínicos dos pacientes com angioTC positiva e negativa para TEP, exceto por um tempo de internação maior no grupo com TEP. A angioTC de tórax mostrou achados compatíveis com um diagnóstico alternativo em 39,3% dos pacientes. Entretanto, estes achados não haviam sido detectados na radiografia de tórax em 20,4% dos casos. O diagnóstico alternativo mais frequente foi pneumonia.Introduction: Computed tomography (CT) pulmonary angiography is used to diagnose pulmonary embolism (PE). The role of this test in establishing an alternative diagnosis, when negative for PE, is not well known. Aims: To study the contribution of CT angiography in establishing alternative diagnoses, when the test is negative for PE, as well as to determine the prevalence of PE and compare the clinical characteristics of patients with and without PE. Patients and Methods: Cross-sectional, retrospective study of 191 adult consecutive patients who underwent CT angiography for suspected PE, from September, 2009 to May, 2012. The CT angiographies and chest radiographies were reviewed to determine whether the findings could provide an alternative diagnosis in cases with negative CT angiography for PE. Symptoms, risk factors, comorbidities, length of stay and mortality were collected from the electronic medical record. Results: Of the 191 patients included 128 (67%) were women. The mean age of de patients was 59.3 ± 17.1 years. In 59.2% CT angiography was requested in the emergency room. The CT angiography was positive for PE in 47 patients (24.6% of the total cases). Abnormal findings, observed in 120 of the 144 patients with negative CT angiography for PE, were predominantly atelectasis (48.6%), pulmonary nodules (30.6%), pleural effusion (29.9%) and consolidation (21.5%). CT angiography findings were consistent with a diagnosis that explained the patient's symptoms in 39.3% (n=75). When only those cases without concurrent findings on chest radiography were considered this percentage dropped to 20.4% (n=39). The most common alternative diagnosis, identified only by CT angiography, was pneumonia (20 of 39 cases). There were no differences between the groups with positive and negative CT angiography for PE in terms of symptoms, risk factors, comorbidities, and in-hospital death rate. However, patients with positive CT angiography for PE had a longer hospital stay (median 18 days vs. 9.5 days, p=0.001). Conclusions: CT angiography was positive for PE in 24.6% of cases. There were no significant differences in the clinical findings of patients with positive and negative CT angiography for PE, except for a longer hospital stay in the former group. Chest CT angiography revealed findings consistent with an alternative diagnosis in 39.3 % of the patients. However, these findings were not detected on chest radiography in 20.4 % of the patients. The most common alternative diagnosis was pneumonia.application/pdfporEmbolia pulmonarTomografia computadorizada por raios XDiagnósticoPulmonary embolismCT angiographyPrevalenceAlternative diagnosisDiagnóstico alternativo identificado na angiotomografia computadorizada de tórax na suspeita de tromboembolia pulmonarinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPrograma de Pós-Graduação em Ciências PneumológicasPorto Alegre, BR-RS2015doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT000969910.pdf.txt000969910.pdf.txtExtracted Texttext/plain163024http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/119407/2/000969910.pdf.txtb1417e45ffcecd2f13ef9256b37570c8MD52ORIGINAL000969910.pdf000969910.pdfTexto completoapplication/pdf665112http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/119407/1/000969910.pdf6636b4a1d104de0aec7eb0a0dfc86de3MD5110183/1194072019-07-19 02:38:58.000052oai:www.lume.ufrgs.br:10183/119407Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532019-07-19T05:38:58Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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