Impacto da monitorização contínua da oximetria de pulso sobre a distância percorrida no teste de caminhada de seis minutos em pacientes com doenças respiratórias crônicas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Wagner, Litiele Evelin
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/254468
Resumo: Introdução: A última diretriz internacional que normatiza o teste de caminhada de seis minutos (TC6min) recomenda a monitorização contínua da oximetria de pulso (SpO2) durante o teste e a interrupção pelo examinador na presença de dessaturação grave induzida pelo exercício (SpO2<80%). A monitorização contínua da SpO2 pode ocasionar a interrupção do TC6min pelo examinador ao verificar valores críticos de tal variável resultando em possível interferência no desfecho primário do teste, a distância percorrida. Objetivos: Comparar a distância percorrida no TC6min realizado com e sem monitorização contínua da SpO2 em pacientes com doenças respiratórias crônicas e comparar a distância percorrida entre os pacientes que foram interrompidos pelo examinador e os que interromperam o teste por sintomas excessivos àqueles que não interromperam o TC6min. Metodologia: Estudo transversal uni cego em que foram incluídos pacientes com doenças respiratórias crônicas (Doença pulmonar obstrutiva crônica, asma, doença pulmonar intersticial e hipertensão pulmonar) encaminhados para realizar o TC6min na Unidade de Fisiologia Pulmonar do Hospital de Clinicas de Porto Alegre. Os pacientes foram randomizados em dois grupos: Grupo A com monitorização contínua da SpO2 e Grupo B sem monitorização contínua da SpO2. No grupo A, a interrupção do teste foi solicitada pelo examinador quando SpO2<80% e o teste reiniciado quando SpO2≥85%, enquanto que no grupo B o critério de interrupção do teste por dessaturação severa não foi aplicado. Ambos os grupos foram autorizados a desacelerar, parar e descansar conforme necessário de acordo com sintomas e orientados a retomar a caminhada o mais rápido possível. Cada participante realizou um único TC6min. Dados clínicos, demográficos, antropométricos, intensidade da dispneia, de função pulmonar, ecocardiográficos, TC6min realizados anteriormente, sinais vitais, escala Borg, frequência de interrupções, motivo das interrupções e frequência e intensidade de eventos adversos severos foram registrados em ambos os grupos. Resultados: Foram incluídos 290 pacientes (68,6%♀, 62 [52-69] anos) com doenças respiratórias crônicas e randomizados no Grupo A (n=145; 66,2%♀, 58,7±14,2 anos) ou Grupo B (n=145; 71%♀, 59,9±14,3 anos). Não houve diferença na distância percorrida entre os grupos tanto em valores absolutos (Grupo A: 349,5±117,5m versus Grupo B: 351,2±105,4m; p=0,892) quanto em valores previstos (Grupo A: 65,9 [51,8-80,7] % do previsto versus Grupo B: 68,4 [55,2-80,3] % do previsto; p=0,980). Entretanto, houve redução significativa da distância percorrida nos pacientes que foram interrompidos pelo examinador por dessaturação grave (240,6±100,2 m; 44,8±17,7 % do previsto) ou por autointerrupção motivada por sintomas excessivos (221,4±71,9 m; 43,2±15,9 % do previsto) quando comparados aos pacientes que não interromperam o TC6min (384,9±92,6 m; 71,7±15,6 % do previsto). O TC6min foi interrompido em 64 pacientes (22,0%) considerando a totalidade da amostra. Houve uma maior frequência de interrupções no grupo A (n=40, 27,5%) versus grupo B (n=24, 16,5%) (p=0,023). Dezessete pacientes interromperam o teste no Grupo A e 24 pacientes no Grupo B por dispneia e/ou dor excessiva nos membros inferiores (p=0,001). Quarenta e cinco pacientes em toda a amostra (15,5%) apresentaram dessaturação grave no TC6min. Destes, 25 pacientes pertenciam ao Grupo A sendo que 23 pacientes tiveram o teste interrompido pelo examinador e dois interromperam por sintomas excessivos antes da solicitação do examinador. Eventos adversos severos não ocorreram em nenhum dos grupos. Conclusões: A monitorização contínua da oximetria de pulso não alterou a distância percorrida no TC6min. Isso se deve provavelmente ao fato de que a dessaturação foi um evento pouco frequente. Contudo, houve um impacto negativo na distância percorrida nos pacientes que interromperam o teste pelo examinador devido à dessaturação grave ou por auto interrupção devido a sintomas excessivos. Eventos adversos severos não foram observados no presente estudo, independentemente do protocolo adotado.
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Metodologia: Estudo transversal uni cego em que foram incluídos pacientes com doenças respiratórias crônicas (Doença pulmonar obstrutiva crônica, asma, doença pulmonar intersticial e hipertensão pulmonar) encaminhados para realizar o TC6min na Unidade de Fisiologia Pulmonar do Hospital de Clinicas de Porto Alegre. Os pacientes foram randomizados em dois grupos: Grupo A com monitorização contínua da SpO2 e Grupo B sem monitorização contínua da SpO2. No grupo A, a interrupção do teste foi solicitada pelo examinador quando SpO2<80% e o teste reiniciado quando SpO2≥85%, enquanto que no grupo B o critério de interrupção do teste por dessaturação severa não foi aplicado. Ambos os grupos foram autorizados a desacelerar, parar e descansar conforme necessário de acordo com sintomas e orientados a retomar a caminhada o mais rápido possível. Cada participante realizou um único TC6min. 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Entretanto, houve redução significativa da distância percorrida nos pacientes que foram interrompidos pelo examinador por dessaturação grave (240,6±100,2 m; 44,8±17,7 % do previsto) ou por autointerrupção motivada por sintomas excessivos (221,4±71,9 m; 43,2±15,9 % do previsto) quando comparados aos pacientes que não interromperam o TC6min (384,9±92,6 m; 71,7±15,6 % do previsto). O TC6min foi interrompido em 64 pacientes (22,0%) considerando a totalidade da amostra. Houve uma maior frequência de interrupções no grupo A (n=40, 27,5%) versus grupo B (n=24, 16,5%) (p=0,023). Dezessete pacientes interromperam o teste no Grupo A e 24 pacientes no Grupo B por dispneia e/ou dor excessiva nos membros inferiores (p=0,001). Quarenta e cinco pacientes em toda a amostra (15,5%) apresentaram dessaturação grave no TC6min. Destes, 25 pacientes pertenciam ao Grupo A sendo que 23 pacientes tiveram o teste interrompido pelo examinador e dois interromperam por sintomas excessivos antes da solicitação do examinador. Eventos adversos severos não ocorreram em nenhum dos grupos. Conclusões: A monitorização contínua da oximetria de pulso não alterou a distância percorrida no TC6min. Isso se deve provavelmente ao fato de que a dessaturação foi um evento pouco frequente. Contudo, houve um impacto negativo na distância percorrida nos pacientes que interromperam o teste pelo examinador devido à dessaturação grave ou por auto interrupção devido a sintomas excessivos. Eventos adversos severos não foram observados no presente estudo, independentemente do protocolo adotado.Introduction: The latest international guideline that regulates the six-minute walk test (6MWT) recommends continuous monitoring of pulse oximetry (SpO2) during the test and interruption by the examiner in the presence of severe exercise-induced desaturation (SpO2<80%). Continuous SpO2 monitoring can cause the examiner to interrupt the 6MWT when checking critical values for this variable, resulting in possible interference with the test's primary outcome, the distance covered. Objective: To compare the distance covered in the 6MWT performed with and without continuous SpO2 monitoring in patients with chronic respiratory diseases and to compare the distance covered between patients who were interrupted by the examiner and those who interrupted the test due to excessive symptoms to those who did not interrupt the 6MWT. Methods: A single-blind cross-sectional study including patients with chronic respiratory diseases (chronic obstructive pulmonary disease, asthma, interstitial lung disease and pulmonary hypertension) referred to perform the 6MWT at the Pulmonary Physiology Unit of the Hospital de Clinicas de Porto Alegre. Patients were randomized into two groups: Group A with continuous SpO2 monitoring and Group B without continuous SpO2 monitoring. In group A, test interruption was requested by the examiner when SpO2<80% and the test restarted when SpO2≥85%, while in group B the test interruption criterion due to severe desaturation was not applied. Both groups were allowed to slow down, stop and rest as needed according to symptoms and were told to resume walking as soon as possible. Each participant performed a single 6MWT. Clinical, demographic, anthropometric, dyspnea intensity, pulmonary function, echocardiographic data, previously performed 6MWT, vital signs, Borg scale, frequency of interruptions, reason for interruptions and frequency and intensity of severe adverse events were recorded in both groups. Results: 290 patients (68.6%♀, 62 [52-69] years) with chronic respiratory diseases were included and randomized into Group A (n=145; 66.2%♀, 58.7±14.2 years) or Group B (n=145; 71%♀, 59.9±14.3 years). There was no difference in the distance covered between the groups either in absolute values (Group A: 349.5±117.5 m versus Group B: 351.2±105.4 m; p=0.892) or in predicted values (Group A: 65, 9 [51.8-80.7] % of predicted versus Group B: 68.4 [55.2-80.3] % of predicted; p=0.980). However, there was a significant reduction in the distance walked in patients who were interrupted by the examiner due to severe desaturation (240.6±100.2 m; 44.8±17.7 % of predicted) or self-interruption motivated by excessive symptoms (221.4 ±71.9 m; 43.2±15.9 % of predicted) when compared to patients who did not interrupt the 6MWT (384.9±92.6 m; 71.7±15.6 % of predicted). The 6MWT was interrupted in 64 patients (22.0%) considering the entire sample. There was a higher frequency of interruptions in group A (n=40, 27.5%) versus group B (n=24, 16.5%) (p=0.023). Seventeen patients interrupted the test in Group A and 24 patients in Group B due to dyspnea and/or excessive pain in the lower limbs (p=0.001). Forty-five patients in the entire sample (15.5%) had severe desaturation in the 6MWT. Of these, 25 patients belonged to Group A, with 23 patients having the test interrupted by the examiner and two interrupted due to excessive symptoms before the examiner's request. Severe adverse events did not occur in either group. Conclusion: Continuous monitoring of pulse oximetry did not change the distance covered in the 6MWT. This is probably due to the fact that desaturation was an infrequent event. However, there was a negative impact on the distance walked in patients who interrupted the test by the examiner due to severe desaturation or self-interruption due to excessive symptoms. Severe adverse events did not occur in either group. Conclusion: Continuous monitoring of pulse oximetry did not change the distance covered in the 6MWT. This is probably due to the fact that desaturation was an infrequent event. However, there was a negative impact on the distance walked in patients who interrupted the test by the examiner due to severe desaturation or self-interruption due to excessive symptoms. Severe adverse events were not observed in the present study, regardless of the adopted protocol.application/pdfporOximetriaDoença pulmonar obstrutiva crônicaHipertensão pulmonarTeste de caminhadaSix-minute walk testOximetryChronic obstructive pulmonary diseaseInterstitial lung diseasesPulmonary hypertensionImpacto da monitorização contínua da oximetria de pulso sobre a distância percorrida no teste de caminhada de seis minutos em pacientes com doenças respiratórias crônicasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPrograma de Pós-Graduação em Ciências PneumológicasPorto Alegre, BR-RS2022mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001160253.pdf.txt001160253.pdf.txtExtracted Texttext/plain68438http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/254468/2/001160253.pdf.txtccb2bcdde4943eecfcc97b8faec7aa36MD52ORIGINAL001160253.pdfTexto parcialapplication/pdf3393897http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/254468/1/001160253.pdf2253559946701cb2e2c5b02a722f900aMD5110183/2544682023-11-05 04:25:28.614867oai:www.lume.ufrgs.br:10183/254468Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532023-11-05T06:25:28Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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