Colonização de gestantes pelo estreptococo do grupo B : prevalência, fatores associados e cepas virulentas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Carvalho, Rui Lara de
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/17768
Resumo: Introdução: O estreptococo do grupo B (EGB) tem sido motivo de preocupação para obstetras e neonatologistas pela possibilidade de sepse neonatal, que apresenta um risco importante de mortalidade. O rastreamento do EGB entre 35-37 semanas associado com a profilaxia intra-parto com penicilina cristalina tem propiciado uma diminuição de sepse neonatal precoce por EGB. O índice de colonização por EGB é muito variável de acordo com região e condição social das gestantes. A freqüência de clones virulentos é desconhecida em nosso meio. Objetivos: 1 - Determinar a prevalência de EGB no trato genital-anal em gestantes que internam no Centro Obstétrico de um Hospital Universitário na Cidade de Porto Alegre, verificando também os fatores associados a esta colonização. 2- Verificar a presença de cepas invasivas do EGB nos casos positivos Métodos: O estudo envolveu 319 gestantes, com idade gestacional que variou entre24 e 41 semanas, que internaram na Maternidade do Hospital São Lucas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Nestas pacientes foi feito um swab vaginal-anal e semeado em meio de cultura Todd-Hewitt. As amostras positivas para EGB foram enviadas para realização de reação em cadeia da polimerase (PCR) para extração do DNA e tipagem de cepas altamente virulentas do EGB. Resultados: A prevalência de EGB encontrada foi de 23,4% (IC 95%: 17,8- 27,2). Em relação aos possíveis fatores associados a colonização a variável idade mostrou uma tendência de maior colonização em pacientes com mais de 30 anos, quando comparada com idades mais jovens. Isso também aconteceu em relação a comparação com a cor da paciente onde apareceu uma tendência de maior colonização em pacientes de cor preta ou mista. As pacientes com idade gestacional abaixo de 35 semanas apresentaram um índice de colonização inferior às gestantes entre 35-37 semanas e também entre 37-39 semanas. A presença de ruptura prematura das membranas ovulares não apareceu como fator associado a índice maior de colonização pelo EGB. Em relação a freqüência de cepas virulentas a análise de 60 casos revelou 10 casos positivos (16,6%) para clone "sequence typing" - 17 (ST-17). Conclusões: A prevalência de EGB encontrado em nosso estudo é similar aos índices de países desenvolvidos, que realizam o rastreamento rotineiro no prénatal e fazem a intervenção com profilaxia intra-parto nos casos positivos. Houve um maior índice de colonização em gestações à termo comparadas com gestações de pré-termo. A freqüência de cepas "altamente virulentas" encontrada foi 16,6%.
id URGS_b1c12b41d50e50702a5b4df6910a8b39
oai_identifier_str oai:www.lume.ufrgs.br:10183/17768
network_acronym_str URGS
network_name_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
repository_id_str 1853
spelling Carvalho, Rui Lara deFiori, Renato MachadoMachado, Denise Cantarelli2009-12-03T04:14:37Z2009http://hdl.handle.net/10183/17768000722513Introdução: O estreptococo do grupo B (EGB) tem sido motivo de preocupação para obstetras e neonatologistas pela possibilidade de sepse neonatal, que apresenta um risco importante de mortalidade. O rastreamento do EGB entre 35-37 semanas associado com a profilaxia intra-parto com penicilina cristalina tem propiciado uma diminuição de sepse neonatal precoce por EGB. O índice de colonização por EGB é muito variável de acordo com região e condição social das gestantes. A freqüência de clones virulentos é desconhecida em nosso meio. Objetivos: 1 - Determinar a prevalência de EGB no trato genital-anal em gestantes que internam no Centro Obstétrico de um Hospital Universitário na Cidade de Porto Alegre, verificando também os fatores associados a esta colonização. 2- Verificar a presença de cepas invasivas do EGB nos casos positivos Métodos: O estudo envolveu 319 gestantes, com idade gestacional que variou entre24 e 41 semanas, que internaram na Maternidade do Hospital São Lucas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Nestas pacientes foi feito um swab vaginal-anal e semeado em meio de cultura Todd-Hewitt. As amostras positivas para EGB foram enviadas para realização de reação em cadeia da polimerase (PCR) para extração do DNA e tipagem de cepas altamente virulentas do EGB. Resultados: A prevalência de EGB encontrada foi de 23,4% (IC 95%: 17,8- 27,2). Em relação aos possíveis fatores associados a colonização a variável idade mostrou uma tendência de maior colonização em pacientes com mais de 30 anos, quando comparada com idades mais jovens. Isso também aconteceu em relação a comparação com a cor da paciente onde apareceu uma tendência de maior colonização em pacientes de cor preta ou mista. As pacientes com idade gestacional abaixo de 35 semanas apresentaram um índice de colonização inferior às gestantes entre 35-37 semanas e também entre 37-39 semanas. A presença de ruptura prematura das membranas ovulares não apareceu como fator associado a índice maior de colonização pelo EGB. Em relação a freqüência de cepas virulentas a análise de 60 casos revelou 10 casos positivos (16,6%) para clone "sequence typing" - 17 (ST-17). Conclusões: A prevalência de EGB encontrado em nosso estudo é similar aos índices de países desenvolvidos, que realizam o rastreamento rotineiro no prénatal e fazem a intervenção com profilaxia intra-parto nos casos positivos. Houve um maior índice de colonização em gestações à termo comparadas com gestações de pré-termo. A freqüência de cepas "altamente virulentas" encontrada foi 16,6%.Background: Group B Streptococcus (GBS) has been of concern to obstetrician and neonatologists to the possibility of neonatal sepsis, which presents a significant risk of mortality. Screening for GBS between 35-37 weeks associated with intrapartum prophylaxis with crystalline penicillin has resulted in reduction of neonatal sepsis by GBS. The rate of GBS colonization varies widely according to region and social status of women. The frequency of virulent clones is unknown in our contry. Objectives: 1. To determine the prevalence of GBS in the genital-anal tract of pregnant patients that are hospitalized at the obstetric center of a University Hospital of Porto Alegre, also check the factors associated with this colonization. 2. Verify the presence of invasive strains of GBS positive cases Methods: The study involved 319 pregnant women with gestational ages ranging from 24 and 41 weeks, who were hospitalized at the São Lucas Hospital of Catholic University of Rio Grande do Sul. These patients was done a vaginalanal swab and seeded un culture medium Todd-Hewitt. Samples positive for GBS were sent to carry out polymerase chain reaction (PCR) for DNA extraction and typing of higly virulent strains of GBS. Results: GBS prevalence found was 23.4% (CI 95%: 17.8-27.2). Regarding the possible factors associated with colonization of the age variable showed a trend of increased colonization in patients over 30 years compared with younger ages. This also happened for comparison with the color of the patient where it appeared a tend of increased colonization in patients of gestacional age below 35 weeks among pregnant women at 35-37 weeks and between 37-39 weeks. The presence of premature rupture of ovular membranes did not appear as a factor associated with higer rate of GBS colonization. Regarding the frequency of virulent strains analysis of 60 cases revealed 10 positive cases (16.6%) to clone sequence typing -17 (ST-17). Conclusions: GBS prevalence found in our study is similar to rates in developed countries, carrying out routine screening during prenatal care and make a intervention with intrapartum prophylaxis in positive cases. There was a higer rate of colonization in term pregnacies compared with preterm. The frequency of strains "highly virulent" found was 16.6%.application/pdfporStreptococcus agalactiaeInfecções estreptocócicasEpidemiologiaGravidezSepseMortalidade neonatal precoceFatores de virulênciaEstudos transversaisStreptococcus agalactiaeEarly neonatal sepsisInvasive strains of GBSColonização de gestantes pelo estreptococo do grupo B : prevalência, fatores associados e cepas virulentasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisPontifícia Universidade Católica do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPrograma de Pós-Graduação em Pediatria e Saúde da CriançaPorto Alegre, BR-RS2009mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000722513.pdf000722513.pdfTexto completoapplication/pdf503987http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/17768/1/000722513.pdfbe752bf7b7c19a5044bfa94817417e01MD51TEXT000722513.pdf.txt000722513.pdf.txtExtracted Texttext/plain68586http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/17768/2/000722513.pdf.txt5b972ba4bd0ff9e7c9ba1cd52c9bd79fMD52THUMBNAIL000722513.pdf.jpg000722513.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1368http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/17768/3/000722513.pdf.jpgde03f805bf4d0f63149b7bc06ee00daeMD5310183/177682018-10-11 09:26:33.754oai:www.lume.ufrgs.br:10183/17768Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-11T12:26:33Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Colonização de gestantes pelo estreptococo do grupo B : prevalência, fatores associados e cepas virulentas
title Colonização de gestantes pelo estreptococo do grupo B : prevalência, fatores associados e cepas virulentas
spellingShingle Colonização de gestantes pelo estreptococo do grupo B : prevalência, fatores associados e cepas virulentas
Carvalho, Rui Lara de
Streptococcus agalactiae
Infecções estreptocócicas
Epidemiologia
Gravidez
Sepse
Mortalidade neonatal precoce
Fatores de virulência
Estudos transversais
Streptococcus agalactiae
Early neonatal sepsis
Invasive strains of GBS
title_short Colonização de gestantes pelo estreptococo do grupo B : prevalência, fatores associados e cepas virulentas
title_full Colonização de gestantes pelo estreptococo do grupo B : prevalência, fatores associados e cepas virulentas
title_fullStr Colonização de gestantes pelo estreptococo do grupo B : prevalência, fatores associados e cepas virulentas
title_full_unstemmed Colonização de gestantes pelo estreptococo do grupo B : prevalência, fatores associados e cepas virulentas
title_sort Colonização de gestantes pelo estreptococo do grupo B : prevalência, fatores associados e cepas virulentas
author Carvalho, Rui Lara de
author_facet Carvalho, Rui Lara de
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Carvalho, Rui Lara de
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Fiori, Renato Machado
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv Machado, Denise Cantarelli
contributor_str_mv Fiori, Renato Machado
Machado, Denise Cantarelli
dc.subject.por.fl_str_mv Streptococcus agalactiae
Infecções estreptocócicas
Epidemiologia
Gravidez
Sepse
Mortalidade neonatal precoce
Fatores de virulência
Estudos transversais
topic Streptococcus agalactiae
Infecções estreptocócicas
Epidemiologia
Gravidez
Sepse
Mortalidade neonatal precoce
Fatores de virulência
Estudos transversais
Streptococcus agalactiae
Early neonatal sepsis
Invasive strains of GBS
dc.subject.eng.fl_str_mv Streptococcus agalactiae
Early neonatal sepsis
Invasive strains of GBS
description Introdução: O estreptococo do grupo B (EGB) tem sido motivo de preocupação para obstetras e neonatologistas pela possibilidade de sepse neonatal, que apresenta um risco importante de mortalidade. O rastreamento do EGB entre 35-37 semanas associado com a profilaxia intra-parto com penicilina cristalina tem propiciado uma diminuição de sepse neonatal precoce por EGB. O índice de colonização por EGB é muito variável de acordo com região e condição social das gestantes. A freqüência de clones virulentos é desconhecida em nosso meio. Objetivos: 1 - Determinar a prevalência de EGB no trato genital-anal em gestantes que internam no Centro Obstétrico de um Hospital Universitário na Cidade de Porto Alegre, verificando também os fatores associados a esta colonização. 2- Verificar a presença de cepas invasivas do EGB nos casos positivos Métodos: O estudo envolveu 319 gestantes, com idade gestacional que variou entre24 e 41 semanas, que internaram na Maternidade do Hospital São Lucas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Nestas pacientes foi feito um swab vaginal-anal e semeado em meio de cultura Todd-Hewitt. As amostras positivas para EGB foram enviadas para realização de reação em cadeia da polimerase (PCR) para extração do DNA e tipagem de cepas altamente virulentas do EGB. Resultados: A prevalência de EGB encontrada foi de 23,4% (IC 95%: 17,8- 27,2). Em relação aos possíveis fatores associados a colonização a variável idade mostrou uma tendência de maior colonização em pacientes com mais de 30 anos, quando comparada com idades mais jovens. Isso também aconteceu em relação a comparação com a cor da paciente onde apareceu uma tendência de maior colonização em pacientes de cor preta ou mista. As pacientes com idade gestacional abaixo de 35 semanas apresentaram um índice de colonização inferior às gestantes entre 35-37 semanas e também entre 37-39 semanas. A presença de ruptura prematura das membranas ovulares não apareceu como fator associado a índice maior de colonização pelo EGB. Em relação a freqüência de cepas virulentas a análise de 60 casos revelou 10 casos positivos (16,6%) para clone "sequence typing" - 17 (ST-17). Conclusões: A prevalência de EGB encontrado em nosso estudo é similar aos índices de países desenvolvidos, que realizam o rastreamento rotineiro no prénatal e fazem a intervenção com profilaxia intra-parto nos casos positivos. Houve um maior índice de colonização em gestações à termo comparadas com gestações de pré-termo. A freqüência de cepas "altamente virulentas" encontrada foi 16,6%.
publishDate 2009
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2009-12-03T04:14:37Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2009
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10183/17768
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv 000722513
url http://hdl.handle.net/10183/17768
identifier_str_mv 000722513
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron:UFRGS
instname_str Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron_str UFRGS
institution UFRGS
reponame_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
collection Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
bitstream.url.fl_str_mv http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/17768/1/000722513.pdf
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/17768/2/000722513.pdf.txt
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/17768/3/000722513.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv be752bf7b7c19a5044bfa94817417e01
5b972ba4bd0ff9e7c9ba1cd52c9bd79f
de03f805bf4d0f63149b7bc06ee00dae
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
repository.mail.fl_str_mv lume@ufrgs.br||lume@ufrgs.br
_version_ 1810085160166621184