Paracoccidioidomicose : tomografia computadorizada de alta resolução no estudo das alterações pleuro-pulmonares e mediastinais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Kauer, Carmen Lucia
Data de Publicação: 2000
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/184867
Resumo: O estudo avalia as alterações pleuro-pulmonares e mediastinais detectáveis pela tomografia computadorizada de alta resolução na paracoccidioidomicose com comprometimento pulmonar em momentos distintos da evolução da doença: na fase ativa previamente ao tratamento medicamentoso específico ou até 30 dias do seu início, e na fase inativa, a partir do 6° mês (em média, 11,53 meses após). Foram acompanhados 37 pacientes (de 32 a 68 anos) com envolvimento pulmonar crônico por, em média, 29,60 ± 11,21 meses. No total, foram analisadas 60 tomografias, 28 na fase ativa da doença e 32 na fase inativa, sendo que 23 pacientes realizaram exames nas duas fases e 14 somente em uma delas. Utilizaram-se cortes axiais de 2mm, com intervalo de 10mm, no sentido crânio-caudal, em cuja reconstituição usou-se algoritmo de alta freqüência espacial. Os cortes foram fotografados em duas janelas de densidades apropriadas ao estudo do pulmão, parênquima pulmonar e mediastino (120 V; 2 s; 80 a 130 mA). Os achados mais freqüentemente detectados na fase ativa da doença foram: 1) espessamento de septos interlobulares (96,43%); 2) nódulos (92,86%); 3) consolidação (71,43%); 4) enfisema (67,86%); 5) espessamento de paredes brônquicas (64,29%); 6) distorção da arquitetura broncovascular (60,71% ); 7)espessamento pleural (57,14%); 8) bolha (46,42 %); 9) bronquiectasias (42,86%); 10) linfonodomegalias (39,29%); 11) cavidades (35,71 %); 12) opacidade em vidro despolido (32,14%); 13) retração pleural (32,14%); 14) tree-in-bud (17,86%); 15) faveolamento e alterações fibróticas (14,29%). Em nenhum caso identificou-se pneumotórax espontâneo e/ ou derrame pleural. Em relação aos achados detectados no exame feito após o tratamento, verificou-se tendência 1) em manter a mesma quantidade de nódulos, com dimensões semelhantes, à detectada na fase ativa, mas com contornos bem-definidos mais freqüentemente; 2) em manter a presença de consolidação, mas em menos áreas; 3) em reduzir a presença e extensão de espessamento de paredes brônquicas; 4) em reduzir a quantidade de cavidades, sem alteração no seu diâmetro; 5) em reduzir a quantidade de bronquiectasias; 6) em reduzir a presença de linfonodomegalias; 7) em reduzir a quantidade de áreas com opacidade em vidro despolido; 8) em manter múltiplas áreas com espessamento de septos interlobulares. Predominaram as alterações de distribuição difusa, nos campos médios, bilaterais, nas regiões posteriores. Em três pacientes detectou-se bola fúngica na tomografia, sendo que em um identificou-se A.fumigatus no material obtido através da punção pulmonar transcutânea. A tomografia permite uma avaliação objetiva do tipo, extensão, distribuição, intensidade, localização e tamanho das alterações pleuro-pulmonares na paracoccidioidomicose, mas não identifica um achado ou característica que possa ser utilizado como critério para definir .doença ativa ou inativa. O estudo não detectou, no que se refere às variáveis analisadas, diferença estatísticamente significante (P Fischer • 1,00) entre as proporções iniciais encontradas na fase ativa da doença quando comparadas com as finais (fase inativa).
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