Educação e planejamento participativo em saúde : estudo comparativo de duas experiências em serviços de saúde comunitária : Porto Alegre e Montevidéu
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1999 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/252737 |
Resumo: | Este trabalho foi delineado a partir de problemáticas que surgem de minha experiência como odontóloga em uma equipe de saúde comunitária. E um estudo de caso comparativo, de natureza qualitativa, diabética e hermenêutica. Compreendo as experiências de planejamento participativo como processos educativos de construção de conhecimento crítico e intervenção criativa na realidade, onde se educariam profissionais de saúde e população. Busquei evidenciar as limitações e possibilidades destas experiências, tendo como principais referências teóricas Habermas e Paulo Freire. A teoria da ação habermasiana - articulada com a perspectiva pedagógica de Paulo Freire - ofereceria possibilidades significativas no planejamento em saúde. por sua capacidade de envolver diferentes atores e saberes numa perspectiva dialógica, problematizadora de busca de entendimento e solidariedade entre equipes e comunidades. A raiz/radição entre sísfema e mzzndo vivido - o contexto mais geral - se expressada nas experiências de planejamento participativo estudadas: o sistema, representadop elas instituições de saúde, suas políticas, sua burocracia, seus poderes; o mundo vivido, pela população, seus saberes, suas crenças, suas práticas em saúde. Os técnicos se encontrariam numa situação sui generis: formados e situados na perspectiva do sistema, onde predomina a racionalidade técnico-instrumental e estratégica, mas mergulhados também no seu mundo da vida e no da população, caracterizados pela racionalidade comunicativa. O estudo evidencia a co-existência de diferentes racionalidades nos espaços investigados, o que se expressa em contradições. Apesar da adversidade do contexto em que nos encontramos atualmente, acredito que as práticas de saúde comunitária poderiam ser tomadas como lugar de cultura, de significação, de (re)interpretação, de (re)construção, portanto, de constituição de sujeitos mais livres menos oprimidos, mais emancipados. Esta perspectiva colocaria a história nas praxis cotidianas como lugar de resistência e a emancipação já não se encontraria em nenhum lado - como defendem os neoliberais - mas, por isso mesmo, poderia situar-se em múltiplos lugares, tantos quantos permitam que o pensamento e a praxis críticos, éticos e criativos possam frutificar. |
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