Proteína c reativa após o tratamento da peri-implantite : análise secundária de um ensaio controlado randomizado.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cunha, Kelly Ferreira da
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/219654
Resumo: O objetivo dessa análise secundária de um ensaio controlado randomizado foi avaliar se o tratamento da peri-implantite resulta em alterações nas concentrações sistêmicas de proteína C reativa (PCR). Uma amostra de 22 indivíduos com um total de 30 implantes com profundidade de sondagem (Psi) ≥ 5 mm, sangramento submucoso (SSi) e perda óssea radiográfica (PO) ≥ 2 mm foram incluídos no estudo. Onze indivíduos foram distribuídos aleatoriamente para cada um dos grupos de tratamento não cirúrgico (NC) e cirúrgico (C) para desinfecção mecânica dos implantes. Exames clínicos periimplantares e coletas de amostras sanguíneas foram feitas no início do estudo e 3 meses após o término do tratamento. Após os 3 meses, não houve diferenças significativas nas mudanças de PCR entre esses tratamentos. Análises foram conduzidas considerando a amostra como um todo, sendo observada uma redução não significativa na média de PCR de 3,00 mg/L (desvio padrão = 3,40) para 2,40 mg/L (desvio padrão = 2,46), representando uma redução de 19,7%. Quando apenas indivíduos que apresentaram ausência de SSi ao final de 3 meses foram analisados, foi observada redução significativa de PCR de 4,3mg/L para 1,9mg/L (p=0,03). Foram também observadas correlações positivas estatisticamente significantes entre as mudanças na concentração de PCR e nos parâmetros clínicos periimplantares para toda a amostra, sendo coeficiente de correlação entre essas mudanças com PSi igual a 0,46 (p=0,04) e com SSi igual a 0,70 (p=0,002). Pode-se concluir que o tratamento da peri-implantite não alterou significativamente os níveis de PCR como um todo. Por outro lado, pacientes onde se consegue eliminação total do processo inflamatório periimplantar parecem se beneficiar mais na redução de PCR após desinfecção da superfície dos implantes. Este resultados fortalecem a necessidade de maiores investigações a respeito do efeito sistêmico da peri-implantite e seu tratamento.
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Análises foram conduzidas considerando a amostra como um todo, sendo observada uma redução não significativa na média de PCR de 3,00 mg/L (desvio padrão = 3,40) para 2,40 mg/L (desvio padrão = 2,46), representando uma redução de 19,7%. Quando apenas indivíduos que apresentaram ausência de SSi ao final de 3 meses foram analisados, foi observada redução significativa de PCR de 4,3mg/L para 1,9mg/L (p=0,03). Foram também observadas correlações positivas estatisticamente significantes entre as mudanças na concentração de PCR e nos parâmetros clínicos periimplantares para toda a amostra, sendo coeficiente de correlação entre essas mudanças com PSi igual a 0,46 (p=0,04) e com SSi igual a 0,70 (p=0,002). Pode-se concluir que o tratamento da peri-implantite não alterou significativamente os níveis de PCR como um todo. Por outro lado, pacientes onde se consegue eliminação total do processo inflamatório periimplantar parecem se beneficiar mais na redução de PCR após desinfecção da superfície dos implantes. Este resultados fortalecem a necessidade de maiores investigações a respeito do efeito sistêmico da peri-implantite e seu tratamento.The aim of this secondary analysis of a randomized controlled trial was to assess whether the treatment of peri-implantitis results in changes in systemic C-reactive protein (CRP) concentrations. A sample of 22 individuals with a total of 30 implants with probing depth (PSi) ≥ 5 mm, submucosal bleeding (SSi) and radiographic bone loss ≥ 2mm were included in the study. Eleven individuals were randomly assigned to each of the non-surgical and surgical treatment groups for mechanical disinfection of the implants. Peri-implant clinical examinations and blood samples were conducted at baseline and 3 months after the end of treatment. There were no significant differences in changes in CRP between the two treatments after 3 months. Analyzes were conducted considering the sample as a whole, with a non-significant reduction in the mean CRP from 3.00 mg/L (standard deviation = 3.40) to 2.40 mg/L (standard deviation = 2.46), representing a reduction of 19.7%. When only individuals who showed absence of SSi at the end of 3 months were analyzed, a significant reduction in CRP from 4.3mg/L to 1.9mg/L was observed (p = 0.03). IStatistically significant positive correlations were also observed between changes in CRP concentration and periimplant clinical parameters for the entire sample, with a correlation coefficient between these changes with PSi equal to 0.46 (p = 0.04) and with SSi equal to 0.70 (p = 0.002). It can be concluded that the treatment of peri-implantitis did not significantly change the levels of CRP as a whole. On the other hand, patients who achieve total elimination of the inflammatory process during implantation seem to benefit more in reducing CRP after disinfecting the implant surface. These results reinforce the need for further investigation regarding the systemic effect of peri-implantitis and its treatment.application/pdfporPeri-implantiteDesinfecçãoProteína CTerapêuticaPeri-implantitisDisinfectionProtein CTherapeuticsProteína c reativa após o tratamento da peri-implantite : análise secundária de um ensaio controlado randomizado.C-reactive protein after treatment of peri-implantitis : secondary analysis of a randomized controlled trial.info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de OdontologiaPrograma de Pós-Graduação em Odontologia / Área De Concentração Clínica Odontológica / PeriodontiaPorto Alegre, BR-RS2020mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001124117.pdf.txt001124117.pdf.txtExtracted Texttext/plain66163http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/219654/2/001124117.pdf.txt81dbbdf13b068bc2dc13bbdd7931417dMD52ORIGINAL001124117.pdfTexto completoapplication/pdf2881400http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/219654/1/001124117.pdfd8b4b577cd9d94fb6d008addcfbf10dfMD5110183/2196542021-05-07 04:35:32.844663oai:www.lume.ufrgs.br:10183/219654Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532021-05-07T07:35:32Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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