A influência do material da fôrma quanto aos fenômenos relacionados à aderência de argamassas na superfície de concreto

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Autor(a) principal: Dapper, Silvia Trein Heimfarth
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/241903
Resumo: Descolamentos ou desplacamentos das argamassas de revestimentos em substratos de concreto são manifestações patológicas de grande incidência, e ocorrem principalmente nas fachadas das edificações. A literatura relaciona vários fatores que podem contribuir com o aparecimento deste problema, como a baixa rugosidade do substrato, baixa absorção e superfícies pouco porosas em função do aumento da resistência à compressão do concreto. Assim posto, este trabalho teve como objetivo verificar a influência do material da fôrma na superfície de concretos, relacionando com a resistência de aderência dos revestimentos de argamassas. Para isso, inicialmente foram realizados ensaios de caracterização da superfície de concreto com três níveis de resistência à compressão, sendo estas 25, 35 e 45 MPa. Os concretos foram moldados sobre os materiais de fôrma aço, alumínio, MDF, compensado comum, compensado naval, PVC, polipropileno, polietileno de alta densidade e silicone. As superfícies dos concretos foram caracterizadas quanto à molhabilidade, absorção capilar e rugosidade. Os resultados mostraram que a superfície do concreto de maior resistência foi mais fortemente influenciada pelos materiais das fôrmas, e foi selecionada para ser submetida ao revestimento de duas argamassas preparadas a partir do traço 1: 1: 4 (cimento: cal hidratada: areia seca, em volume). Para alterar as propriedades reológicas das argamassas, o agregado miúdo quartzoso foi dosado em duas composições granulométricas diferentes, retidas nas peneiras com malha de 1,2; 0,6; 0,3 e 0,15 mm. A primeira composição consistiu em frações com 10%, 40%, 40% e 10% (AR1) de grãos retidos em cada peneira, respectivamente, a segunda com 40%, 10%, 10% e 40% (AR2), respectivamente. A partir dos resultados de resistência de aderência à tração das argamassas, verificou-se que algumas superfícies apresentavam propriedades que diferenciavam significativamente a aderência desses revestimentos ao substrato. Essas superfícies haviam sido moldadas pelos materiais aço, compensado naval, compensado rosa, PVC e silicone. Para maior compreensão do fenômeno, essas amostras de concreto foram analisadas por meio de microtomografia, MEV e EDS, que permitiram verificar a porosidade, a densidade, os vazios superficiais e os elementos químicos encontrados nessas superfícies. A partir deste estudo, pode-se concluir que a resistência de aderência à tração é dependente das propriedades reológicas das argamassas, combinadas com as propriedades de superfície do concreto, fornecidas a partir do contato com o material da fôrma. Também pode-se concluir que, dificilmente, a escolha do material da fôrma que molda as superfícies garantirá uma boa resistência de aderência à tração dos revestimentos de argamassa simplesmente porque demonstram um ótimo desempenho para um fenômeno isolado. O material da fôrma que proporcionou propriedades mais satisfatórias à superfície do concreto para a resistência de aderência de ambas as argamassas de revestimento foi o silicone, enquanto que a superfície moldada pelo compensado naval apresentou os menores valores de resistência de aderência para a argamassa mais viscosa, AR1, e a superfície moldada sobre o aço dificultou a aderência da argamassa mais fluída, AR2.
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Os concretos foram moldados sobre os materiais de fôrma aço, alumínio, MDF, compensado comum, compensado naval, PVC, polipropileno, polietileno de alta densidade e silicone. As superfícies dos concretos foram caracterizadas quanto à molhabilidade, absorção capilar e rugosidade. Os resultados mostraram que a superfície do concreto de maior resistência foi mais fortemente influenciada pelos materiais das fôrmas, e foi selecionada para ser submetida ao revestimento de duas argamassas preparadas a partir do traço 1: 1: 4 (cimento: cal hidratada: areia seca, em volume). Para alterar as propriedades reológicas das argamassas, o agregado miúdo quartzoso foi dosado em duas composições granulométricas diferentes, retidas nas peneiras com malha de 1,2; 0,6; 0,3 e 0,15 mm. A primeira composição consistiu em frações com 10%, 40%, 40% e 10% (AR1) de grãos retidos em cada peneira, respectivamente, a segunda com 40%, 10%, 10% e 40% (AR2), respectivamente. A partir dos resultados de resistência de aderência à tração das argamassas, verificou-se que algumas superfícies apresentavam propriedades que diferenciavam significativamente a aderência desses revestimentos ao substrato. Essas superfícies haviam sido moldadas pelos materiais aço, compensado naval, compensado rosa, PVC e silicone. Para maior compreensão do fenômeno, essas amostras de concreto foram analisadas por meio de microtomografia, MEV e EDS, que permitiram verificar a porosidade, a densidade, os vazios superficiais e os elementos químicos encontrados nessas superfícies. A partir deste estudo, pode-se concluir que a resistência de aderência à tração é dependente das propriedades reológicas das argamassas, combinadas com as propriedades de superfície do concreto, fornecidas a partir do contato com o material da fôrma. Também pode-se concluir que, dificilmente, a escolha do material da fôrma que molda as superfícies garantirá uma boa resistência de aderência à tração dos revestimentos de argamassa simplesmente porque demonstram um ótimo desempenho para um fenômeno isolado. O material da fôrma que proporcionou propriedades mais satisfatórias à superfície do concreto para a resistência de aderência de ambas as argamassas de revestimento foi o silicone, enquanto que a superfície moldada pelo compensado naval apresentou os menores valores de resistência de aderência para a argamassa mais viscosa, AR1, e a superfície moldada sobre o aço dificultou a aderência da argamassa mais fluída, AR2.Displacements of coating mortars on concrete substrates are pathological manifestations of high incidence, and occur mainly on the façades of the buildings. The literature shows several factors that may contribute to the appearance of this problem, such as low substrate roughness, low absorption and surfaces with a lower number of porosities as a result of the increased compressive strength of the concrete. Thus, this work had as objective to verify the influence of the material of the formwork on the surface of concrete related to the adhesion resistance of the mortars. For this purpose, the concrete surface characterization tests were performed with three levels of compressive strength, being 25, 35 and 45 MPa. The concretes were molded on the materials of steel, aluminum, MDF, common plywood (pink plywood), naval plywood, PVC, polypropylene, high density polyethylene and silicone. The tests carried out characterized the surface of the concretes for wettability, capillary absorption and roughness. The results showed that the surface of the higher strength concrete was more strongly influenced by the materials of the molds and was selected to be coated with two mortars prepared from the 1: 1: 4 (cement: hydrated lime: dry sand). In order to alter the rheological properties of the mortars, the quartz aggregate was dosed in two different granulometric compositions, retained in the sieves with holes of 1.2; 0.6; 0.3 and 0.15 mm. The first composition consisted of 10%, 40%, 40% and 10% (AR1) fractions of the grains retained in each sieve, respectively; the second mortar with 40%, 10%, 10% and 40% (AR2) respectively. From the results of adhesion resistance to the mortars, it was found that some surfaces had properties that significantly differentiated the adhesion of these coatings to the substrate. These surfaces had been shaped by steel, naval, pink plywood, PVC and silicone materials. For a better understanding of the phenomenon, these concrete samples were analyzed by means of microtomography, SEM and EDS, which allowed to verify the porosity, the density, the surface voids and the chemical elements found in these surfaces. From this study it can be concluded that the tensile strength is dependent on the rheological properties of the mortars combined with the surface properties of the concrete provided from the contact with the material of the formwork. It can also be concluded that the surfaces will hardly ensure good tensile strength simply because they demonstrate optimal performance for an isolated phenomenon. The formwork material that provided satisfactory properties for the adhesion strength of both coating mortars was silicone, whereas the surface molded by the naval plywood had the lowest adhesion strength values for the most viscous mortar, AR1, and the surface shaped by the steel made difficult the adhesion of the mortar more fluid, AR2.application/pdfporArgamassa de revestimentoFormas para concretoPropriedades dos materiaisResistência de aderênciaConcrete surfaceConcrete formworkMortarTension adhesion testA influência do material da fôrma quanto aos fenômenos relacionados à aderência de argamassas na superfície de concretoThe influence of the formwork material on the phenomena related to the adhesion of mortars to the surface of the concrete info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulEscola de EngenhariaPrograma de Pós-Graduação em Engenharia Civil: construção e infraestruturaPorto Alegre, BR-RS2019doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001141918.pdf.txt001141918.pdf.txtExtracted Texttext/plain407712http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/241903/2/001141918.pdf.txtcf1a9651aff9bbba6fbbe350df26b535MD52ORIGINAL001141918.pdfTexto completoapplication/pdf37620959http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/241903/1/001141918.pdf9a36066053b37c315f437f8679c6c572MD5110183/2419032022-07-07 04:57:20.134772oai:www.lume.ufrgs.br:10183/241903Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532022-07-07T07:57:20Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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