A ultrassonografia dinâmica pode substituir a avaliação no acompanhamento dos pacientes com meningomielocele? : estudo prospectivo e simultâneo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bortolini, Tiago
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/188957
Resumo: Introdução: Os disrafismos espinhais, como a Meningomielocele (MMC), são a principal causa de bexiga neurogênica (BN) em pediatria. A avaliação urodinâmica (AUD) é o exame padrão ouro para monitoramento da função vesical. Objetivo: Avaliar a acurácia da ultrassonografia dinâmica (USD), como método alternativo para diagnóstico de hiperatividade detrusora (HD) na BN. Métodos: Foram realizados 81 pares de exames urodinâmicos e ultrassonográficos, simultaneamente, em 63 pacientes com MMC, de Junho 2014 a Fevereiro 2017. Foram avaliados o comportamento vesical durante a cistometria, presença de HD, HD associada à incontinência, complacência e capacidade cistométrica máxima (CCM). Resultados: Foram avaliados pacientes entre 3 meses e 34 anos (mediana de 84 meses), 47,6% foram masculinos. A insuficiência renal crônica foi identificada em 9,5% dos pacientes, infecção urinária de repetição em 20,6%, refluxo vésicoureteral em 19,05% e constipação em 69,8%. A terapia anticolinérgica estava presente em 41,3% dos pacientes. Dados urodinâmicos avaliados: HD (45,67%), HD associada à incontinência (42,6%), complacência média de 10,39mL/cmH2O e CCM (normal em 56,79%). No diagnóstico de HD, a USD obteve sensibilidade de 91,89%, especificidade de 88,64%, valor preditivo positivo de 87,18%, valor preditivo negativo de 92,86% e acurácia de 90,12%, com coeficiente kappa de 0,8 (p<0,001). Conclusão: O seguimento periódico dos pacientes com MMC é essencial, pois os parâmetros urodinâmicos podem se modificar durante o crescimento. A AUD é invasiva e com potencial para complicações, tornando-se desejável o desenvolvimento de testes não invasivos. Nossos achados sugerem que a investigação de HD e CCM pode ser realizada através da USD em pacientes com MMC, reservando a avaliação invasiva para pacientes com achados anormais no exame ultrassonográfico ou em pacientes com piora do quadro urológico.
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A insuficiência renal crônica foi identificada em 9,5% dos pacientes, infecção urinária de repetição em 20,6%, refluxo vésicoureteral em 19,05% e constipação em 69,8%. A terapia anticolinérgica estava presente em 41,3% dos pacientes. Dados urodinâmicos avaliados: HD (45,67%), HD associada à incontinência (42,6%), complacência média de 10,39mL/cmH2O e CCM (normal em 56,79%). No diagnóstico de HD, a USD obteve sensibilidade de 91,89%, especificidade de 88,64%, valor preditivo positivo de 87,18%, valor preditivo negativo de 92,86% e acurácia de 90,12%, com coeficiente kappa de 0,8 (p<0,001). Conclusão: O seguimento periódico dos pacientes com MMC é essencial, pois os parâmetros urodinâmicos podem se modificar durante o crescimento. A AUD é invasiva e com potencial para complicações, tornando-se desejável o desenvolvimento de testes não invasivos. Nossos achados sugerem que a investigação de HD e CCM pode ser realizada através da USD em pacientes com MMC, reservando a avaliação invasiva para pacientes com achados anormais no exame ultrassonográfico ou em pacientes com piora do quadro urológico.Introduction: Spinal dysraphisms, such as Myelomeningocele (MMC), are the main cause of neurogenic bladder (NB) in pediatrics. The urodynamic study (UDS) is the gold standard evaluation for monitoring bladder function. Aim: To evaluate the accuracy of dynamic ultrasonography (DUS), as a feasible alternative diagnostic method to identify detrusor overactivity (DO) in NB. Methods: We performed concurrent analysis of 81 pairs of UDS and DUS, in 63 patients with myelomeningocele (MMC), from June 2014 to February 2017. The assessment focused on bladder behavior during the filling phases, DO evaluation, DO with leakage, compliance, and maximum cystometric capacity (MCC). Results: Patient age ranged from 3 months to 34 years (median, 84 months); 47.6% were male. Overall, 9.5% of patients had chronic kidney disease, 20.6% had recurrent urinary tract infection, 19.05% had vesicoureteral reflux, and 69.8% had constipation. Anticholinergic therapy was used by 41.3% of patients. DO was observed in 45.67% of patients and DO with leakage in 42.6%. Mean bladder compliance was 10.39 mL/cmH2O and normal MCC was 56.79%. DUS had 91.89% sensitivity in identifying DO, 88.64% specificity, 87.18% positive predictive value, 92.86% negative predictive value, and 90.12% accuracy, with a kappa coefficient of 0.8 (p<0.001). Conclusion: MMC follow-up is essential because urinary parameters can change during child growth. The standard examination is invasive and has related complications, making noninvasive evaluation a desirable alternative, like DUS. Our data suggest that DO and MCC can be evaluated using DUS in patients with MMC. UDS could be used in patients with abnormal findings on ultrasound evaluation or those with worsening of urinary tract function.application/pdfporMeningomieloceleDisrafismo espinalUltrassonografiaBexiga urinária neurogênicaMyelomeningoceleSpinal dysraphismDynamic ultrasonographyPediatric neurogenic bladderA ultrassonografia dinâmica pode substituir a avaliação no acompanhamento dos pacientes com meningomielocele? : estudo prospectivo e simultâneoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPrograma de Pós-Graduação em Medicina: Ciências CirúrgicasPorto Alegre, BR-RS2018mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001080615.pdf.txt001080615.pdf.txtExtracted Texttext/plain129747http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/188957/2/001080615.pdf.txt26173152dd455c6d1f995a7f6e8cfc6fMD52ORIGINAL001080615.pdfTexto completoapplication/pdf1184460http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/188957/1/001080615.pdf66c907acfdd4bc3c7da3e686a7a78cb3MD5110183/1889572021-11-20 06:15:34.11323oai:www.lume.ufrgs.br:10183/188957Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532021-11-20T08:15:34Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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