Aplicação de toxina botulínica nas glândulas salivares de pacientes pediátricos orientada por ecografia
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/230598 |
Resumo: | Objetivos: Avaliar a efetividade clínica da aplicação de toxina botulínica orientada por ecografia no controle da sialorreia, por meio de questionário específico, com tradução e validação para língua portuguesa do Brasil. Além disso, avaliar alterações de imagem secundárias ao procedimento e mudança no perfil de eventos infecciosos respiratórios. Materiais e métodos: Ensaio clínico não randomizado do tipo “antes e depois” com 46 pacientes pediátricos com indicação de tratamento da sialorreia, avaliados pela equipe de Otorrinolaringologia Pediátrica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Os pacientes receberam aplicação de toxina botulínica orientada por ecografia. Antes e após a intervenção, foram aplicados questionários específicos de avaliação da sialorreia. O aspecto ecográfico e volume das glândulas salivares foi avaliado antes da primeira aplicação e antes da segunda aplicação nos 12 pacientes que foram submetidos à segunda aplicação. Resultados: Quarenta e seis pacientes foram submetidos a aplicação de toxina botulínica orientada por ecografia. Ocorreu importante redução no impacto clínico da sialorreia, mensurada pela escala Drooling Impact Scale (DIS), validada para língua portuguesa do Brasil, após um, três e seis meses da aplicação (52,5 vs. 24,0; 29,5; 33,3, p<0,01). Outras escalas também demonstraram redução significativa na frequência e severidade da sialorreia. Ocorreu redução no percentual de internações hospitalares por infecção respiratória nos doze meses subsequentes da aplicação, quando comparados ao mesmo período previamente a aplicação (86,7 vs. 58,3%, p<0,01). Não ocorreu modificação significativa no aspecto ecográfico ou volume glandular após a aplicação da toxina botulínica. Nenhum evento adverso foi identificado. Conclusão: O controle da sialorreia com aplicação de toxina botulínica orientada por ecografia mostrou segurança clínica e significativa efetividade, com redução nos casos de internações hospitalares por episódios de infecção respiratória. Nos pacientes em que foram realizadas medidas sequenciais do volume glandular, não se identificou alteração volumétrica ou no aspecto ecográfico das glândulas salivares maiores. |
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Farenzena, MauricioSchweiger, Claudia2021-10-09T04:54:17Z2021http://hdl.handle.net/10183/230598001132073Objetivos: Avaliar a efetividade clínica da aplicação de toxina botulínica orientada por ecografia no controle da sialorreia, por meio de questionário específico, com tradução e validação para língua portuguesa do Brasil. Além disso, avaliar alterações de imagem secundárias ao procedimento e mudança no perfil de eventos infecciosos respiratórios. Materiais e métodos: Ensaio clínico não randomizado do tipo “antes e depois” com 46 pacientes pediátricos com indicação de tratamento da sialorreia, avaliados pela equipe de Otorrinolaringologia Pediátrica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Os pacientes receberam aplicação de toxina botulínica orientada por ecografia. Antes e após a intervenção, foram aplicados questionários específicos de avaliação da sialorreia. O aspecto ecográfico e volume das glândulas salivares foi avaliado antes da primeira aplicação e antes da segunda aplicação nos 12 pacientes que foram submetidos à segunda aplicação. Resultados: Quarenta e seis pacientes foram submetidos a aplicação de toxina botulínica orientada por ecografia. Ocorreu importante redução no impacto clínico da sialorreia, mensurada pela escala Drooling Impact Scale (DIS), validada para língua portuguesa do Brasil, após um, três e seis meses da aplicação (52,5 vs. 24,0; 29,5; 33,3, p<0,01). Outras escalas também demonstraram redução significativa na frequência e severidade da sialorreia. Ocorreu redução no percentual de internações hospitalares por infecção respiratória nos doze meses subsequentes da aplicação, quando comparados ao mesmo período previamente a aplicação (86,7 vs. 58,3%, p<0,01). Não ocorreu modificação significativa no aspecto ecográfico ou volume glandular após a aplicação da toxina botulínica. Nenhum evento adverso foi identificado. Conclusão: O controle da sialorreia com aplicação de toxina botulínica orientada por ecografia mostrou segurança clínica e significativa efetividade, com redução nos casos de internações hospitalares por episódios de infecção respiratória. Nos pacientes em que foram realizadas medidas sequenciais do volume glandular, não se identificou alteração volumétrica ou no aspecto ecográfico das glândulas salivares maiores.Objectives: To evaluate the clinical effectiveness of ultrasound-guided application of botulinum toxin in the control of sialorrhea, through a specific questionnaire, recently translated into Brazilian Portuguese. In addition, to evaluate sonographic image modifications secondary to the procedure and change in the profile of respiratory infectious events. Materials and methods: Non-randomized “before and after” clinical study with 46 pediatric patients with indication for treatment of sialorrhea, evaluated by the Hospital de Clinicas de Porto Alegre (HCPA) Pediatric Otolaryngology Unit. The patients received ultrasound-guided application of botulinum toxin. Before and after the intervention, specific questionnaires were applied to evaluate sialorrhea. The sonographic aspect and volume of the salivary glands were assessed before the first application and before the second application in the 12 patients who underwent the second application. Results: Forty-six patients were submitted to ultrasound-guided botulinum toxin application. There was an important reduction in the clinical impact of sialorrhea, measured by the Drooling Impact Scale (DIS) after one, three and six months of the application (52.5 vs. 24.0; 29.5; 33.3, p <0.01). Other scale demonstrated a significant reduction in the frequency and severity of sialorrhea. There was a reduction in the percentage of hospital admissions for respiratory infection in the twelve months after the application of botulinum toxin as compared to the previous equal period (86.7 vs. 58.3%, p<0.01). There was no significant change in the sonographic aspect or glandular volume after the application of botulinum toxin. No adverse effects were observed. Conclusions: The control of sialorrhea using ultrasound-guided botulinum toxin showed clinical safety and significant effectiveness, with a reduction in hospital admissions due to episodes of respiratory infection. 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