Validade, reprodutibilidade e acurácia diagnóstica de testes sacroilíacos : Teste de Flexão em Pé (TFP), Teste de Flexão Sentado (TFS) e Teste de Downing
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/255469 |
Resumo: | A região pélvica, estrutura anatômica que envolve a articulação sacroilíaca (ASI), é importante fonte de dores e disfunções, além de ser uma das principais regiões responsáveis pelo alinhamento e estabilidade corporal. A disfunção sacroilíaca pode ser definida por um estado de hipomobilidade da amplitude de movimento articular, seguida de uma alteração posicional entre a relação do sacro e o ilíaco. Dentre as possibilidades de avaliação da ASI, estão o Teste de Flexão em Pé (TFP), o Teste de Flexão Sentado (TFS) e o teste de Downing, contudo, esses testes clínicos palpatórios carecem de informações acerca das suas validades concorrentes, reprodutibilidades e acurácias diagnósticas. Desse modo, para melhor organização, esta dissertação foi dividida em três capítulos. CAPÍTULO 1: foi realizada uma revisão sistemática com o objetivo primário de investigar quais são os valores de reprodutibilidade e validade de testes clínicos palpatórios de mobilidade sacroilíaca, e objetivo secundário de investigar quais são os testes clínicos palpatórios de mobilidade sacroilíaca existentes na literatura. Essa revisão sistemática seguiu a metodologia PRISMA, as bases de dados PubMed, Embase, Scopus, Medline e PEDro foram pesquisadas utilizando as seguintes palavras chave, na língua inglesa: “Sacroiliac Joint”, “Range of Motion, Articular”, “Physical Examination” and “Palpation”, juntamente com seus termos livres. Não houve restrição quanto ao tipo de estudo e participantes. Foram incluídos 28 estudos, onde 15 testes clínicos palpatórios de mobilidade sacroilíaca foram descritos: (1) Teste de Flexão em Pé (TFP), (2) Teste de Gillet, (3) Teste de Flexão Sentado (TFS), (4) Teste de Flexão de joelho em prono, (5) Teste de Stork, (6) Supine Long Sitting Test, (7) Teste de Downing, (8) Inferior test, (9) The Initiation of the Squat Motion test, (10) Bourdillon's method, (11) Mitchell and Moran, (12) Joint Play (Menell) Test, (13) Spine Test, (14) Lateral Flexion e (15) Overtake Phenomenon. Em relação a reprodutibilidade, 14 estudos realizaram a avaliação interavaliador, cuja concordância pela estatística kappa variou de -0,05 a 0,77, e 8 estudos também realizaram a avaliação intra-avaliador, variando o valor de kappa de 0,08 a 0,73. Nenhum estudo incluído nessa revisão sistemática verificou os valores de validade desses testes. A metanálise para a reprodutibilidade intra-avaliador mostrou moderada a boa concordância para o Teste de Gillet (k= 0,46), TFP (k= 0,61) e TFS (k= 0,68). CAPÍTULO 2: o objetivo desse capítulo foi avaliar a validade concorrente, a reprodutibilidade intra e interavaliadores e a acurácia diagnóstica do Teste de Flexão em Pé (TFP) e do Teste de Flexão Sentado (TFS). Estudo prospectivo, onde a amostra foi composta por 30 indivíduos de ambos os sexos. A equipe de avaliação foi composta por 5 Fisioterapeutas (A, B, C, D e E). O padrão referência utilizado para a validade concorrente foi a medição tridimensional (cinemetria 3D), por meio do sistema BTS Smart-DX. Análise estatística: foi utilizado o percentual de concordância (%C) e a estatística kappa (k) para as análises de concordância, e a curva ROC (AUC) para determinar a capacidade discriminativa, os valores de sensibilidade e especificidade, além dos valores preditivos positivos (VPP) e negativos (VPN). Os resultados foram, para a validade concorrente: TFP (%C=66,7%; k=0,42; p<0,01) e TFS (%C=46,7%; k=0,12; p=0,25). Curva ROC: TFP (AUC=0,700; p<0,05; sensibilidade=80%; especificidade=60%; VPP=85%; VPN=78%) e TFS (AUC=0,602; p=0,52; sensibilidade=75%; especificidade=46%; VPP=20%; VPN=91%). Reprodutibilidade intra-avaliador: TFP (%C=66,3%; k=0,43; p<0,01) e TFS (%C=56,7%; k=0,38; p<0,01). Reprodutibilidade interavaliador: TFP (%C=10%; k=-0,02; p=0,825) e TFS (%C=13,3%; k=0,01; p=0,836). Portanto, o Teste de Flexão em Pé (TFP) é válido, reprodutível entre o mesmo avaliador e não acurado. O Teste de Flexão Sentado (TFS) não é válido, não é reprodutível e nem acurado. CAPÍTULO 3: o objetivo desse capítulo foi avaliar a validade concorrente, a reprodutibilidade intra e interavaliadores e a acurácia diagnóstica do teste de Downing. Estudo prospectivo, onde a amostra foi composta por 30 indivíduos de ambos os sexos. A equipe de avaliação foi composta por 5 Fisioterapeutas (A, B, C, D e E). O padrão referência utilizado para a validade concorrente foi a medição tridimensional (cinemetria 3D), por meio do sistema BTS SmartDX. Análise estatística: foi utilizado o percentual de concordância (%C) e a estatística kappa (k) para as análises de concordância, e a curva ROC (AUC) para determinar a capacidade discriminativa, os valores de sensibilidade e especificidade, além dos valores preditivos positivos (VPP) e negativos (VPN). Os resultados foram: validade concorrente (%C=54,5%; k=0,43; p<0,01), curva ROC para disfunção posterior (AUC=0,889; p<0,05; sensibilidade=78%; especificidade=100%; VPP=100%; VPN=60%), curva ROC para disfunção anterior (AUC=0,657; p=0,37; sensibilidade=71%; especificidade=60%; VPP=71%; VPN=60%), reprodutibilidade intra-avaliador (%C=66,7%; k=0,43; p<0,01) e reprodutibilidade interavaliador (%C=16,7%; k=0,15; p<0,05). Portanto, o teste de Downing é válido, reprodutível somente entre o mesmo avaliador e acurado para disfunção posterior. |
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Ribeiro, Rafael PaivaCandotti, Cláudia Tarragô2023-03-09T03:29:00Z2020http://hdl.handle.net/10183/255469001125993A região pélvica, estrutura anatômica que envolve a articulação sacroilíaca (ASI), é importante fonte de dores e disfunções, além de ser uma das principais regiões responsáveis pelo alinhamento e estabilidade corporal. A disfunção sacroilíaca pode ser definida por um estado de hipomobilidade da amplitude de movimento articular, seguida de uma alteração posicional entre a relação do sacro e o ilíaco. Dentre as possibilidades de avaliação da ASI, estão o Teste de Flexão em Pé (TFP), o Teste de Flexão Sentado (TFS) e o teste de Downing, contudo, esses testes clínicos palpatórios carecem de informações acerca das suas validades concorrentes, reprodutibilidades e acurácias diagnósticas. Desse modo, para melhor organização, esta dissertação foi dividida em três capítulos. CAPÍTULO 1: foi realizada uma revisão sistemática com o objetivo primário de investigar quais são os valores de reprodutibilidade e validade de testes clínicos palpatórios de mobilidade sacroilíaca, e objetivo secundário de investigar quais são os testes clínicos palpatórios de mobilidade sacroilíaca existentes na literatura. Essa revisão sistemática seguiu a metodologia PRISMA, as bases de dados PubMed, Embase, Scopus, Medline e PEDro foram pesquisadas utilizando as seguintes palavras chave, na língua inglesa: “Sacroiliac Joint”, “Range of Motion, Articular”, “Physical Examination” and “Palpation”, juntamente com seus termos livres. Não houve restrição quanto ao tipo de estudo e participantes. Foram incluídos 28 estudos, onde 15 testes clínicos palpatórios de mobilidade sacroilíaca foram descritos: (1) Teste de Flexão em Pé (TFP), (2) Teste de Gillet, (3) Teste de Flexão Sentado (TFS), (4) Teste de Flexão de joelho em prono, (5) Teste de Stork, (6) Supine Long Sitting Test, (7) Teste de Downing, (8) Inferior test, (9) The Initiation of the Squat Motion test, (10) Bourdillon's method, (11) Mitchell and Moran, (12) Joint Play (Menell) Test, (13) Spine Test, (14) Lateral Flexion e (15) Overtake Phenomenon. Em relação a reprodutibilidade, 14 estudos realizaram a avaliação interavaliador, cuja concordância pela estatística kappa variou de -0,05 a 0,77, e 8 estudos também realizaram a avaliação intra-avaliador, variando o valor de kappa de 0,08 a 0,73. Nenhum estudo incluído nessa revisão sistemática verificou os valores de validade desses testes. A metanálise para a reprodutibilidade intra-avaliador mostrou moderada a boa concordância para o Teste de Gillet (k= 0,46), TFP (k= 0,61) e TFS (k= 0,68). CAPÍTULO 2: o objetivo desse capítulo foi avaliar a validade concorrente, a reprodutibilidade intra e interavaliadores e a acurácia diagnóstica do Teste de Flexão em Pé (TFP) e do Teste de Flexão Sentado (TFS). Estudo prospectivo, onde a amostra foi composta por 30 indivíduos de ambos os sexos. A equipe de avaliação foi composta por 5 Fisioterapeutas (A, B, C, D e E). O padrão referência utilizado para a validade concorrente foi a medição tridimensional (cinemetria 3D), por meio do sistema BTS Smart-DX. Análise estatística: foi utilizado o percentual de concordância (%C) e a estatística kappa (k) para as análises de concordância, e a curva ROC (AUC) para determinar a capacidade discriminativa, os valores de sensibilidade e especificidade, além dos valores preditivos positivos (VPP) e negativos (VPN). Os resultados foram, para a validade concorrente: TFP (%C=66,7%; k=0,42; p<0,01) e TFS (%C=46,7%; k=0,12; p=0,25). Curva ROC: TFP (AUC=0,700; p<0,05; sensibilidade=80%; especificidade=60%; VPP=85%; VPN=78%) e TFS (AUC=0,602; p=0,52; sensibilidade=75%; especificidade=46%; VPP=20%; VPN=91%). Reprodutibilidade intra-avaliador: TFP (%C=66,3%; k=0,43; p<0,01) e TFS (%C=56,7%; k=0,38; p<0,01). Reprodutibilidade interavaliador: TFP (%C=10%; k=-0,02; p=0,825) e TFS (%C=13,3%; k=0,01; p=0,836). Portanto, o Teste de Flexão em Pé (TFP) é válido, reprodutível entre o mesmo avaliador e não acurado. O Teste de Flexão Sentado (TFS) não é válido, não é reprodutível e nem acurado. CAPÍTULO 3: o objetivo desse capítulo foi avaliar a validade concorrente, a reprodutibilidade intra e interavaliadores e a acurácia diagnóstica do teste de Downing. Estudo prospectivo, onde a amostra foi composta por 30 indivíduos de ambos os sexos. A equipe de avaliação foi composta por 5 Fisioterapeutas (A, B, C, D e E). O padrão referência utilizado para a validade concorrente foi a medição tridimensional (cinemetria 3D), por meio do sistema BTS SmartDX. Análise estatística: foi utilizado o percentual de concordância (%C) e a estatística kappa (k) para as análises de concordância, e a curva ROC (AUC) para determinar a capacidade discriminativa, os valores de sensibilidade e especificidade, além dos valores preditivos positivos (VPP) e negativos (VPN). Os resultados foram: validade concorrente (%C=54,5%; k=0,43; p<0,01), curva ROC para disfunção posterior (AUC=0,889; p<0,05; sensibilidade=78%; especificidade=100%; VPP=100%; VPN=60%), curva ROC para disfunção anterior (AUC=0,657; p=0,37; sensibilidade=71%; especificidade=60%; VPP=71%; VPN=60%), reprodutibilidade intra-avaliador (%C=66,7%; k=0,43; p<0,01) e reprodutibilidade interavaliador (%C=16,7%; k=0,15; p<0,05). Portanto, o teste de Downing é válido, reprodutível somente entre o mesmo avaliador e acurado para disfunção posterior.The pelvic region, an anatomical structure that involves a sacroiliac joint (SIJ), is an important source of pain and dysfunction, in addition to being one of the main priorities for body alignment and stability. Sacroiliac dysfunction can be defined by a state of hypomobility in the range of motion of the joint, followed by a positional change between the relationship between the sacrum and the iliac. Among the possibilities of SIJ evaluation are the Standing Flexion Test (STFT), the Sitting Flexion Test (SIFT) and the Downing test, however, these palpatory clinical tests lack information about their competing validities, reproducibilities and accuracy. diagnostics. Thus, for better organization, this dissertation was divided into three chapters. CHAPTER 1: a systematic review was carried out with the primary objective is to investigate what are the values of reliability and validity of palpatory clinical tests of sacroiliac mobility, and secondary objective is to investigate which palpatory clinical tests of sacroiliac mobility exist in the literature. This systematic review followed the PRISMA methodology, the PubMed, Embase, Scopus, Medline and PEDro databases were searched using the following keywords: “Sacroiliac Joint”, “Range of Motion, Articular”, “Physical Examination” and “Palpation”, along with its free terms. There was no restriction on the type of study and participants. 28 studies were included, where 15 palpatory clinical tests of sacroiliac mobility were described: (1) Standing Flexion Test (STFT), (2) Gillet Test, (3) Sitting Flexion Test (SIFT), (4) Prone Knee Flexion, (5) Stork Test, (6) Supine Long Sitting Test, (7) Downing Test, (8) Inferior test, (9) The Initiation of the Squat Motion test, (10) Bourdillon's method, (11) Mitchell and Moran, (12) Joint Play (Menell) Test, (13) Spine Test, (14) Lateral Flexion and (15) Overtake Phenomenon. Regarding reliability, 14 studies performed the inter-examiner evaluation, whose agreement by the kappa statistic ranged from -0.05 to 0.77, and 8 studies also performed the intra-examiner evaluation, ranged the kappa value from 0.08 to 0.73. No study included in this systematic review has verified the validity values of these tests. The meta-analysis for intraexaminer reliability showed moderate to good agreement for the Gillet Test (k = 0.46), STFT (k = 0.61) and SIFT (k = 0.68). CHAPTER 2: the objective of this chapter was to evaluate concurrent validity, intra- and inter-examiner reliability and the diagnostic accuracy of the Standing Flexion Test (STFT) and the Sitting Flexion Test (SIFT). Prospective study, where the sample was composed of 30 individuals of both sexes. The evaluation team was composed of 5 Physiotherapists (A, B, C, D and E). The reference standard used for concurrent validity was three-dimensional measurement (3D kinematics), using the BTS Smart-DX system. Statistical analysis: the percentage of agreement (%C) and the kappa statistic (k) were used for the analysis of agreement, and the analysis of the ROC curve (AUC) to determine the discriminative capacity, the sensitivity and specificity values, in addition to the positive and negative predictive values (PPV and NPV). The results were, for concurrent validity: STFT (%C=66.7%; k=0.42; p<0.01) and SIFT (%C=46.7%; k=0.12; p=0.25). ROC curve: STFT (AUC=0.700; p<0.05; sensitivity=80%; specificity=60%; PPV=85%; NPV=78%) and SIFT (AUC=0.602; p=0.52; sensitivity=75%; specificity=46%; PPV= 20%; NPV=91%). Intraexaminer reliability: STFT (%C= 66.3%; k=0.43; p<0.01) and SIFT (%C=56.7%; k=0.38; p<0.01). Inter-examiner reliability: STFT (%C=10%; k=-0.02; p=0.825) and SIFT (%C=13.3%; k=0.01; p=0.836). Therefore, the Standing Flexion Test (STFT) is valid, reliable between the same examiner and not accurate. The Seated Flexion Test (SIFT) is not valid, it is not reproducible or accurate. CHAPTER 3: the objective of this chapter was to evaluate concurrent validity, intra- and inter-examiner reliability and the diagnostic accuracy of the Downing test. Prospective study, where the sample was composed of 30 individuals of both sexes. The evaluation team was composed of 5 Physiotherapists (A, B, C, D and E). The reference standard used for concurrent validity was three-dimensional measurement (3D kinematics), using the BTS Smart-DX system. Statistical analysis: the percentage of agreement (%C) and the kappa statistic (k) were used for the analysis of agreement, and the analysis of the ROC curve (AUC) to determine the discriminative capacity, the sensitivity and specificity values, in addition to the positive and negative predictive values (PPV and NPV). The results were: concurrent validity (%C=54.5%; k=0.43; p<0.01), ROC curve for posterior dysfunction (AUC=0.889; p<0.05; sensitivity=78%; specificity=100%; PPV=100%; NPV=60%), ROC curve for previous dysfunction (AUC=0.657; p=0.37; sensitivity=71%; specificity=60%; PPV=71%; NPV=60%), intra-examiner reliability (%C=66.7%; k=0.43; p<0.01) and interexaminer reliability (%C=16.7%; k=0.15; p<0.05). Therefore, the Downing test is valid, reproducible between the same evaluator and accurate for posterior dysfunction.application/pdfporPelveTerapia manualAmplitude de movimento articularExame físicoFisioterapiaSacroiliac jointReliability and ValiditySystematic reviewValidade, reprodutibilidade e acurácia diagnóstica de testes sacroilíacos : Teste de Flexão em Pé (TFP), Teste de Flexão Sentado (TFS) e Teste de Downinginfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulEscola de Educação Física, Fisioterapia e DançaPrograma de Pós-Graduação em Ciências do Movimento HumanoPorto Alegre, BR-RS2020mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001125993.pdf.txt001125993.pdf.txtExtracted Texttext/plain217158http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/255469/2/001125993.pdf.txtc3eab45d7d613a1ab246dd57469880f8MD52ORIGINAL001125993.pdfTexto completoapplication/pdf1375922http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/255469/1/001125993.pdffcaf1a0e6dfd814655e7bbaf040f0919MD5110183/2554692023-03-10 03:26:25.548822oai:www.lume.ufrgs.br:10183/255469Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532023-03-10T06:26:25Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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Validade, reprodutibilidade e acurácia diagnóstica de testes sacroilíacos : Teste de Flexão em Pé (TFP), Teste de Flexão Sentado (TFS) e Teste de Downing Ribeiro, Rafael Paiva Pelve Terapia manual Amplitude de movimento articular Exame físico Fisioterapia Sacroiliac joint Reliability and Validity Systematic review |
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A região pélvica, estrutura anatômica que envolve a articulação sacroilíaca (ASI), é importante fonte de dores e disfunções, além de ser uma das principais regiões responsáveis pelo alinhamento e estabilidade corporal. A disfunção sacroilíaca pode ser definida por um estado de hipomobilidade da amplitude de movimento articular, seguida de uma alteração posicional entre a relação do sacro e o ilíaco. Dentre as possibilidades de avaliação da ASI, estão o Teste de Flexão em Pé (TFP), o Teste de Flexão Sentado (TFS) e o teste de Downing, contudo, esses testes clínicos palpatórios carecem de informações acerca das suas validades concorrentes, reprodutibilidades e acurácias diagnósticas. Desse modo, para melhor organização, esta dissertação foi dividida em três capítulos. CAPÍTULO 1: foi realizada uma revisão sistemática com o objetivo primário de investigar quais são os valores de reprodutibilidade e validade de testes clínicos palpatórios de mobilidade sacroilíaca, e objetivo secundário de investigar quais são os testes clínicos palpatórios de mobilidade sacroilíaca existentes na literatura. Essa revisão sistemática seguiu a metodologia PRISMA, as bases de dados PubMed, Embase, Scopus, Medline e PEDro foram pesquisadas utilizando as seguintes palavras chave, na língua inglesa: “Sacroiliac Joint”, “Range of Motion, Articular”, “Physical Examination” and “Palpation”, juntamente com seus termos livres. Não houve restrição quanto ao tipo de estudo e participantes. Foram incluídos 28 estudos, onde 15 testes clínicos palpatórios de mobilidade sacroilíaca foram descritos: (1) Teste de Flexão em Pé (TFP), (2) Teste de Gillet, (3) Teste de Flexão Sentado (TFS), (4) Teste de Flexão de joelho em prono, (5) Teste de Stork, (6) Supine Long Sitting Test, (7) Teste de Downing, (8) Inferior test, (9) The Initiation of the Squat Motion test, (10) Bourdillon's method, (11) Mitchell and Moran, (12) Joint Play (Menell) Test, (13) Spine Test, (14) Lateral Flexion e (15) Overtake Phenomenon. Em relação a reprodutibilidade, 14 estudos realizaram a avaliação interavaliador, cuja concordância pela estatística kappa variou de -0,05 a 0,77, e 8 estudos também realizaram a avaliação intra-avaliador, variando o valor de kappa de 0,08 a 0,73. Nenhum estudo incluído nessa revisão sistemática verificou os valores de validade desses testes. A metanálise para a reprodutibilidade intra-avaliador mostrou moderada a boa concordância para o Teste de Gillet (k= 0,46), TFP (k= 0,61) e TFS (k= 0,68). CAPÍTULO 2: o objetivo desse capítulo foi avaliar a validade concorrente, a reprodutibilidade intra e interavaliadores e a acurácia diagnóstica do Teste de Flexão em Pé (TFP) e do Teste de Flexão Sentado (TFS). Estudo prospectivo, onde a amostra foi composta por 30 indivíduos de ambos os sexos. A equipe de avaliação foi composta por 5 Fisioterapeutas (A, B, C, D e E). O padrão referência utilizado para a validade concorrente foi a medição tridimensional (cinemetria 3D), por meio do sistema BTS Smart-DX. Análise estatística: foi utilizado o percentual de concordância (%C) e a estatística kappa (k) para as análises de concordância, e a curva ROC (AUC) para determinar a capacidade discriminativa, os valores de sensibilidade e especificidade, além dos valores preditivos positivos (VPP) e negativos (VPN). Os resultados foram, para a validade concorrente: TFP (%C=66,7%; k=0,42; p<0,01) e TFS (%C=46,7%; k=0,12; p=0,25). Curva ROC: TFP (AUC=0,700; p<0,05; sensibilidade=80%; especificidade=60%; VPP=85%; VPN=78%) e TFS (AUC=0,602; p=0,52; sensibilidade=75%; especificidade=46%; VPP=20%; VPN=91%). Reprodutibilidade intra-avaliador: TFP (%C=66,3%; k=0,43; p<0,01) e TFS (%C=56,7%; k=0,38; p<0,01). Reprodutibilidade interavaliador: TFP (%C=10%; k=-0,02; p=0,825) e TFS (%C=13,3%; k=0,01; p=0,836). Portanto, o Teste de Flexão em Pé (TFP) é válido, reprodutível entre o mesmo avaliador e não acurado. O Teste de Flexão Sentado (TFS) não é válido, não é reprodutível e nem acurado. CAPÍTULO 3: o objetivo desse capítulo foi avaliar a validade concorrente, a reprodutibilidade intra e interavaliadores e a acurácia diagnóstica do teste de Downing. Estudo prospectivo, onde a amostra foi composta por 30 indivíduos de ambos os sexos. A equipe de avaliação foi composta por 5 Fisioterapeutas (A, B, C, D e E). 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