Adolescência : do impossível a escrever à escritura do impossível
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/202724 |
Resumo: | Partindo de três filmes lançados no ano de 2016 (Grave, Demônio de neon e Mate-me por favor), este trabalho assume como proposta estabelecer um debate sobre o atual da adolescência. Verificamos que o conceito de adolescência possui diversas configurações ao longo da história. Não há um sentido atribuído de forma invariável: toda significação subsumida pelo conceito está condicionada à cultura que o produz. A partir dessa premissa, investigamos os motivos de encontrarmos em nossa época uma compulsão em tamponar com explicações teóricas qualquer estranhamento promovido pelos sujeitos alcunhados como adolescentes. Observamos que esses sujeitos existem como produtores de uma forma de inquietação que impele os membros de uma cultura num movimento de proliferar e sedimentar crenças. A fim de enfrentar esse problema, tomamos os relatos produzidos pela pesquisadora sobre as três películas supracitadas como a elaboração secundária de sonhos recorrentes. Analisando as repetições decantadas desse exercício, definimos algumas categorias: captura do sujeito na sua própria imagem especular, canibalismo, gozo erótico mórbido, protagonistas mulheres e interrupções abruptas. Além disso, a análise dos gêneros a que pertencem as películas em questão – teenpicture e horror – nos revelou uma intrigante equivalência cultural entre adolescentes e monstros. Por fim, enlaçamos esses elementos com o intuito de formular uma pergunta: a proliferação de discursos sobre a adolescência consistiria em um esforço, sempre fracassado, de nomear o inominável? |
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Moraes, Bruna Rabello deWeinmann, Amadeu de Oliveira2019-12-18T04:00:17Z2019http://hdl.handle.net/10183/202724001102884Partindo de três filmes lançados no ano de 2016 (Grave, Demônio de neon e Mate-me por favor), este trabalho assume como proposta estabelecer um debate sobre o atual da adolescência. Verificamos que o conceito de adolescência possui diversas configurações ao longo da história. Não há um sentido atribuído de forma invariável: toda significação subsumida pelo conceito está condicionada à cultura que o produz. A partir dessa premissa, investigamos os motivos de encontrarmos em nossa época uma compulsão em tamponar com explicações teóricas qualquer estranhamento promovido pelos sujeitos alcunhados como adolescentes. Observamos que esses sujeitos existem como produtores de uma forma de inquietação que impele os membros de uma cultura num movimento de proliferar e sedimentar crenças. A fim de enfrentar esse problema, tomamos os relatos produzidos pela pesquisadora sobre as três películas supracitadas como a elaboração secundária de sonhos recorrentes. Analisando as repetições decantadas desse exercício, definimos algumas categorias: captura do sujeito na sua própria imagem especular, canibalismo, gozo erótico mórbido, protagonistas mulheres e interrupções abruptas. Além disso, a análise dos gêneros a que pertencem as películas em questão – teenpicture e horror – nos revelou uma intrigante equivalência cultural entre adolescentes e monstros. Por fim, enlaçamos esses elementos com o intuito de formular uma pergunta: a proliferação de discursos sobre a adolescência consistiria em um esforço, sempre fracassado, de nomear o inominável?Taking three movies released in 2016 (Raw, The neon demon and Kill me please) as resource, this research assumes as proposal to establish a debate about the actual of adolescence. We understand that the concept of adolescence changes a lot throughout history: there is no absolute meaning connected to the concept. We notice that the so called teenagers exists as promoters of disruptive effects, disturbing some beliefs already established. As response, every culture, using its own theoretical material, produces its own idea of adolescence. Taking this premise as truth, we try to understand what produces this compulsive attempt to create something like a final meaning to adolescence. For face this problem, we take the movie reports written by the researcher as an secondary elaboration of recurring dreams. Analyzing some recurring elements in this reports, we defined this categories: capture of the subject in his own specular image, cannibalism, morbid-erotic jouissance, female protagonists and non-predictable interruptions. We also analyzed the movie genres that subsume the three films: teenpicture and horror. This revealed an interesting cultural equivalence between teenagers and monsters. At last, we rearranged all this elements in order to build a question: would be the proliferation of meanings related to adolescence an effort, always doomed to failure, to nominate the impossible to nominate?application/pdfporAdolescênciaPsicanálise e cinemaFilme de terrorAdolescenceActualCinemaScriptureHorrorPsychoanalysisTeenpicturesAdolescência : do impossível a escrever à escritura do impossívelFrom the impossible to write to the scripture of impossible info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de PsicologiaPrograma de Pós-Graduação em Psicanálise: Clínica e CulturaPorto Alegre, BR-RS2019mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001102884.pdf.txt001102884.pdf.txtExtracted Texttext/plain298359http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/202724/2/001102884.pdf.txtfe23008ca1c77102fcb0f788eb1eb9e1MD52ORIGINAL001102884.pdfTexto completoapplication/pdf1423107http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/202724/1/001102884.pdf4985211abbcb2afdf8ffd5aea875780eMD5110183/2027242023-09-27 03:35:50.420903oai:www.lume.ufrgs.br:10183/202724Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532023-09-27T06:35:50Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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