Progressão do ceratocone após implante de anel corneano intraestromal
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/212669 |
Resumo: | Introdução: Entre as opções disponíveis para o tratamento do ceratocone, o implante de anel corneano intraestromal (ICRS) mostra-se um procedimento muito útil no tratamento da doença, reduzindo a curvatura corneana, o astigmatismo irregular, e, potencialmente, melhorando a visão. Contudo, os efeitos a longo prazo na progressão do ceratocone ainda não são completamente compreendidos, principalmente com relação a influência da idade na estabilização da doença após o procedimento. Materiais e Métodos: Estudo retrospectivo longitudinal que avaliou pacientes com ceratocone que se submeteram ao implante de anel corneano entre 2004 e 2012. O objetivo do estudo foi avaliar os efeitos a longo prazo do implante de ICRS de acordo com a idade de realização do procedimento. Resultados: Foram avaliados retrospectivamente 34 olhos de 28 pacientes durante 5 anos. A idade média dos 21 homens e 7 mulheres foi de 20,59 ± 4,65 anos (9 a 30 anos). A acuidade visual com correção melhorou de 0,32 ± 0,19 no pré-operatório para 0,46 ± 0,27 três meses após. Houve uma redução significativa nos valores ceratométricos após o implante de ICRS, que se mantiveram estáveis durante os 5 anos de acompanhamento, analisando-se todo o grupo. Entre os 34 casos analisados, em 9 (26%) houve sinais de progressão do ceratocone. Em 8 dos 9 casos de progressão documentada, os pacientes tinham menos de 22 anos. Conclusões: Em nossa série de casos, o implante de ICRS mostrou-se uma excelente alternativa para reduzir a curvatura corneana e melhorar a acuidade visual em todas as idades. Contudo, a técnica não mostrou-se suficiente para estabilizar a doença, especialmente em pacientes jovens com formas mais agressivas da doença. |
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Araujo, Bruno Schneider deMarinho, Diane Ruschel2020-08-05T03:39:20Z2018http://hdl.handle.net/10183/212669001116196Introdução: Entre as opções disponíveis para o tratamento do ceratocone, o implante de anel corneano intraestromal (ICRS) mostra-se um procedimento muito útil no tratamento da doença, reduzindo a curvatura corneana, o astigmatismo irregular, e, potencialmente, melhorando a visão. Contudo, os efeitos a longo prazo na progressão do ceratocone ainda não são completamente compreendidos, principalmente com relação a influência da idade na estabilização da doença após o procedimento. Materiais e Métodos: Estudo retrospectivo longitudinal que avaliou pacientes com ceratocone que se submeteram ao implante de anel corneano entre 2004 e 2012. O objetivo do estudo foi avaliar os efeitos a longo prazo do implante de ICRS de acordo com a idade de realização do procedimento. Resultados: Foram avaliados retrospectivamente 34 olhos de 28 pacientes durante 5 anos. A idade média dos 21 homens e 7 mulheres foi de 20,59 ± 4,65 anos (9 a 30 anos). A acuidade visual com correção melhorou de 0,32 ± 0,19 no pré-operatório para 0,46 ± 0,27 três meses após. Houve uma redução significativa nos valores ceratométricos após o implante de ICRS, que se mantiveram estáveis durante os 5 anos de acompanhamento, analisando-se todo o grupo. Entre os 34 casos analisados, em 9 (26%) houve sinais de progressão do ceratocone. Em 8 dos 9 casos de progressão documentada, os pacientes tinham menos de 22 anos. Conclusões: Em nossa série de casos, o implante de ICRS mostrou-se uma excelente alternativa para reduzir a curvatura corneana e melhorar a acuidade visual em todas as idades. Contudo, a técnica não mostrou-se suficiente para estabilizar a doença, especialmente em pacientes jovens com formas mais agressivas da doença.Background: Among keratoconus treatment options, ICRS have been found to be useful in correcting keratoconus by reducing corneal steepening and decreasing irregular astigmatism thus potentially improving the visual acuity. However, its long-term effects in keratoconus progression are not completely understood, mainly concerning to the effects of age in ICRS implantation results. Materials and methods: A longitudinal retrospective study that evaluated patients with keratoconus who underwent corneal ring implantation between 2004 and 2012. The aim of study was evaluate long-term effects of the ICRS implantation according to the age of ICRS implantation. Results: We evaluated 34 eyes of 28 patients for 5 years postoperatively. The mean age of the 21 men and 7 women was 20.59 ± 4.65 years (range 9 to 30 years). Best-spectacle corrected visual acuity (BSCVA) improved from 0.32 ± 0.19 in the preoperative period to 0.46 ± 0.27 three months postoperatively. Up to five years of follow-up there was no significant difference in the mean visual acuity of the group. There was a significant reduction in the keratometric values after corneal ring implantation. After that, during the 5 years of follow-up there were no significant changes in the keratometric measurements. Among the 34 cases analyzed, in 9 (26%) there were signs of disease progression. In 8 of the 9 documented progression cases, patients were younger than 22 years. Conclusion: In our series of cases, corneal ring implantation has been shown to be an excellent technique to reduce corneal curvature and improve visual acuity at all ages. However, the technique has not shown to stabilize the disease, especially in young patients with more aggressive forms of the disease.application/pdfporCeratoconeEstudos longitudinaisPróteses e implantesCórneaProgressão do ceratocone após implante de anel corneano intraestromalinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPrograma de Pós-Graduação em Medicina: Ciências CirúrgicasPorto Alegre, BR-RS2018mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001116196.pdf.txt001116196.pdf.txtExtracted Texttext/plain70771http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/212669/2/001116196.pdf.txtc7a94d2f58360c78a5aa5b61a333126bMD52ORIGINAL001116196.pdfTexto completoapplication/pdf424072http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/212669/1/001116196.pdffd9451d1d0ae03bb7dd4d8a7f3e60486MD5110183/2126692020-08-06 03:37:26.63342oai:www.lume.ufrgs.br:10183/212669Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532020-08-06T06:37:26Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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