Uso de Passiflora Linnaeus por Dione moneta moneta Hübner (Lepidoptera: Nymphalidae: Heliconniinae) e consequências para a distribuição geográfica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Thiele, Sabrina Campos
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/234328
Resumo: A integração de estudos macro- (filogenia e biogeografia) e micro-evolutivos (ecologia, comportamento e genética de populações) são pré-requisitos para o entendimento das interações entre insetos fitófagos e plantas hospedeiras. Em contrapartida, são escassos os estudos que relacionam as distribuições entre herbívoros e suas plantas hospedeiras. Heliconíneos (Lepidoptera: Nymphalidae) são considerados oligófagos, alimentando-se de membros de Passifloraceae; porém, Dione moneta Hübner, um heliconíneo com ampla distribuição Neotropical, tem sido considerado uma exceção a esse respeito. Neste estudo, avaliamos o desempenho de Dione moneta moneta Hübner frente a diferentes espécies de passifloráceas que ocorrem no Rio Grande Sul (limite austral de distribuição de D. m. moneta), bem como a possibilidade de uso por outros heliconíneos (Agraulis vanillae maculosa Stichel, Dryas iulia alcionea Cramer e Heliconius erato phyllis Fabricius) frente à Passiflora morifolia Masters, a planta mais utilizada por D. m. moneta. Adicionalmente, com base em dados da literatura, museus e herbários, foi testada, por meio de uma modelagem / análise de caminhos, a existência de correlação entre as distribuições de D. m. moneta e as plantas hospedeiras potenciais. Dione moneta moneta apresentou 100% de mortalidade em seis das doze espécies avaliadas. . A maior sobrevivência ocorreu em P. morifolia seguido de Passiflora misera Kunth e Passiflora urubiciensis Cervi. Passiflora morifolia conferiu maior performance em relação ao tempo de desenvolvimento larval e tamanho dos adultos. Nenhuma das outras espécies de heliconíneos testadas completou o desenvolvimento em P. morifolia. A distribuição de D. m. moneta foi positivamente correlacionada com a de P. morifolia (62%), o contrário do que ocorreu para as outras passifloráceas, mesmo quando consideradas em conjunto (4,7%). Além disso, a distribuição de D. m. moneta não foi influenciada significativamente pela variação de vii outros fatores, incluindo os abióticos (temperatura e pluviosidade). Conclui-se, portanto, que a distribuição macro espacial de D. m. moneta é determinada preponderantemente por aquela de P. morifolia, a planta hospedeira que confere melhor desempenho a este herbívoro e que é efetivamente utilizada no limite sul de sua distribuição.
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