Escala de avaliação do risco de infecção no adulto hospitalizado : desenvolvimento e validação
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/238230 |
Resumo: | As Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) constituem um risco significativo à saúde dos pacientes, podendo reduzir a qualidade de vida dos indivíduos e seus familiares. Uma das principais maneiras de prevenir eventos adversos é a identificação de riscos. Acredita-se que essa identificação pode ser realizada por meio de escalas de avaliação de risco. Este estudo teve por objetivo desenvolver e estimar a validade de uma escala de avaliação do risco de infecção no adulto hospitalizado. A pesquisa foi conduzida em três etapas. A primeira etapa fundamentou-se em uma revisão sistemática com meta-análise. Na segunda etapa foi realizada a validação de aparência e conteúdo por 23 especialistas, adotaram-se para a análise o Índice de Validade de Conteúdo (IVC) e o Coeficiente de fidedignidade alfa de Cronbach. A terceira etapa foi desenvolvida através de um estudo de coorte prospectivo, nas unidades clínica, cirúrgica e emergência, de um hospital universitário do Sul do Brasil, de novembro a junho de 2017. Foram acompanhadas 278 pessoas com idade ≥18 anos, sem infecção, com internação ≥72 horas, até a alta, óbito ou infecção. O procedimento analítico foi realizado por meio da Validade de Constructo, a Validade de Critério Preditiva (VCP) e a Avaliação da Fidedignidade. Os dados foram analisados no software Stata 11.1®. O estudo foi aprovado em Comitê de Ética (nº 160231). Os resultados da primeira etapa permitiram identificar 15 fatores de risco independentemente associados com IRAS no adulto hospitalizado, os quais foram transformados em itens precursores da primeira versão da escala, alocados em duas dimensões: fatores intrínsecos e fatores extrínsecos. Na segunda etapa estabeleceu-se o IVC dos itens, obtendo-se valores entre 0,83 e 1,0. O IVC médio da escala foi de 0,90 e o coeficiente alfa de Cronbach foi de 0,80. Essa etapa deu origem à segunda versão da escala. Na terceira etapa, encontrou-se uma estrutura de dois fatores com explicação de 77,2% da variância total. O ponto de corte ≥17 obteve o melhor resultado para predizer o risco de IRAS. A capacidade discriminatória da escala para identificar os pacientes infectados obteve uma área sob a curva ROC (Receiver Operating Characteristic) de 0,710. A análise de regressão logística múltipla mostrou uma associação entre o escore da escala e a predição de desenvolvimento de IRAS após o ajuste para comorbidades, internação previa, cirurgia durante a internação e procedimentos invasivos (OR: 1,12; IC 95%: 1,01-1,25). O coeficiente alfa de Cronbach foi de 0,71. A reprodutibilidade inter-avaliador mostrou-se alta (CCI: 0,98; IC 95%: 0,98-0,99). A média de diferenças entre a primeira e segunda avaliação da escala foi de -0,036, com limites de concordância de 95% de Bland & Altman de 1,28; -1,36. Essa etapa direcionou a versão final da escala com 15 itens distribuídos em duas dimensões. Os resultados obtidos nesta pesquisa indicam que a escala é uma ferramenta válida e confiável para avaliar o risco de infecção no adulto hospitalizado. Assim, espera-se que se possa converter em um instrumento útil no âmbito da prática, ensino e pesquisa. |
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Acelas, Alba Luz RodriguezAlmeida, Miriam de Abreu2022-05-04T04:46:38Z2017http://hdl.handle.net/10183/238230001062609As Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) constituem um risco significativo à saúde dos pacientes, podendo reduzir a qualidade de vida dos indivíduos e seus familiares. Uma das principais maneiras de prevenir eventos adversos é a identificação de riscos. Acredita-se que essa identificação pode ser realizada por meio de escalas de avaliação de risco. Este estudo teve por objetivo desenvolver e estimar a validade de uma escala de avaliação do risco de infecção no adulto hospitalizado. A pesquisa foi conduzida em três etapas. A primeira etapa fundamentou-se em uma revisão sistemática com meta-análise. Na segunda etapa foi realizada a validação de aparência e conteúdo por 23 especialistas, adotaram-se para a análise o Índice de Validade de Conteúdo (IVC) e o Coeficiente de fidedignidade alfa de Cronbach. A terceira etapa foi desenvolvida através de um estudo de coorte prospectivo, nas unidades clínica, cirúrgica e emergência, de um hospital universitário do Sul do Brasil, de novembro a junho de 2017. Foram acompanhadas 278 pessoas com idade ≥18 anos, sem infecção, com internação ≥72 horas, até a alta, óbito ou infecção. O procedimento analítico foi realizado por meio da Validade de Constructo, a Validade de Critério Preditiva (VCP) e a Avaliação da Fidedignidade. Os dados foram analisados no software Stata 11.1®. O estudo foi aprovado em Comitê de Ética (nº 160231). Os resultados da primeira etapa permitiram identificar 15 fatores de risco independentemente associados com IRAS no adulto hospitalizado, os quais foram transformados em itens precursores da primeira versão da escala, alocados em duas dimensões: fatores intrínsecos e fatores extrínsecos. Na segunda etapa estabeleceu-se o IVC dos itens, obtendo-se valores entre 0,83 e 1,0. O IVC médio da escala foi de 0,90 e o coeficiente alfa de Cronbach foi de 0,80. Essa etapa deu origem à segunda versão da escala. Na terceira etapa, encontrou-se uma estrutura de dois fatores com explicação de 77,2% da variância total. O ponto de corte ≥17 obteve o melhor resultado para predizer o risco de IRAS. A capacidade discriminatória da escala para identificar os pacientes infectados obteve uma área sob a curva ROC (Receiver Operating Characteristic) de 0,710. A análise de regressão logística múltipla mostrou uma associação entre o escore da escala e a predição de desenvolvimento de IRAS após o ajuste para comorbidades, internação previa, cirurgia durante a internação e procedimentos invasivos (OR: 1,12; IC 95%: 1,01-1,25). O coeficiente alfa de Cronbach foi de 0,71. A reprodutibilidade inter-avaliador mostrou-se alta (CCI: 0,98; IC 95%: 0,98-0,99). A média de diferenças entre a primeira e segunda avaliação da escala foi de -0,036, com limites de concordância de 95% de Bland & Altman de 1,28; -1,36. Essa etapa direcionou a versão final da escala com 15 itens distribuídos em duas dimensões. Os resultados obtidos nesta pesquisa indicam que a escala é uma ferramenta válida e confiável para avaliar o risco de infecção no adulto hospitalizado. Assim, espera-se que se possa converter em um instrumento útil no âmbito da prática, ensino e pesquisa.Healthcare-Associated Infections (HAIs) are a significant risk to patients' health, and may reduce the quality of life of individuals and their families. One of the main ways to prevent adverse events is to identify risks. It is believed that this identification can be performed though risk assessment scales. The objective of this study was to develop and estimate the validity of an infection risk assessment scale in the hospitalized adult. The research was conducted in three stages. The first step was based on a systematic review with meta-analysis. The second step was the validation of appearance and content performed by 23 experts, the content validity index (CVI) and Cronbach's alpha reliability coefficient were used for the analysis. The third step was developed through a prospective cohort study, in the clinical, surgical and emergency units of a university hospital in the South of Brazil, from November to June 2017. A total of 278 people aged ≥18 years were followed, without infection, with hospitalization ≥72 hours, until discharge, death or infection. The analytical procedure was performed using Construct Validity, Validity of Predictive Criterion (VPC) and Reliability Assessment. The data were analysed in the Stata 11.1® software. The study was approved by the Ethics Committee (n° 160231). From the analysis of the first stage, 15 risk factors independently associated with HAIs in hospitalized adults were identified, which were transformed in the items precursors of the first version of the scale, allocated in two dimensions: intrinsic factors and extrinsic factors. In the second stage, the CVI of the items was established, obtaining values between 0.83 and 1.0. The mean CVI of the scale was 0.90 and the Cronbach's alpha coefficient was 0.80. This step originated the second version of the scale. In the third step, a two-factor structure was found explaining 77.2% of the total variance. The cut-off point ≥17 obtained the best result to predict the risk of HAIs. The discriminatory ability of the scale to identify infected patients obtained an area under the ROC (Receiver Operating Characteristic) curve of 0.710. Multiple logistic regression analysis showed an association between the scoring of the scale and the prediction of HAIs development after adjustment for comorbidities, prior hospitalization, surgery during hospitalization and invasive procedures (OR: 1.12, 95% CI: 1, 01-1.25). Cronbach's alpha coefficient was 0.71. The inter-rater reproducibility was high (ICC: 0.98, 95% CI: 0.98-0.99). The mean differences between the first and second scale assessments were -0.036, with Bland & Altman's 95% concordance limits of 1.28; -1.36. This step directed the final version of the scale with 15 items distributed in two dimensions. The results obtained in this research indicate that the scale is a valid and reliable tool to evaluate the risk of infection in hospitalized adults. Thus, it is expected that it can become a useful instrument in the field of practice, teaching or research.application/pdfporControle de infecçõesPaciente adultoEstudos de validaçãoRisk factorsValidation studiesRisk assessmentInpatientsControlAdultEscala de avaliação do risco de infecção no adulto hospitalizado : desenvolvimento e validaçãoScale for infection risk assessment in the hospitalized adult : development and validationinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulEscola de EnfermagemPrograma de Pós-Graduação em EnfermagemPorto Alegre, BR-RS2017doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001062609.pdf.txt001062609.pdf.txtExtracted Texttext/plain288362http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/238230/2/001062609.pdf.txt744885266ef84e2cf1d5048fe0ae58c1MD52ORIGINAL001062609.pdfTexto completoapplication/pdf3928774http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/238230/1/001062609.pdf7b0dd39c78b98286853413850fcf556cMD5110183/2382302022-05-06 04:39:57.536223oai:www.lume.ufrgs.br:10183/238230Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532022-05-06T07:39:57Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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As Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) constituem um risco significativo à saúde dos pacientes, podendo reduzir a qualidade de vida dos indivíduos e seus familiares. Uma das principais maneiras de prevenir eventos adversos é a identificação de riscos. Acredita-se que essa identificação pode ser realizada por meio de escalas de avaliação de risco. Este estudo teve por objetivo desenvolver e estimar a validade de uma escala de avaliação do risco de infecção no adulto hospitalizado. A pesquisa foi conduzida em três etapas. A primeira etapa fundamentou-se em uma revisão sistemática com meta-análise. Na segunda etapa foi realizada a validação de aparência e conteúdo por 23 especialistas, adotaram-se para a análise o Índice de Validade de Conteúdo (IVC) e o Coeficiente de fidedignidade alfa de Cronbach. A terceira etapa foi desenvolvida através de um estudo de coorte prospectivo, nas unidades clínica, cirúrgica e emergência, de um hospital universitário do Sul do Brasil, de novembro a junho de 2017. Foram acompanhadas 278 pessoas com idade ≥18 anos, sem infecção, com internação ≥72 horas, até a alta, óbito ou infecção. O procedimento analítico foi realizado por meio da Validade de Constructo, a Validade de Critério Preditiva (VCP) e a Avaliação da Fidedignidade. Os dados foram analisados no software Stata 11.1®. O estudo foi aprovado em Comitê de Ética (nº 160231). Os resultados da primeira etapa permitiram identificar 15 fatores de risco independentemente associados com IRAS no adulto hospitalizado, os quais foram transformados em itens precursores da primeira versão da escala, alocados em duas dimensões: fatores intrínsecos e fatores extrínsecos. Na segunda etapa estabeleceu-se o IVC dos itens, obtendo-se valores entre 0,83 e 1,0. O IVC médio da escala foi de 0,90 e o coeficiente alfa de Cronbach foi de 0,80. Essa etapa deu origem à segunda versão da escala. Na terceira etapa, encontrou-se uma estrutura de dois fatores com explicação de 77,2% da variância total. O ponto de corte ≥17 obteve o melhor resultado para predizer o risco de IRAS. A capacidade discriminatória da escala para identificar os pacientes infectados obteve uma área sob a curva ROC (Receiver Operating Characteristic) de 0,710. A análise de regressão logística múltipla mostrou uma associação entre o escore da escala e a predição de desenvolvimento de IRAS após o ajuste para comorbidades, internação previa, cirurgia durante a internação e procedimentos invasivos (OR: 1,12; IC 95%: 1,01-1,25). O coeficiente alfa de Cronbach foi de 0,71. A reprodutibilidade inter-avaliador mostrou-se alta (CCI: 0,98; IC 95%: 0,98-0,99). A média de diferenças entre a primeira e segunda avaliação da escala foi de -0,036, com limites de concordância de 95% de Bland & Altman de 1,28; -1,36. Essa etapa direcionou a versão final da escala com 15 itens distribuídos em duas dimensões. Os resultados obtidos nesta pesquisa indicam que a escala é uma ferramenta válida e confiável para avaliar o risco de infecção no adulto hospitalizado. Assim, espera-se que se possa converter em um instrumento útil no âmbito da prática, ensino e pesquisa. |
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