Imagem-memória no jornalismo literário de a Casa da vovó e Cova 312

• Autor(a) principal: Sangaletti, Leticia
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/239919
• topic: Literatura; Intermidialidade; Jornalismo literário; Fotografia; Memória; Literary Journalism; Literature; Photography; Intermediation; Memory

A presente pesquisa relaciona o jornalismo literário e a fotografia, de modo a conferir como se dá a combinação de ambas em livros-reportagem. Como jornalismo literário aborda a violência? De que modo elementos estéticos, como a fotografia, aparecem em obras investigativas que se situam no limiar entre literatura e jornalismo? Como trazem à memória a violência recalcada e silenciada do período ditatorial brasileiro? O corpus de análise concentra-se nos livros A casa da vovó – uma biografia do Doi Codi, de Marcelo Godoy (2014) e Cova 312, de Daniela Arbex (2015), definido a partir de um mapeamento das obras premiadas no Prêmio Jabuti, na categoria de reportagem, tendo o tema violência chamado a atenção por estar entre as temáticas que mais aparecem em tais narrativas. No tocante aos procedimentos metodológicos empregados na pesquisa, esses consistem no cotejamento entre texto e imagem, de modo a encontrar os elementos escolhidos como tema das obras, além de fazer também o comparativo de duas obras de jornalismo literário, para verificar como cada produção aborda o assunto, como a memória e violência são representados em texto e imagens. Com relação ao aporte teórico, ele está embasado em nomes como Claus Clüver e Irina Rajewski sobre Intermidialidade; Edvaldo Pereira Lima, John Bak e Tom Wolfe, acerca do Jornalismo Literário; Roland Barthes, Philipe Dubois, Susan Sontag e Boris Kossoy no que tange à fotografia; sobre imagem-memória, buscou-se suporte para discutir sobre a percepção, a memória e a imaginação, tendo como referencial teórico o pensamento de Paul Ricouer; no que se refere à violência, em Karl Schollhammer; e à estética, em Walter Benjamin, especialmente. Com relação aos resultados, a partir da e análise das obras escolhidas, espera-se contribuir para a construção de uma história do jornalismo literário no Brasil e, ainda, trazer à tona e registrar uma memória que, calcada na violência, por muito tempo ficou adormecida.