Avaliação temporal da hipertensão renovascular : aspectos hemodinâmicos e oxidativos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bock, Patricia Martins
Data de Publicação: 2000
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/265978
Resumo: A hipertensão é uma doença onde o envolvimento de espécies ativas de oxigênio tem sido sugerido. Neste trabalho, foi utilizado o modelo de hipertensão desenvolvido por Goldblatt e colaboradores em 1934, onde é feito o clampeamento da artéria renal esquerda de ratos e o rim contralateral é mantido intacto. Foram objetivos deste trabalho verificar os efeitos do clampeamento renal esquerdo na pressão arterial sistólica, diastólica e média e freqüência cardíaca e efetuar uma análise temporal do estresse oxidativo, através da medida de lipoperoxidação e atividade das enzimas antioxidantes catalase, superóxido dismutase, glutationa transferase e glutationa peroxidase. Para tanto, foram utilizados ratos machos Wistar divididos em oito grupos experimentais: hipertensos de 7, 14, 21 e 28 dias após o procedimento cirúrgico, e respectivos controles. A pressão arterial média foi sempre significativamente superior nos grupos hipertensos em relação aos respectivos controles, sendo 20% maior no grupo 7 dias, 14% maior no grupo 14 dias, 23% maior no grupo 21 dias, e 22% maior no grupo 28 dias. Não foram observadas alterações na frequência cardíaca nos distintos grupos experimentais. A lipoperoxidação igualmente não foi modificada. A atividade da enzima glutationa peroxidase mostrou-se 74% maior nos corações do grupo hipertenso 7 dias em relação aos respectivos controles, 213% maior nos rins direitos do grupo hipertenso 7 dias em relação aos controles e 196% maior nos rins esquerdos do grupo hipertenso 7 dias em relação aos controles. Nos demais tempos, não foram verificadas diferenças na atividade desta enzima. As enzimas catalase, superóxido dismutase e glutationa transferase não foram alteradas ao longo do período de experimentação. Os resultados encontrados mostram que a enzima glutationa peroxidase está alterada somente na primeira semana de hipertensão. Este fato sugere uma resposta adaptativa da enzima ao estresse promovido pela hipertensão. Ao sétimo dia, não foram observadas alterações na lipoperoxidação, possivelmente devido a proteção oferecida pela glutationa peroxidase. Antes deste período, no entanto, é possível que a elevação da pressão desencadeie um aumento da produção de radicais livres, com incremento da lipoperoxidação previamente à ativação desta enzima.
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