Fluxo de conhecimento na interação universidade-empresa : uma análise de setores tradicionais e de alta tecnologia no Brasil e na Holanda

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Dalmarco, Gustavo
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/38849
Resumo: O presente estudo tem por objetivo caracterizar o fluxo de conhecimento na interação universidade-empresa, identificando a relação em diferentes setores de diferentes países. O conceito de fluxo de conhecimento é apresentado como um complemento às teorias atuais de interação universidade-empresa, descritas principalmente pelo Triângulo de Sábato e pela Hélice Tripla. Argumenta-se que a interação universidade-empresa vem sendo apresentada pelo papel dos atores e canais de transferência de conhecimento, mas não deixa claro qual ator é responsável por iniciar a interação e o conteúdo de conhecimento transferido. Com isso, o conceito de fluxo de conhecimento é descrito pelo ator responsável por estimular a interação e pelo conteúdo de conhecimento, seja científico ou aplicado, transferido entre atores. A pesquisa foi conduzida pelo método de estudo de caso, em dois setores, horticultura e espacial, de dois países, Brasil e Holanda, totalizando 27 casos. Os resultados demonstram diferenças no fluxo de conhecimento entre os atores, relacionadas principalmente na comparação entre os países, e não tanto quanto aos setores. Os setores de horticultura e espacial holandeses possuem uma estrutura de conhecimento formada por universidades, centros tecnológicos e empresas, que desenvolvem atividades de pesquisa básica e aplicada voltadas à inovação. Como afirmam os entrevistados, comissões do governo aproximam pesquisadores e empresários, estimulando contatos informais e parcerias de desenvolvimento tecnológico. No Brasil, ambos os setores apresentam carências principalmente na geração de conhecimento, seja pesquisa básica, e na a formação de mão de obra. Os entrevistados declaram que os incentivos governamentais à pesquisa são restritos e descontínuos, dificultando o desenvolvimento tecnológico. Em relação ao fluxo de conhecimento, as interações universidade-empresa na Holanda possuem conteúdo de conhecimento descrito pelo critério pesquisa básica, pesquisa estratégica e pesquisa aplicada. No Brasil, o conteúdo de conhecimento presente no fluxo foi principalmente baseado no critério pesquisa aplicada, e tecnologia corrente. Os entrevistados de ambos os países mencionam que o estímulo ao fluxo ocorre principalmente pelo contato de empresas ou universidades, enquanto o estímulo do governo ocorre através de editais ou incentivos à pesquisa. Conclui-se que a interação universidade-empresa ocorre em ambos os países, porém o fluxo de conhecimento entre os atores reflete diferenças na estrutura científica e tecnológica instalada em cada país. Enquanto a Holanda desenvolve interações voltadas ao desenvolvimento tecnológico, no Brasil as interações buscam principalmente solucionar problemas técnicos, ou atividades de pesquisa aplicada às necessidades das empresas. Esta diferença ocorre pela reduzida capacidade científica das universidades brasileiras, pois as empresas buscam inovações em universidades e centros tecnológicos do exterior, ou desenvolvem internamente. Por fim, o conceito de fluxo de conhecimento demonstra que a Holanda possui uma avançada estrutura de pesquisa, e que comissões do governo formadas por pesquisadores e empresários aproximam os atores e alinham os objetivos tecnológicos. No Brasil, o conceito do fluxo de conhecimento apresenta restrições quanto à estrutura acadêmica de ensino e pesquisa científica, além de recursos governamentais limitados.
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A pesquisa foi conduzida pelo método de estudo de caso, em dois setores, horticultura e espacial, de dois países, Brasil e Holanda, totalizando 27 casos. Os resultados demonstram diferenças no fluxo de conhecimento entre os atores, relacionadas principalmente na comparação entre os países, e não tanto quanto aos setores. Os setores de horticultura e espacial holandeses possuem uma estrutura de conhecimento formada por universidades, centros tecnológicos e empresas, que desenvolvem atividades de pesquisa básica e aplicada voltadas à inovação. Como afirmam os entrevistados, comissões do governo aproximam pesquisadores e empresários, estimulando contatos informais e parcerias de desenvolvimento tecnológico. No Brasil, ambos os setores apresentam carências principalmente na geração de conhecimento, seja pesquisa básica, e na a formação de mão de obra. Os entrevistados declaram que os incentivos governamentais à pesquisa são restritos e descontínuos, dificultando o desenvolvimento tecnológico. Em relação ao fluxo de conhecimento, as interações universidade-empresa na Holanda possuem conteúdo de conhecimento descrito pelo critério pesquisa básica, pesquisa estratégica e pesquisa aplicada. No Brasil, o conteúdo de conhecimento presente no fluxo foi principalmente baseado no critério pesquisa aplicada, e tecnologia corrente. Os entrevistados de ambos os países mencionam que o estímulo ao fluxo ocorre principalmente pelo contato de empresas ou universidades, enquanto o estímulo do governo ocorre através de editais ou incentivos à pesquisa. Conclui-se que a interação universidade-empresa ocorre em ambos os países, porém o fluxo de conhecimento entre os atores reflete diferenças na estrutura científica e tecnológica instalada em cada país. Enquanto a Holanda desenvolve interações voltadas ao desenvolvimento tecnológico, no Brasil as interações buscam principalmente solucionar problemas técnicos, ou atividades de pesquisa aplicada às necessidades das empresas. Esta diferença ocorre pela reduzida capacidade científica das universidades brasileiras, pois as empresas buscam inovações em universidades e centros tecnológicos do exterior, ou desenvolvem internamente. Por fim, o conceito de fluxo de conhecimento demonstra que a Holanda possui uma avançada estrutura de pesquisa, e que comissões do governo formadas por pesquisadores e empresários aproximam os atores e alinham os objetivos tecnológicos. No Brasil, o conceito do fluxo de conhecimento apresenta restrições quanto à estrutura acadêmica de ensino e pesquisa científica, além de recursos governamentais limitados.The present research aims to characterize the knowledge flow in university-industry relations, identifying this kind of partnership in different sectors of different countries. The concept of knowledge flow aims to complement the current university-industry relations theories, mainly described by Sábato’s triangle and the triple helix. It is argued that university-industry relations are generally defined by the role of actors and the channels of knowledge transfer. However, it is not clear which actor is responsible for initiating the interaction and the content of knowledge transferred. Thus, the concept of knowledge flow is described by the actor responsible for stimulating the relationship and the content of knowledge, between science and applied, transferred between actors. The case study research was conducted in two sectors, horticulture and space, in two countries, Brazil and The Netherlands, describing 27 cases. Results showed that differences in the knowledge flow between the actors can be mainly compared between countries, rather than between sectors. Both horticulture and space sectors in The Netherlands have a knowledge environment constituted by universities, research centres and companies which develop basic and applied research activities focused on innovations. As stated by the respondents, government commissions bring researchers and companies closer, encouraging informal contacts and partnerships for technological development. On the other hand, both sectors in Brazil present deficiencies especially in knowledge creation by basic research or training students. Respondents state that government subsidies for research are limited and discontinued, restricting technological development. Regarding the knowledge flow, university industry relations in The Netherlands are mainly defined by knowledge content criteria such as basic research, strategic research or applied research. In Brazil, the content of the knowledge flow was mainly based on applied research and current technology criteria. Respondents from both countries reported that the stimulus to the knowledge flow occurs by contact from companies or universities, while government stimulus is described by research tenders or subsidies. To conclude, universityindustry relations occur in both countries, but the knowledge flow between the actors reflects differences on the science and technology structure in each country. While The Netherlands develops interactions aiming to develop new technologies, in Brazil such relations mainly seek to solve technical issues, or applied research activities guided by market needs. This difference, however, is given by the reduced scientific capacity of Brazilian universities, as companies seek for technology innovations in research centres and universities abroad, or develops internally. Finally, the concept of knowledge flow shows that The Netherlands have an advanced research structure, and government commissions formed by researchers and companies approach the actors, aligning technology goals. In Brazil, the concept of knowledge flow demonstrates restrictions mainly in the structure of academic teaching, scientific research and also in government resources.application/pdfporGestão do conhecimentoFluxo de informaçãoUniversidade : EmpresaInovação tecnológicaKnowledge flowUniversity-industry relationsHorticulture sectorSpace industryBrazilThe netherlandsFluxo de conhecimento na interação universidade-empresa : uma análise de setores tradicionais e de alta tecnologia no Brasil e na Holandainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulEscola de AdministraçãoPrograma de Pós-Graduação em AdministraçãoPorto Alegre, BR-RS2012doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000824284.pdf000824284.pdfTexto completoapplication/pdf3084101http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/38849/1/000824284.pdf1f635755bfc79e20d3896826025191fcMD51TEXT000824284.pdf.txt000824284.pdf.txtExtracted Texttext/plain426890http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/38849/2/000824284.pdf.txt7855b6162b68e6769eb2aff90b95f938MD52THUMBNAIL000824284.pdf.jpg000824284.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1095http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/38849/3/000824284.pdf.jpgbf4568b032863dcd6dd80240edfe8a64MD5310183/388492018-10-11 08:45:07.32oai:www.lume.ufrgs.br:10183/38849Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-11T11:45:07Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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