Simulação hidrossedimentológica em pequenas bacias rurais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Goldenfum, Joel Avruch
Data de Publicação: 1991
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/195847
Resumo: A utilização de modelos matemáticos para simular os processos hidrossedimentológicos em bacias hidrográficas tem crescido sensivelmente nas duas últimas décadas. Estes modelos podem diferir enormemente entre si, conforme seus objetivos, estrutura ou precisão na representação dos processos, dos parâmetros e das variáveis de entrada e saída. Há necessidade de se conhecer os diferentes enfoques de modelagem para que se possa desenvolver, escolher e utilizar os modelos de forma correta. O presente trabalho teve por objetivo estudar a aplicabilidade de diferentes enfoques de modelagem, salientando a importância e a melhor forma de utilização de cada tipo de modelo. Os modelos selecionados foram o modelo ANSWERS e a Equação Universal de Perda de Solo Modificada (MUSLE), esta última com os valores de vazão de pico e volume de escoamento superficial calculados alternativamente pela metodologia do SCS (Soil Conservation Service) ou pelo modelo IPH-II. Os modelos foram aplicados a 34 eventos em duas pequenas sub-bacias de 55 e 39,3 ha, localizadas na bacia do rio Forquetinha, no Estado do Rio Grande do Sul. Os resultados obtidos demonstraram a inadequação da MUSLE para previsão do aporte de sedimentos nas bacias estudadas e a tendência de superestimativa dos valores de vazão de pico apresentada pelo modelo do SCS. Foram observados, também, excelentes resultados do modelo IPH-II para os eventos de ajuste, o que não se verificou quando o modelo foi aplicado para previsão. O modelo ANSWERS, mesmo utilizado sem calibração, foi o que apresentou os melhores resultados para a produção de sedimentos. Sugere-se a utilização dos modelos empíricos apenas nos casos de carência de dados de campo. Quanto aos modelos conceituais, conclui-se sobre a necessidade de confirmação das suas hipóteses de funcionamento dentro da bacia, e não apenas em seu exutório, para que possam ser utilizados com maior confiabilidade.
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spelling Goldenfum, Joel AvruchTucci, Carlos Eduardo MorelliBordas, Marc Pierre2019-06-18T02:34:29Z1991http://hdl.handle.net/10183/195847000046139A utilização de modelos matemáticos para simular os processos hidrossedimentológicos em bacias hidrográficas tem crescido sensivelmente nas duas últimas décadas. Estes modelos podem diferir enormemente entre si, conforme seus objetivos, estrutura ou precisão na representação dos processos, dos parâmetros e das variáveis de entrada e saída. Há necessidade de se conhecer os diferentes enfoques de modelagem para que se possa desenvolver, escolher e utilizar os modelos de forma correta. O presente trabalho teve por objetivo estudar a aplicabilidade de diferentes enfoques de modelagem, salientando a importância e a melhor forma de utilização de cada tipo de modelo. Os modelos selecionados foram o modelo ANSWERS e a Equação Universal de Perda de Solo Modificada (MUSLE), esta última com os valores de vazão de pico e volume de escoamento superficial calculados alternativamente pela metodologia do SCS (Soil Conservation Service) ou pelo modelo IPH-II. Os modelos foram aplicados a 34 eventos em duas pequenas sub-bacias de 55 e 39,3 ha, localizadas na bacia do rio Forquetinha, no Estado do Rio Grande do Sul. Os resultados obtidos demonstraram a inadequação da MUSLE para previsão do aporte de sedimentos nas bacias estudadas e a tendência de superestimativa dos valores de vazão de pico apresentada pelo modelo do SCS. Foram observados, também, excelentes resultados do modelo IPH-II para os eventos de ajuste, o que não se verificou quando o modelo foi aplicado para previsão. O modelo ANSWERS, mesmo utilizado sem calibração, foi o que apresentou os melhores resultados para a produção de sedimentos. Sugere-se a utilização dos modelos empíricos apenas nos casos de carência de dados de campo. Quanto aos modelos conceituais, conclui-se sobre a necessidade de confirmação das suas hipóteses de funcionamento dentro da bacia, e não apenas em seu exutório, para que possam ser utilizados com maior confiabilidade.The use of mathematical models to simulate hydrosedimentological processes in catchments had increased in the two last decades. These models may differ widely according to their objectives, structure or precision in representing the processes, parameters and input/output data. It is important to know the different modeling approaches as to develop, choose and use them correctly. The objective of this study work was to research the applicability of the different modeling approaches, stressing the importance and the best use for each class of model. The models selected for this work were ANSWERS and the Modified Universal Soil Loss Equation (MUSLE); in the latter model, the values of peak flow rate and runoff volume were calculated alternately by the methodology of the Soil Conservation Service (SCS) or by IPH-II. The models were applied to 34 events in two small basins (55 and 39,3 ha) located in the Forquetinha river basin in the state of Rio Grande do Sul, Brazil. The results obtained showed the inadequacy of MUSLE to predict sediment yield in the watershed studied and the tendency to overestimating the volume and peak flow rates presented in the SCS model. Excellent results were observed with the IPH-II model applied to the adjusted events. This fact was not observed when the same model was applied to prediction. The ANSWERS model, even used without calibration, provided the best results for sediment yield. The utilization of empirical models is suggested only for situations with lack of field data. As to conceptual models, it is concluded that the working hypotheses should be confirmed inside the basin, and not only at the outlet, to use them with greater reliability.application/pdfporSedimentosProducao de sedimentosPequena baciaConservação do soloModelo answersModelo IPH IIModelo musleModelos matemáticosRio Grande do SulForquetinha, Rio (RS)Small basinsHydrossedimentological processesSimulationMathematical modelsSimulação hidrossedimentológica em pequenas bacias ruraisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de Pesquisas HidráulicasPrograma de Pós-Graduação em Recursos Hídricos e Saneamento AmbientalPorto Alegre, BR-RS1991mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT000046139.pdf.txt000046139.pdf.txtExtracted Texttext/plain206196http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/195847/2/000046139.pdf.txtdb5cbb58bc010999c504936365180f61MD52ORIGINAL000046139.pdfTexto completoapplication/pdf14441255http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/195847/1/000046139.pdfd58d02fdf483f5f8650a54af28e936c5MD5110183/1958472024-04-13 06:44:18.804794oai:www.lume.ufrgs.br:10183/195847Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532024-04-13T09:44:18Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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