Os gêneros Deconica (W.G.Sm.) P.Karst.e Psilocybe (Fr.) P. Kumm. (Agaricales) na região Sul do Brasil : contribuíção á sua filogenia com bases morfológicas, moleculares e químicas
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/78755 |
Resumo: | Psilocybe (Fr.) P. Kumm. (Basidiomycota, Agaricales, Strophariaceae), no sentido amplo, inclui espécies psicotrópicas e não psicotrópicas. Estudos moleculares recentes indicaram que, devido à presença e ausência de alcalóides alucinógenos, essas espécies correspondem a dois gêneros distintos, Psilocybe sensu strictu e Deconica (W. G. Sm.) P. Karst., respectivamente. Ambos os gêneros incluem espécies saprofíticas, distribuídas em todo o mundo; compartilham uma série de caracteres morfológicos, como píleo convexo a campanulado, às vezes umbonado, de coloração creme a marrom, lamelas adnexas, sinuadas ou adnatas, marrons a vináceas, esporada marrom a vinácea, basidiósporos de parede lisa, marrons a amarelados, presença ou ausência de pleurocistídios e queilocistídios sempre presentes. Este estudo trata de uma revisão dos dois gêneros no sul do Brasil, objetivando incrementar o conhecimento de sua diversidade e distribuição, além de fornecer dados morfológicos, moleculares e químicos de algumas espécies estudadas, para uma melhor compreensão de sua sistemática. O estudo morfológico revelou a ocorrência de 22 táxons de Psilocybe s.l. para a Região Sul do Brasil. Psilocybe aerugineomaculans e P. subaeruginascens representam novos registros para o continente americano; Psilocybe yungensis e P. hoogshagenii var. convexa são novos registros para o Brasil; Deconica musacearum e D. venezuelana são citados pela primeira vez para o Rio Grande do Sul; Deconica coprophila é registrado pela primeira vez para Santa Catarina; Deconica horizontalis e D. singeriana são novos registros para o Paraná; quatro novas combinações são propostas; Psilocybe araucariicola é proposta como nova espécie para a ciência. A análise de culturas de algumas espécies de Psilocybe s.l. revelou diferenças na forma das colônias, taxas de crescimento e algumas características micromorfológicas, como presença de cistídios e hifas diferenciadas. Na análise molecular, foram obtidas 19 novas sequencias (correspondendo a 15 diferentes espécies) da região ITS do rDNA. Os resultados revelam dois subgrupos em Deconica. Na avaliação química de algumas das espécies, Psilocybe caeruleoannulata e P. cubensis apresentaram resultado positivo para a presença de psilocibina e psilocina, enquanto todas as espécies de Deconica testadas apresentaram resultado negativo. |
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Silva, Paula Santos daSilveira, Rosa Mara Borges daGuzmán-Daválos, Laura2013-10-09T01:48:21Z2013http://hdl.handle.net/10183/78755000892458Psilocybe (Fr.) P. Kumm. (Basidiomycota, Agaricales, Strophariaceae), no sentido amplo, inclui espécies psicotrópicas e não psicotrópicas. Estudos moleculares recentes indicaram que, devido à presença e ausência de alcalóides alucinógenos, essas espécies correspondem a dois gêneros distintos, Psilocybe sensu strictu e Deconica (W. G. Sm.) P. Karst., respectivamente. Ambos os gêneros incluem espécies saprofíticas, distribuídas em todo o mundo; compartilham uma série de caracteres morfológicos, como píleo convexo a campanulado, às vezes umbonado, de coloração creme a marrom, lamelas adnexas, sinuadas ou adnatas, marrons a vináceas, esporada marrom a vinácea, basidiósporos de parede lisa, marrons a amarelados, presença ou ausência de pleurocistídios e queilocistídios sempre presentes. Este estudo trata de uma revisão dos dois gêneros no sul do Brasil, objetivando incrementar o conhecimento de sua diversidade e distribuição, além de fornecer dados morfológicos, moleculares e químicos de algumas espécies estudadas, para uma melhor compreensão de sua sistemática. O estudo morfológico revelou a ocorrência de 22 táxons de Psilocybe s.l. para a Região Sul do Brasil. Psilocybe aerugineomaculans e P. subaeruginascens representam novos registros para o continente americano; Psilocybe yungensis e P. hoogshagenii var. convexa são novos registros para o Brasil; Deconica musacearum e D. venezuelana são citados pela primeira vez para o Rio Grande do Sul; Deconica coprophila é registrado pela primeira vez para Santa Catarina; Deconica horizontalis e D. singeriana são novos registros para o Paraná; quatro novas combinações são propostas; Psilocybe araucariicola é proposta como nova espécie para a ciência. A análise de culturas de algumas espécies de Psilocybe s.l. revelou diferenças na forma das colônias, taxas de crescimento e algumas características micromorfológicas, como presença de cistídios e hifas diferenciadas. Na análise molecular, foram obtidas 19 novas sequencias (correspondendo a 15 diferentes espécies) da região ITS do rDNA. Os resultados revelam dois subgrupos em Deconica. Na avaliação química de algumas das espécies, Psilocybe caeruleoannulata e P. cubensis apresentaram resultado positivo para a presença de psilocibina e psilocina, enquanto todas as espécies de Deconica testadas apresentaram resultado negativo.Psilocybe (Fr.) P. Kumm. (Basidiomycota, Agaricales, Strophariaceae), in a broad sense, includes psychotropic and non-psychotropic species. Recent molecular studies indicated that, due to the presence and absence of hallucinogenic alkaloids, these species correspond to two distinct genera, Psilocybe sensu strictu and Deconica (W. G. Sm.) P. Karst., respectively. Both genera include saprophytic species, worldwide distributed; they share a set of morphological features, such as convex to campanulate pileus, sometimes umbonate, brown to cream coloration, adnexed, sinuate or adnate lamellae, brown to lilaceous brown lamellae, brown to lilaceous brown spore print, smooth walled basidiospores, brown to yellowish, presence or absence of pleurocystidia, and cheilocystidia always present. This study comprises a revision of the two genera in southern Brazil, aiming to increase the knowledge on their diversity and distribution, besides providing morphological, chemical and molecular data of some studied species, for better understanding their systematic. The morphological study revealed the occurrence of 22 taxa of Psilocybe s.l. from southern Brazil. Psilocybe aerugineomaculans and P. subaeruginascens are first recorded from America; Psilocybe yungensis and P. hoogshagenii var. convexa represent first records from Brazil; Deconica musacearum and D. venezuelana are reported as new from Rio Grande do Sul; Deconica coprophila is first recorded from Santa Catarina; Deconica horizontalis and D. singeriana are first records from Paraná; four new combinations are proposed; Psilocybe araucariicola is proposed as new for science. The cultural study of some Psilocybe s.l. species revealed differences on colonies morphology, growth rates, and some micromorphological features, as presence of mycelial cystidia and hyphal modifications. In molecular analysis 19 new rDNA ITS sequences were obtained, corresponding to 15 species. The results revealed two subgroups in Deconica. In chemical evaluation of some species, P. caeruleoannulata and P. cubensis presented positive results for psilocybin and psilocin, while all Deconica species tested presented negative results.application/pdfporFitogeografia : Brasil : Regiao sulTesesFungos : AgaricalesDiversitySystematicSouthern BrazilOs gêneros Deconica (W.G.Sm.) P.Karst.e Psilocybe (Fr.) P. Kumm. (Agaricales) na região Sul do Brasil : contribuíção á sua filogenia com bases morfológicas, moleculares e químicasThe genera Deconica (W. G. Sm.) P. Karst. and Psilocybe (Fr.) P. Kumm. (Agaricales) in southern Brazil : contribution to its phylogeny based on morphological, molecular and chemical datainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de BiociênciasPrograma de Pós-Graduação em BotânicaPorto Alegre, BR-RS2013doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000892458.pdf000892458.pdfTexto completoapplication/pdf5929393http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/78755/1/000892458.pdfa47443f3e65ff7a5f02077c7ec4341a3MD51TEXT000892458.pdf.txt000892458.pdf.txtExtracted Texttext/plain418225http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/78755/2/000892458.pdf.txte00ce2e8687bf1d217e0b6f4950a5b9aMD52THUMBNAIL000892458.pdf.jpg000892458.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg2294http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/78755/3/000892458.pdf.jpgaf83ba824a5da65633270b743ddb96c8MD5310183/787552018-10-17 08:57:09.386oai:www.lume.ufrgs.br:10183/78755Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-17T11:57:09Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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