Distúrbios psíquicos menores em trabalhadores de enfermagem de hospitais referência no atendimento à Covid-19

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Olino, Luciana
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/258420
Resumo: Introdução: a pandemia ocasionada pela Covid-19 tem proporcionado ambientes de trabalho estressantes e cansativos para os profissionais de enfermagem, tal situação pode expor-lhes ao desenvolvimento de Distúrbios Psíquicos Menores (DPM). Objetivo: analisar os fatores associados à presença de DPM entre trabalhadores de enfermagem que atuam na área hospitalar durante a na pandemia da Covid-19. Método: trata-se de um estudo multicêntrico, transversal, descritivo e analítico com abordagem quantitativa. Fizeram parte do estudo quatro hospitais que atendem pacientes acometidos pela Covid-19 no estado do Rio Grande do Sul. A amostra foi constituída de 845 trabalhadores de enfermagem de uma população de 6.899 (com nível de confiança de 96%). O formulário do Google Forms foi constituído por questionamentos acerca de dados sociodemográficos, laborais, hábitos de vida e o instrumento Self-Reporting Questionnaire (SRQ-20) para rastrear DPM. Os dados foram analisados pelo programa SPSS. Aplicou-se estatística descritiva, testes de Mann-Whitney e Qui-quadrado para associações entre as variáveis. Na análise multivariada, a força da associação foi analisada por meio do Modelo de Regressão de Poisson e expressa na Razão de Prevalência (IC 95%). Foram consideradas como diferenças estatisticamente significativas os dados com “p” bicaudal menor que 0,05. O projeto foi aprovado pelo ao Comitê de Ética em Pesquisa sob o parecer n° 4.152.027. Resultados: 84,9% dos trabalhadores de enfermagem pertenceram ao sexo feminino, com mediana de idade de 41 (36-48) anos. A prevalência de DPM foi de 49,3% associada ao aumento do consumo de álcool, a não prática de atividade física, ao início de medicação na pandemia, a não ter turno fixo de trabalho e ao medo sentido frente à exposição ao risco de contaminação (p<0,05). Conclusão: Detectou-se elevada prevalência de DPM, associada a hábitos laborais e de vida. É necessária a implantação de estratégias institucionais e políticas públicas com vistas a promover a saúde psíquica dos trabalhadores de enfermagem.
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