Caracterização do intervalo desmame-estro e efeito de sua variação no desempenho reprodutivo de fêmeas suínas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Poleze, Evandro
Data de Publicação: 2004
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/6989
Resumo: A influência da ordem de parto (OP) e da duração da lactação (DURLAC) sobre o intervalo desmame-estro (IDE) foi avaliada em 20669 registros de cobertura oriundos de duas granjas comerciais de suínos. As fêmeas foram classificadas de acordo com OP e DURLAC em quatro classes: OP 1, 2, 3-6 e >6; DURLAC 13-15 (somente na granja B), 16-19, 20-22 e 23-26 dias. As fêmeas também foram agrupadas, em oito classes, de acordo com o IDE sendo 0, 1, 2, 3-5, 6-8, 9-12, 13-18 e 19-21 dias. Mais do que 67% e 62% das fêmeas de todas as classes de ordem de parto e duração da lactação, respectivamente, concentraram seu estro entre 3 e 5 dias. Maior percentagem (P<0,05) de fêmeas de OP 3-6 mostraram estro no dia do desmame, em comparação às fêmeas de OP 1 e 2, em ambas as granjas. Fêmeas de OP 1 tiveram maior freqüência de estro (P<0,05) 6-8 dias após o desmame, quando comparadas com fêmeas de ordens de parto mais avançadas, nas duas granjas. Na granja A, fêmeas de OP 1 tiveram IDE mais longo que as fêmeas das outras ordens de parto (P<0,05). O IDE médio não excedeu 7 dias em nenhuma das classes de DURLAC e aumentou à medida que a duração da lactação aumentou (P<0,05). Na granja B, houve efeito da interação entre OP e DURLAC sobre o IDE. Quando foram consideradas as fêmeas de DURLAC 16-19 dias, o período lactacional mais freqüente, fêmeas de OP 1 tiveram IDE mais longo que fêmeas de ordens de parto mais avançadas (P<0,05). Fêmeas de OP 2 e 3-6 com DURLAC de 23- 26 dias tiveram IDE mais longo que fêmeas de outras classes de DURLAC (P<0,05). A freqüência de distribuição das fêmeas de acordo com o IDE e as conseqüências de sua variação no desempenho reprodutivo foram avaliadas na granja B. O IDE médio foi de 4,8 dias e o percentual de fêmeas manifestando estro até 2 dias após o desmame foi de 6,6%. As fêmeas em estro no dia do desmame tiveram taxa de parto inferior à das fêmeas com IDE >1 dia (P<0,05). Fêmeas com IDE de 1, 2, 6-8 e 9-12 dias tiveram taxa de parto menor que a das fêmeas com IDE de 3-5 dias (P<0,05). Fêmeas com IDE curto (0-2 dias) tiveram leitegada subsequente menor (P<0,05) que a das fêmeas com IDE de 13-21 dias. O tamanho da leitegada subsequente também foi menor nas fêmeas com IDE de 6-8 dias, em comparação às fêmeas com IDE de 3-5 dias (P<0,05). Os resultados mostram que o IDE é mais longo nas fêmeas primíparas e em lactações mais longas. O desempenho reprodutivo é influenciado pelo IDE, com o tamanho da leitegada sendo menos afetado que a taxa de parto. Uma redução substancial na taxa de parto é observada nas fêmeas com IDE de 0 e 1 dia.
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Fêmeas de OP 1 tiveram maior freqüência de estro (P<0,05) 6-8 dias após o desmame, quando comparadas com fêmeas de ordens de parto mais avançadas, nas duas granjas. Na granja A, fêmeas de OP 1 tiveram IDE mais longo que as fêmeas das outras ordens de parto (P<0,05). O IDE médio não excedeu 7 dias em nenhuma das classes de DURLAC e aumentou à medida que a duração da lactação aumentou (P<0,05). Na granja B, houve efeito da interação entre OP e DURLAC sobre o IDE. Quando foram consideradas as fêmeas de DURLAC 16-19 dias, o período lactacional mais freqüente, fêmeas de OP 1 tiveram IDE mais longo que fêmeas de ordens de parto mais avançadas (P<0,05). Fêmeas de OP 2 e 3-6 com DURLAC de 23- 26 dias tiveram IDE mais longo que fêmeas de outras classes de DURLAC (P<0,05). A freqüência de distribuição das fêmeas de acordo com o IDE e as conseqüências de sua variação no desempenho reprodutivo foram avaliadas na granja B. O IDE médio foi de 4,8 dias e o percentual de fêmeas manifestando estro até 2 dias após o desmame foi de 6,6%. As fêmeas em estro no dia do desmame tiveram taxa de parto inferior à das fêmeas com IDE >1 dia (P<0,05). Fêmeas com IDE de 1, 2, 6-8 e 9-12 dias tiveram taxa de parto menor que a das fêmeas com IDE de 3-5 dias (P<0,05). Fêmeas com IDE curto (0-2 dias) tiveram leitegada subsequente menor (P<0,05) que a das fêmeas com IDE de 13-21 dias. O tamanho da leitegada subsequente também foi menor nas fêmeas com IDE de 6-8 dias, em comparação às fêmeas com IDE de 3-5 dias (P<0,05). Os resultados mostram que o IDE é mais longo nas fêmeas primíparas e em lactações mais longas. O desempenho reprodutivo é influenciado pelo IDE, com o tamanho da leitegada sendo menos afetado que a taxa de parto. Uma redução substancial na taxa de parto é observada nas fêmeas com IDE de 0 e 1 dia.The influence of parity (PO) and lactation length (LL) on the weaning-to-estrus interval (WEI) was evaluated in 20669 breeding records of two commercial swine farms. Females were categorized according to PO and LL in 4 classes: PO 1, 2, 3-6 and >6 and LL 13-15 (only in the farm B), 16-19, 20-22 and 23-26 days. Females were grouped in 8 classes according to WEI, being 0, 1, 2, 3-5, 6-8, 9-12, 13-18 and 19-21 days. More than 67% and 62% of the females of all parities and lactation length classes, respectively, concentrated their estrus between 3 and 5 days. A higher percentage (P<0.05) of females of PO 3-6 showed estrus in the day of weaning in comparison to females of PO 1 and 2, in both farms. OP 1 females showed higher frequency of estrus (P<0.05) on 6-8 days after weaning, compared to females of more advanced parities, in both farms. In farm A, parity-1 females showed longer WEI than females of other parities (P<0.05). The average WEI did not exceed 7 days in any of the LL classes and it increased as lactation length increased (P<0.05). In farm B, there was an effect of the interaction between PO and LL on WEI. When considering females of LL 16-19 days, the most frequent lactation length, parity 1 females showed a longer (P<0.05) WEI compared to females of more advanced parities. Females of parities 2 and 3- 6 with LL of 23-26 days showed longer WEI (P<0.05) when compared to other classes of lactation length. Frequency distribution of females according to WEI and consequences of its variability on the reproductive performance were evaluated in farm B. The average WEI was 4.8 days and the percentage of females showing estrus up to 2 days postweaning was 6.6%. Females showing estrus in the day of weaning had farrowing rate lower than that of females with WEI of >1 day (P<0.05). Females with WEI of 1, 2, 6-8 and 9-12 days had farrowing rates lower than that of females with WEI of 3-5 days (P<0.05). Females with short WEI (0-2 days) showed litter size lower (P<0.05) than that observed in females with WEI of 13 to 21 days. A reduction in subsequent litter size was also observed in females with WEI of 6-8 days when compared to WEI of 3-5 days (P<0.05). The results show that WEI is longer in primiparous females and in longer lactation lengths. The reproductive performance is influenced by WEI, with litter size being less affected than farrowing rate. A substantial reduction in farrowing rate is observed in females with WEI of 0 and 1 day.application/pdfporReprodução animal : SuínosReprodução animal : DesmameLeitegada : Performance : DesmamaParityLactation lengthLitter sizeReturn to estrus rateFarrowing rateWeaning-to-estrus intervalCaracterização do intervalo desmame-estro e efeito de sua variação no desempenho reprodutivo de fêmeas suínasCharacterization of weaning-to-estrus interval and consequences of its variation on reproductive performance of swine females info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de VeterináriaPrograma de Pós-Graduação em Ciências VeterináriasPorto Alegre, BR-RS2004mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000449970.pdf000449970.pdfTexto completoapplication/pdf171100http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/6989/1/000449970.pdf72bf7ae16e59d631a71e0866f68d8fb4MD51TEXT000449970.pdf.txt000449970.pdf.txtExtracted Texttext/plain101866http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/6989/2/000449970.pdf.txt1cea2b83fe00a1f84ad52e07261a659dMD52THUMBNAIL000449970.pdf.jpg000449970.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg959http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/6989/3/000449970.pdf.jpg425a67fb30b72ca432719cf24640a434MD5310183/69892021-03-09 04:24:43.768803oai:www.lume.ufrgs.br:10183/6989Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532021-03-09T07:24:43Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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