Marcadores circulantes da atividade imunoinflamatoria na reestenose coronaria pos angioplastia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Quadros, Alexandre Schaan de
Data de Publicação: 1997
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/115314
Resumo: Base teórica - A fisiopatologia da reestenose coronária pós angioplastia está relacionada ao aumento da produção de matriz extracelular, proliferação celular e alterações morfológicas da parede do vaso, proporcionadas principalmente por células musculares lisas e macrófagos. Embora as citocinas sejam proteínas fundamentais na regulação destas funções e estejam presentes nas placas reestenóticas, sua exata importância ao longo deste processo permanece indefinida, principalmente pela falta de um método capaz de sua avaliação seqüencial. Neste estudo, testamos a hipótese de que pacientes com reestenose coronária pós-angioplastia apresentam aumento da atividade imunoinflamatória plasmática através da mensuração de marcadores circulantes pelo método de ELISA. Objetivo - Comparar a expressão de interleucina l-beta (IL-1 J3), receptor solúvel da interleucina-2 (rs-IL 2), fator de necrose tumoral alfa (TNFa) e receptores solúveis I e H do fator de necrose tumoral alfa (rs I-TNFa e rs li-TNFa) no sangue periférico de pacientes com lesões reestenóticas, lesões ateroscleróticas primárias e indivíduos normais. Métodos- Foram estudados 11 pacientes com reestenose coronária pós-angioplastia e 10 pacientes com aterosclerose primária encaminhados para cineangiocoronariografia. Dez indivíduos normais sem cardiopatia isquêmica ou fatores de risco foram utilizados como grupo controle. As amostras de sangue foram coletadas imediatamente antes da cineangiocoronariografia, processadas e as concentrações plasmáticas do rs-IL 2, TNFa, rs-1 TNFa, rs-11 TNFa e IL-lf3 analisadas pelo método de ELISA. Os níveis de cada grupo foram comparados por análise de variância (ANOVA), sendo utilizado o método de Scheffé para análise das diferenças entre os subgrupos. Resultados - Não houve diferença quanto à idade, sexo, presença de fatores de risco para cardiopatia isquêmica e aspectos de tratamento entre os dois grupos de pacientes. Os pacientes com reestenose coronária apresentaram cardiopatia isquêmica mais grave, já que tinham maior número de vasos comprometidos e também apresentaram o último episódio de angina há menos tempo do que os pacientes com aterosclerose primária. Os níveis plasmáticos do rs-IL 2 foram significativamente mais elevados nos pacientes com reestenose coronária (1640 ± 576 pg/ml) do que nos nos indivíduos normais (796 ± 470 pg/ml), mas inferiores aqueles dos pacientes com aterosclerose primária (2283 ± 542 pg/ml) (p<0.05). Os níveis dos receptores do TNFa e do TNFa dos pacientes com reestenose coronária (rs-I TNFa=1021 ± 108 pg/ml; rs-II TNFa=2267 ± 447 pg/ml; TNF a=O pg/ml [0-2.8 pg/ml]) não foram diferentes dos indivíduos normais (rs-I TNFa= 888 ± 162 pg/ml; rs-II TNFa=2123 ± 345; TNFa=O pg/ml [0-0.3 pg/ml] ) mas foram significativamente menores do que aqueles dos pacientes com aterosclerose primária (rs-I TNFa= 1223 ± 194 pg/ml; rs-II TNFa= 2958 ± 716 pg/ml; TNFa= 0.65 pg/ml [0-3.0 pg/ml]) (p<0.05 para todas as diferenças). Os níveis de IL-1~ foram indetectáveis em todos os indivíduos. Não houve correlação entre a gravidade da cardiopatia isquêmica, a proximidade da angina ou a idade e os níveis de cada marcador. Conclusões - Os pacientes com reestenose coronária pós-angioplastia apresentam aumento do rs-IL 2, mas não do TNFa ou de seus receptores solúveis quando comparados com indivíduos normais. Os pacientes com aterosclerose primária apresentam aumento de todos estes marcadores quando comparados tanto com indivíduos normais quanto com os pacientes com reestenose coronária. Estes resultados indicam ativação linfocitária moderada nos pacientes com reestenose coronária pós-angioplastia e atividade imunoinflamatória mais intensa nos pacientes com aterosclerose primária.
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spelling Quadros, Alexandre Schaan deRibeiro, Jorge PintoClausell, Nadine Oliveira2015-04-15T01:57:46Z1997http://hdl.handle.net/10183/115314000213906Base teórica - A fisiopatologia da reestenose coronária pós angioplastia está relacionada ao aumento da produção de matriz extracelular, proliferação celular e alterações morfológicas da parede do vaso, proporcionadas principalmente por células musculares lisas e macrófagos. Embora as citocinas sejam proteínas fundamentais na regulação destas funções e estejam presentes nas placas reestenóticas, sua exata importância ao longo deste processo permanece indefinida, principalmente pela falta de um método capaz de sua avaliação seqüencial. Neste estudo, testamos a hipótese de que pacientes com reestenose coronária pós-angioplastia apresentam aumento da atividade imunoinflamatória plasmática através da mensuração de marcadores circulantes pelo método de ELISA. Objetivo - Comparar a expressão de interleucina l-beta (IL-1 J3), receptor solúvel da interleucina-2 (rs-IL 2), fator de necrose tumoral alfa (TNFa) e receptores solúveis I e H do fator de necrose tumoral alfa (rs I-TNFa e rs li-TNFa) no sangue periférico de pacientes com lesões reestenóticas, lesões ateroscleróticas primárias e indivíduos normais. Métodos- Foram estudados 11 pacientes com reestenose coronária pós-angioplastia e 10 pacientes com aterosclerose primária encaminhados para cineangiocoronariografia. Dez indivíduos normais sem cardiopatia isquêmica ou fatores de risco foram utilizados como grupo controle. As amostras de sangue foram coletadas imediatamente antes da cineangiocoronariografia, processadas e as concentrações plasmáticas do rs-IL 2, TNFa, rs-1 TNFa, rs-11 TNFa e IL-lf3 analisadas pelo método de ELISA. Os níveis de cada grupo foram comparados por análise de variância (ANOVA), sendo utilizado o método de Scheffé para análise das diferenças entre os subgrupos. Resultados - Não houve diferença quanto à idade, sexo, presença de fatores de risco para cardiopatia isquêmica e aspectos de tratamento entre os dois grupos de pacientes. Os pacientes com reestenose coronária apresentaram cardiopatia isquêmica mais grave, já que tinham maior número de vasos comprometidos e também apresentaram o último episódio de angina há menos tempo do que os pacientes com aterosclerose primária. Os níveis plasmáticos do rs-IL 2 foram significativamente mais elevados nos pacientes com reestenose coronária (1640 ± 576 pg/ml) do que nos nos indivíduos normais (796 ± 470 pg/ml), mas inferiores aqueles dos pacientes com aterosclerose primária (2283 ± 542 pg/ml) (p<0.05). Os níveis dos receptores do TNFa e do TNFa dos pacientes com reestenose coronária (rs-I TNFa=1021 ± 108 pg/ml; rs-II TNFa=2267 ± 447 pg/ml; TNF a=O pg/ml [0-2.8 pg/ml]) não foram diferentes dos indivíduos normais (rs-I TNFa= 888 ± 162 pg/ml; rs-II TNFa=2123 ± 345; TNFa=O pg/ml [0-0.3 pg/ml] ) mas foram significativamente menores do que aqueles dos pacientes com aterosclerose primária (rs-I TNFa= 1223 ± 194 pg/ml; rs-II TNFa= 2958 ± 716 pg/ml; TNFa= 0.65 pg/ml [0-3.0 pg/ml]) (p<0.05 para todas as diferenças). Os níveis de IL-1~ foram indetectáveis em todos os indivíduos. Não houve correlação entre a gravidade da cardiopatia isquêmica, a proximidade da angina ou a idade e os níveis de cada marcador. Conclusões - Os pacientes com reestenose coronária pós-angioplastia apresentam aumento do rs-IL 2, mas não do TNFa ou de seus receptores solúveis quando comparados com indivíduos normais. Os pacientes com aterosclerose primária apresentam aumento de todos estes marcadores quando comparados tanto com indivíduos normais quanto com os pacientes com reestenose coronária. Estes resultados indicam ativação linfocitária moderada nos pacientes com reestenose coronária pós-angioplastia e atividade imunoinflamatória mais intensa nos pacientes com aterosclerose primária.Background - Overproduction of extracellular matrix, cellular proliferative events and morphologic remodelling of vessel wall, derived mainly from inapropriate activity of smooth muscle cells and macrophages, are key features in the pathophysiology of restenosis post coronary angioplasty. Several cytokines are known to be involved in the regulation of those cell functions but their exact role in the overall process remains to be defined, due to the lack of a method capable of sequential assessment over time. In this study, we sought to investigate the leveis o f circulating markers o f immunoinflamatory activity in patients with restenosis, to test the hypothesis that they are elevated when compared with patients with primary atherosclerosis and healthy volunteers. Objective- To compare the expression of interleukin 2 soluble receptor (sr-IL2), tumour necrosis factor (TNFu), soluble receptor I and II of tumour necrosis factor (sr-I TNFu and sr-II TNFa) and interleukin 1 beta (IL-lP) in periferic blood of patients with restenosis, primary atherosclerosis and healthy volunteers. Methods - Eleven patients with coronary restenosis post angioplasty and 1 O patients with primary atherosclerosis referred for coronary arteriography were studied. Ten normal volunteers without coronary artery disease or risk factors for its presence served as controls. Blood samples were drawn and processed immediately before coronary arteriography and plasmatic concentrations of fí:-IL2, TNFu, sr-I TNFa, sr-II TNFa and IL-1 P were analised by an ELISA method. Results were compared by ANOVA. Results - There were no significant differences in age, sex, risk factors for coronary artery disease and treatment in both groups of patients. The group of patients with coronary restenosis had more vessels involved in angiography and shorter time between the last episode of angina and blood sampling. Plasmatic leveis of sr-IL2 were significantly greater in restenosis patients (1640 ± 576 pg/ml) than normal indiviuals (796 ± 470 pg/ml), but smaller than patients with atherosclerosis (2283 ± 542 pg/ml) (p<0.05). There were no differences between TNFa and its soluble receptors leveis in coronary restenosis patients (sr-I TNFa=1021 ± 108 pg/ml; sr-II TNFa=2267 ± 447 pg/ml; TNFa=O pg/ml [0-2.8 pg/ml]) and normal individuais (sr-I TNFa= 888 ± 162 pg/ml; sr-II TNFa=2123 ± 345; O pg/ml [0-0.3 pg/ml] ) but primary atherosclerosis patients displayed leveis significantly greater than both groups (sr-I TNFa= 1223 ± 194 pg/ml; sr-II TNFa= 2958 ± 716 pg/ml; TNFa= 0.65 pg/ml [0-3.0 pg/ml]). IL-113 leveis were undetectable in all subjects. There was no correlation between the severity of coronary artery disease and time to last episode of angina with the leveis of each cytokine. Conclusions - Coronary restenosis patients present greater leveis of sr-IL2 but not of TNFa or its soluble receptors when compared with normal individuais. Primary atherosclerosis patients present greater leveis of ali this markers when compared Vvith either restenosis patients or normal individuais. These results point to moderate linfocitary activity in coronary restenosis patients and more significant immunoinflammatory activity in patients with primary atherosclerosis.application/pdfporEstenose coronáriaAngioplastiaBiomarcadoresMarcadores circulantes da atividade imunoinflamatoria na reestenose coronaria pos angioplastiainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaCurso de Pós-Graduação em CardiologiaPorto Alegre, BR-RS1997mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000213906.pdf000213906.pdfTexto completoapplication/pdf5921228http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/115314/1/000213906.pdf291d6f4ae9560f02b8c3b54c6614ed9aMD51TEXT000213906.pdf.txt000213906.pdf.txtExtracted Texttext/plain147614http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/115314/2/000213906.pdf.txt89bbfbc7deb8b076efd849bf1444aa91MD52THUMBNAIL000213906.pdf.jpg000213906.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1233http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/115314/3/000213906.pdf.jpg9c0b9def478035def2c2974273cb450fMD5310183/1153142023-06-23 03:33:23.111039oai:www.lume.ufrgs.br:10183/115314Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532023-06-23T06:33:23Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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