Pólis enferma : Nósos e a representação do lógos sofístico nas tragédias Filoctetes de Sófocles e Orestes de Eurípides

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Dagios, Mateus
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/202036
Resumo: Esta tese, intitulada “Pólis enferma: nósos e a representação do lógos sofístico nas tragédias Filoctetes de Sófocles e Orestes de Eurípides”, investiga a relação entre a concepção de doença selvagem (ágria nósos) e a discussão do lógos sofístico presentes nas tragédias Filoctetes (409 a.C.) de Sófocles e Orestes (408 a.C.) de Eurípides. Parte-se das premissas de que a tragédia grega era uma forma de “arte política” da pólis, construindo para os cidadãos reflexões sobre os problemas da cidade, e de que o movimento sofista da segunda metade do século V a.C. tinha uma posição ambígua dentro da sociedade ateniense, constituindo-se em um desses problemas. Examina-se como as duas peças colocam em cena a questão do lógos sofístico, associada a um desequilíbrio da pólis e a uma erosão ética dos significados, por meio de uma utilização da nósos relacionada à selvageria. A pesquisa analisa a hipótese de que Sófocles e Eurípides compõem representações concorrentes de Atenas, pertencentes ao repertório cultural do final do século V a.C., nas quais se destacam duas visões de uma crise da pólis e do lógos sofístico como problema ético.
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spelling Dagios, MateusMarshall, Francisco2019-11-26T03:53:28Z2019http://hdl.handle.net/10183/202036001106436Esta tese, intitulada “Pólis enferma: nósos e a representação do lógos sofístico nas tragédias Filoctetes de Sófocles e Orestes de Eurípides”, investiga a relação entre a concepção de doença selvagem (ágria nósos) e a discussão do lógos sofístico presentes nas tragédias Filoctetes (409 a.C.) de Sófocles e Orestes (408 a.C.) de Eurípides. Parte-se das premissas de que a tragédia grega era uma forma de “arte política” da pólis, construindo para os cidadãos reflexões sobre os problemas da cidade, e de que o movimento sofista da segunda metade do século V a.C. tinha uma posição ambígua dentro da sociedade ateniense, constituindo-se em um desses problemas. Examina-se como as duas peças colocam em cena a questão do lógos sofístico, associada a um desequilíbrio da pólis e a uma erosão ética dos significados, por meio de uma utilização da nósos relacionada à selvageria. A pesquisa analisa a hipótese de que Sófocles e Eurípides compõem representações concorrentes de Atenas, pertencentes ao repertório cultural do final do século V a.C., nas quais se destacam duas visões de uma crise da pólis e do lógos sofístico como problema ético.This study examines the relationship between the notion of a wild disease (agria nosos) and the discussion of sophistic logos found in two tragedies, Sophocles’ Philoctetes (409 BCE) and Euripides’ Orestes (408 BCE). The investigation is based on an understanding of Greek tragedy as a form of “political art” in the polis, discussing on stage issues of significance to its citizens, as well as the premise that the sophist movement held an ambiguous position in late fifth-century Athens, which made it a matter of public conflict and debate. It examines how both plays put on stage the topic of sophistic logos, associated to an idea of a troubled, unbalanced polis and to an ethical erosion of words and their meanings, by using the nosos theme and the concept of savagery. This research explores the hypothesis that Sophocles and Euripides present opposing views of Athens that were available in the city’s cultural repertoire in the late fifth century BCE and in which one can perceive different viewpoints about a polis in crisis and about sophistic logos as an ethical issue.application/pdfporSófocles, 496?-406 A.C. Philoctetes = FiloctetesEurípides, 480-406 A.C. : Tragédia : Crítica e interpretaçãoTragédiaSofísticaDoençaTragedySophismOrestesDiseaseSavageryPólis enferma : Nósos e a representação do lógos sofístico nas tragédias Filoctetes de Sófocles e Orestes de Eurípidesinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de Filosofia e Ciências HumanasPrograma de Pós-Graduação em HistóriaPorto Alegre, BR-RS2019doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001106436.pdf.txt001106436.pdf.txtExtracted Texttext/plain578633http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/202036/2/001106436.pdf.txt77633770efcea558178e3f56e34bd36dMD52ORIGINAL001106436.pdfTexto completoapplication/pdf2505076http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/202036/1/001106436.pdfffb36c3cf34e6e95c957ccb279e8fa49MD5110183/2020362019-11-27 05:01:37.002677oai:www.lume.ufrgs.br:10183/202036Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532019-11-27T07:01:37Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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