Perfil microbiológico dos pacientes diagnosticados com epidermólise bolhosa congênita
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/202517 |
Resumo: | Objetivos: Epidermólise Bolhosa Congênita (EBC) é um grupo heterogêneo de genodermatoses caracterizado por fragilidade da pele e mucosas que leva à formação de bolhas e erosões. Infecção é uma das principais complicações associadas à doença, e a sepse permanece como importante causa de mortalidade entre os pacientes. Nosso objetivo neste estudo foi investigar e analisar aspectos bacteriológicos de colonização dos pacientes com EBC. Métodos: Realizamos um estudo transversal no Departamento de Dermatologia da UFCSPA, que recrutou pacientes com EBC provenientes de diferentes regiões do país, durante um período de dois anos. Dados clínicos foram coletados através de anamnese e exame físico/dermatológico. A investigação bacteriológica foi realizada em espécimes clínicos coletados de cinco sítios corporais através de swabs. Presença de Staphylococcus aureus e Pseudomonas aeruginosa foi confirmada por testes bioquímicos. Isolados de S. aureus foram adicionalmente investigados quanto à presença dos genes nuc e mecA, através da técnica de PCR, e quanto ao perfil de suscetibilidade antimicrobiana, através do método disco difusão. Resultados: Oitenta e nove pacientes com EBC foram incluídos no estudo. S. aureus foi o agente mais frequentemente encontrado colonizando todos os sítios investigados, com uma prevalência geral de 51,7%. Pacientes colonizados por S. aureus nas narinas e no umbigo apresentaram um risco 3,4 vezes superior de também apresentar o agente nas lesões de pele. O gene mecA, que codifica resistência à meticilina, foi verificado em 24,7% de todos os isolados de S. aureus (MRSA). A frequência de colonização por MRSA entre nossos pacientes foi 15,7%. Pseudomonas aeruginosa foi identificada em 9% da nossa amostra. Conclusões: Este foi o primeiro estudo brasileiro sobre colonização microbiana em pacientes com EBC. As altas taxas de colonização pelo S. aureus e, em especial, pela sua variante MRSA, reforçam a necessidade de se conhecer o perfil bacteriológico dessa população específica, para a instituição de tratamentos mais eficazes, com menor risco de cronificação de feridas e de complicações infecciosas graves. |
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Santin, Juliana TosettoFaccini, Lavinia SchulerBau, Ana Elisa Kiszewski2019-12-17T04:00:42Z2019http://hdl.handle.net/10183/202517001102059Objetivos: Epidermólise Bolhosa Congênita (EBC) é um grupo heterogêneo de genodermatoses caracterizado por fragilidade da pele e mucosas que leva à formação de bolhas e erosões. Infecção é uma das principais complicações associadas à doença, e a sepse permanece como importante causa de mortalidade entre os pacientes. Nosso objetivo neste estudo foi investigar e analisar aspectos bacteriológicos de colonização dos pacientes com EBC. Métodos: Realizamos um estudo transversal no Departamento de Dermatologia da UFCSPA, que recrutou pacientes com EBC provenientes de diferentes regiões do país, durante um período de dois anos. Dados clínicos foram coletados através de anamnese e exame físico/dermatológico. A investigação bacteriológica foi realizada em espécimes clínicos coletados de cinco sítios corporais através de swabs. Presença de Staphylococcus aureus e Pseudomonas aeruginosa foi confirmada por testes bioquímicos. Isolados de S. aureus foram adicionalmente investigados quanto à presença dos genes nuc e mecA, através da técnica de PCR, e quanto ao perfil de suscetibilidade antimicrobiana, através do método disco difusão. Resultados: Oitenta e nove pacientes com EBC foram incluídos no estudo. S. aureus foi o agente mais frequentemente encontrado colonizando todos os sítios investigados, com uma prevalência geral de 51,7%. Pacientes colonizados por S. aureus nas narinas e no umbigo apresentaram um risco 3,4 vezes superior de também apresentar o agente nas lesões de pele. O gene mecA, que codifica resistência à meticilina, foi verificado em 24,7% de todos os isolados de S. aureus (MRSA). A frequência de colonização por MRSA entre nossos pacientes foi 15,7%. Pseudomonas aeruginosa foi identificada em 9% da nossa amostra. Conclusões: Este foi o primeiro estudo brasileiro sobre colonização microbiana em pacientes com EBC. As altas taxas de colonização pelo S. aureus e, em especial, pela sua variante MRSA, reforçam a necessidade de se conhecer o perfil bacteriológico dessa população específica, para a instituição de tratamentos mais eficazes, com menor risco de cronificação de feridas e de complicações infecciosas graves.Objective: Epidermolysis bullosa (EB) is a large heterogeneous group of genodermatosis characterized by skin and mucosal fragility that leads to blister and erosion formation. One of the most common complications of the disease is infection and sepsis still figures as an important cause of death among this patients. Our aim was to investigate and analyze bacteriological aspects of colonization of patients with EB in our country. Methods: We conducted a cross-sectional study at the Department of Dermatology from UFCSPA, recruiting patients with EB from different regions of Brazil, during a 2-year period. Clinical data was obtained through anamnesis and physical/dermatological examination. Bacteriological investigation was performed in clinical specimens collected through swabs from 5 body sites. Presence of Staphylococcus aureus and Pseudomonas aeruginosa was confirmed by biochemical tests. S. aureus isolates were further submitted to nuc and mecA genes investigation by PCR assay and also to antimicrobial susceptibility analysis by disk diffusion method. Results: Eighty-nine patients with EB were included in our study. S. aureus was the most frequent agent founded colonizing all body sites, with an overall prevalence of 51.7%. Patients with S. aureus colonization of the anterior nares and bellly button had a 3.4 times higher risk of also having skin lesions colonized by the same agent. The mecA gene was seen in 24.7% of all S. aureus isolates. Frequency of colonization by MRSA among our patients was 15.7%. Pseudomonas aeruginosa was identified in 9% of our sample. Conclusions: This was the first study on microbiological aspects of colonization of EB patients in Brazil. The high colonization rates by S. aureus in this population, especially by its MRSA variant, emphasize the importance of new medical approaches in order to minimize risks of wound healing delay and life-threatening infections.application/pdfporStaphylococcus aureusEpidermólise bolhosaResistência à meticilinaMicrobiologiaContagem de colônia microbianaPseudomonas aeruginosaInfecções por PseudomonasInherited epidermolysis bullosaGenodermatosisInfectionColonizationStaphylococcus aureusAntimicrobial resistancePerfil microbiológico dos pacientes diagnosticados com epidermólise bolhosa congênitainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPrograma de Pós-Graduação em Saúde da Criança e do AdolescentePorto Alegre, BR-RS2019mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001102059.pdf.txt001102059.pdf.txtExtracted Texttext/plain256972http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/202517/2/001102059.pdf.txte1f96263af97be198973f0716f512bc3MD52ORIGINAL001102059.pdfTexto completoapplication/pdf1839386http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/202517/1/001102059.pdf9816b3a0d680236fe8fcf9873192119cMD5110183/2025172022-11-06 05:37:53.048291oai:www.lume.ufrgs.br:10183/202517Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532022-11-06T07:37:53Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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