Evolução mineralógica da porção norte do ofiolito Bossoroca, terreno São Gabriel
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/265374 |
Resumo: | O Ofiolito Bossoroca pertence ao Complexo Bossoroca e é limitado pelo Complexo Cambaí, ao oeste, e pela Formação Campestre, ao leste. A obducção deste corpo ocorreu durante o Neoproterozoico, de oeste para leste. Este evento causou o metamorfismo das rochas em fácies anfibolito inferior, predominantemente. A Formação Arroio Lajeadinho, que abrange as rochas ofiolíticas, é composta de serpentinito, anfibolito, tremolita xisto, formação ferrífera bandada, metachert e rochas metassomáticas. Com o objetivo de interpretar a evolução mineralógica do metamorfismo de rochas representativas do ofiolito, foram utilizadas análises químicas por microssonda eletrônica e geoquímica de rocha total. Hornblenda, turmalina e cromita são os principais minerais indicadores da evolução tectônica e pós-tectônica das rochas da região. Hornblenda é encontrada em anfibolito, Formação Arroio Lajeadinho, em duas fases metamórficas: M1 como tschermakita, e M2 como magnesiohornblenda. O mineral também é encontrado na rocha metavulcanoclástica, Formação Campestre, como magnesiohornblenda, com tendência indicando aumento de álcalis (site A) e Al, Fe e Ti (site C) entre a primeira e segunda geração. Outra ocorrência da magnesiohornblenda é no Diorito Capivaras, Complexo Cambaí, com diminuição de álcalis no site A e aumento de Al, Fe e Ti no site C entre a primeira e segunda geração. Turmalina é classificada como dravita e está relacionada ao cloritito de blackwall. Cromita ocorre em cromita-talco-magnesita granofels e possui textura corona de magnetita. Todas essas características dos minerais citados indicam duas fases de metamorfismo em fácies anfibolito inferior e a ocorrência de metassomatitos no ofiolito. Por meio de aerogeofísica, foi possível delimitar as unidades estratigráficas com características químicas e magnéticas significativamente distintas. |
id |
URGS_bd93283e57a03f1e9835ff968aaca56a |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:www.lume.ufrgs.br:10183/265374 |
network_acronym_str |
URGS |
network_name_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
repository_id_str |
1853 |
spelling |
Massuda, Amanda JulianoHartmann, Léo Afraneo2023-09-28T03:36:43Z2020http://hdl.handle.net/10183/265374001177783O Ofiolito Bossoroca pertence ao Complexo Bossoroca e é limitado pelo Complexo Cambaí, ao oeste, e pela Formação Campestre, ao leste. A obducção deste corpo ocorreu durante o Neoproterozoico, de oeste para leste. Este evento causou o metamorfismo das rochas em fácies anfibolito inferior, predominantemente. A Formação Arroio Lajeadinho, que abrange as rochas ofiolíticas, é composta de serpentinito, anfibolito, tremolita xisto, formação ferrífera bandada, metachert e rochas metassomáticas. Com o objetivo de interpretar a evolução mineralógica do metamorfismo de rochas representativas do ofiolito, foram utilizadas análises químicas por microssonda eletrônica e geoquímica de rocha total. Hornblenda, turmalina e cromita são os principais minerais indicadores da evolução tectônica e pós-tectônica das rochas da região. Hornblenda é encontrada em anfibolito, Formação Arroio Lajeadinho, em duas fases metamórficas: M1 como tschermakita, e M2 como magnesiohornblenda. O mineral também é encontrado na rocha metavulcanoclástica, Formação Campestre, como magnesiohornblenda, com tendência indicando aumento de álcalis (site A) e Al, Fe e Ti (site C) entre a primeira e segunda geração. Outra ocorrência da magnesiohornblenda é no Diorito Capivaras, Complexo Cambaí, com diminuição de álcalis no site A e aumento de Al, Fe e Ti no site C entre a primeira e segunda geração. Turmalina é classificada como dravita e está relacionada ao cloritito de blackwall. Cromita ocorre em cromita-talco-magnesita granofels e possui textura corona de magnetita. Todas essas características dos minerais citados indicam duas fases de metamorfismo em fácies anfibolito inferior e a ocorrência de metassomatitos no ofiolito. Por meio de aerogeofísica, foi possível delimitar as unidades estratigráficas com características químicas e magnéticas significativamente distintas.The Bossoroca Ophiolite belongs to the Bossoroca Complex and is limited by the Cambaí Complex, to the west, and the Campestre Formation, to the east. The obduction of this body occurred during the Neoproterozoic, from west to east. This event caused the metamorphism of rocks in lower amphibolite facies, predominantly. The Arroio Lajeadinho Formation, which includes ophiolitic rocks, is composed of serpentinite, amphibolite, tremolite, banded iron formation, metachert and metasomatic rocks. To interpret the mineralogical evolution of the metamorphism of representative rocks of the ophiolite, chemical analyses by electronic microprobe and geochemistry of total rock were used. Hornblende, tourmaline and chromite are the main minerals that indicate the tectonic and post-tectonic evolution of the rocks. Hornblende is found in amphibolite, Arroio Lajeadinho Formation, in two metamorphic phases: M1 as tschermakite, and M2 as magnesiohornblende. The mineral is also found in the metavolcanoclastic rock, Campestre Formation, as magnesiohornblende, with a trend indicating an increase in alkalis (site A) and Al, Fe and Ti (site C) between the first and second generations. Another occurrence of magnesiohornblende is in Capivaras Diorite, Cambaí Complex, with a decrease in alkalis at site A and an increase in Al, Fe and Ti at site C between the first and second generations. Tourmaline is classified as dravite and is related to blackwall chloritite. Chromite occurs in chromite-talc-magnesite granofels and has a corona magnetite texture. All these characteristics indicate two phases of metamorphism in lower amphibolite facies and the occurrence of metasomatites in the ophiolite. Through aerogeophysics, it was possible to delimit stratigraphic units with significantly different chemical and magnetic characteristics.application/pdfporGeoquímicaAerogeofísicaMetassomatismoQuímica mineralBossoroca ophioliteMetasomatiteMineral chemistryEvolução mineralógica da porção norte do ofiolito Bossoroca, terreno São Gabrielinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de GeociênciasPrograma de Pós-Graduação em GeociênciasPorto Alegre, BR-RS2020mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001177783.pdf.txt001177783.pdf.txtExtracted Texttext/plain94402http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/265374/2/001177783.pdf.txt663a47dbd83c4fc82cb837ae55de836fMD52ORIGINAL001177783.pdfTexto completoapplication/pdf5820806http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/265374/1/001177783.pdfe772590e1a9dfcd4d4eb561a9973a9a0MD5110183/2653742023-09-29 03:35:57.826682oai:www.lume.ufrgs.br:10183/265374Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532023-09-29T06:35:57Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Evolução mineralógica da porção norte do ofiolito Bossoroca, terreno São Gabriel |
title |
Evolução mineralógica da porção norte do ofiolito Bossoroca, terreno São Gabriel |
spellingShingle |
Evolução mineralógica da porção norte do ofiolito Bossoroca, terreno São Gabriel Massuda, Amanda Juliano Geoquímica Aerogeofísica Metassomatismo Química mineral Bossoroca ophiolite Metasomatite Mineral chemistry |
title_short |
Evolução mineralógica da porção norte do ofiolito Bossoroca, terreno São Gabriel |
title_full |
Evolução mineralógica da porção norte do ofiolito Bossoroca, terreno São Gabriel |
title_fullStr |
Evolução mineralógica da porção norte do ofiolito Bossoroca, terreno São Gabriel |
title_full_unstemmed |
Evolução mineralógica da porção norte do ofiolito Bossoroca, terreno São Gabriel |
title_sort |
Evolução mineralógica da porção norte do ofiolito Bossoroca, terreno São Gabriel |
author |
Massuda, Amanda Juliano |
author_facet |
Massuda, Amanda Juliano |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Massuda, Amanda Juliano |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Hartmann, Léo Afraneo |
contributor_str_mv |
Hartmann, Léo Afraneo |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Geoquímica Aerogeofísica Metassomatismo Química mineral |
topic |
Geoquímica Aerogeofísica Metassomatismo Química mineral Bossoroca ophiolite Metasomatite Mineral chemistry |
dc.subject.eng.fl_str_mv |
Bossoroca ophiolite Metasomatite Mineral chemistry |
description |
O Ofiolito Bossoroca pertence ao Complexo Bossoroca e é limitado pelo Complexo Cambaí, ao oeste, e pela Formação Campestre, ao leste. A obducção deste corpo ocorreu durante o Neoproterozoico, de oeste para leste. Este evento causou o metamorfismo das rochas em fácies anfibolito inferior, predominantemente. A Formação Arroio Lajeadinho, que abrange as rochas ofiolíticas, é composta de serpentinito, anfibolito, tremolita xisto, formação ferrífera bandada, metachert e rochas metassomáticas. Com o objetivo de interpretar a evolução mineralógica do metamorfismo de rochas representativas do ofiolito, foram utilizadas análises químicas por microssonda eletrônica e geoquímica de rocha total. Hornblenda, turmalina e cromita são os principais minerais indicadores da evolução tectônica e pós-tectônica das rochas da região. Hornblenda é encontrada em anfibolito, Formação Arroio Lajeadinho, em duas fases metamórficas: M1 como tschermakita, e M2 como magnesiohornblenda. O mineral também é encontrado na rocha metavulcanoclástica, Formação Campestre, como magnesiohornblenda, com tendência indicando aumento de álcalis (site A) e Al, Fe e Ti (site C) entre a primeira e segunda geração. Outra ocorrência da magnesiohornblenda é no Diorito Capivaras, Complexo Cambaí, com diminuição de álcalis no site A e aumento de Al, Fe e Ti no site C entre a primeira e segunda geração. Turmalina é classificada como dravita e está relacionada ao cloritito de blackwall. Cromita ocorre em cromita-talco-magnesita granofels e possui textura corona de magnetita. Todas essas características dos minerais citados indicam duas fases de metamorfismo em fácies anfibolito inferior e a ocorrência de metassomatitos no ofiolito. Por meio de aerogeofísica, foi possível delimitar as unidades estratigráficas com características químicas e magnéticas significativamente distintas. |
publishDate |
2020 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2020 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2023-09-28T03:36:43Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10183/265374 |
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv |
001177783 |
url |
http://hdl.handle.net/10183/265374 |
identifier_str_mv |
001177783 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) instacron:UFRGS |
instname_str |
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
instacron_str |
UFRGS |
institution |
UFRGS |
reponame_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
collection |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
bitstream.url.fl_str_mv |
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/265374/2/001177783.pdf.txt http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/265374/1/001177783.pdf |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
663a47dbd83c4fc82cb837ae55de836f e772590e1a9dfcd4d4eb561a9973a9a0 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
repository.mail.fl_str_mv |
lume@ufrgs.br||lume@ufrgs.br |
_version_ |
1810085629501898752 |