Novas estratégias de combate a espécies patogênicas de Fusarium spp

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Batista, Bruna Gerardon
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/218109
Resumo: Fusarium spp. são fungos que vem emergindo como patógeno humano oportunista. A multirresistência de isolados de Fusarium spp. correlacionam-se com mal desfechos clínicos, e as poucas opções de terapêuticas dificultam um tratamento eficaz. Objetivos: tendo em vista essa problemática, buscou-se avaliar o potencial antifúngico de moléculas sintéticas de selenociantos alílicos frente a cepas de Fusarium spp. multirresistentes, estudar seu mecanismo de ação e potencial tóxico, assim como buscar uma nova estratégias para tratamento de fusariose utilizando moléculas de síntese inédita. Materiais e métodos: foi determinada a concentração inibitória mínima (CIM) de moléculas de selenocianatos alílicos por microdiluição; ensaio de sorbitol e ergosterol foi realizado para a determinação do mecanismo de ação; HET-CAM foi utilizado para verificação de possível potencial alergênico; viabilidade celular, ensaio do micronúcleo e ensaio cometa determinaram a toxicidade dessas moléculas; checkerboard determinou possíveis efeitos sinérgicos entre a molécula e antifúngicos comerciais comumente utilizados. Resultados: as moléculas de selenocianatos alílicos apresentaram baixos valores de CIM e possuem ação na membrana celular do fungo. Dentre as sete moléculas testadas apenas duas apresentaram potencial alergênico e a toxicidade é dose-dependente. Foi possível observar efeito sinérgico na associação de selenocianato alílico com antifúngico comercial. Conclusão: selenocianatos alílicos podem ser promissores como uma nova classe de antifúngicos devido a baixa concentração necessária de substância que possui capacidade para inibir o crescimento de Fusarium spp., a baixa toxicidade e alergenicidade reforça essa afirmação. O sinergismo com antifúngicos comerciais torna mais amplo o uso de tais moléculas.
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