Timpanomastoidectomia fechada microscópica assistida por endoscopia no tratamento do colesteatoma

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Maurício Noschang Lopes da
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/219401
Resumo: INTRODUÇÃO O uso do endoscópio permite melhor visualização dos compartimentos da orelha média e se propõe a ser uma ferramenta útil na cirurgia do colesteatoma. OBJETIVO Avaliar a Timpanomastoidectomia Fechada Assistida por Endoscopia quanto à capacidade em detectar doença não removida com microscópio; à eficácia na redução de recidiva secundária à doença residual e à possibilidade de preservação auditiva em pacientes com colesteatoma. MÉTODOS Ensaio Clínico Randomizado alocou pacientes com colesteatoma em dois grupos: Cirurgia endoscópica combinada (grupo 1) e cirurgia convencional (grupo 2). Os desfechos foram avaliados entre 12 e 18 meses. RESULTADOS Na fase endoscópica foram encontrados fragmentos de colesteatoma remanescentes em 53,12% dos casos. Na análise prospectiva entraram 57 orelhas. O grupo 1 apresentou recidiva em 17,2% e o grupo 2 em 35,7% (p>0,11). No subgrupo de colesteatoma de pars tensa a incidência foi de 13,3% no grupo 1 e 47,1% no grupo 2 (p<0,04). Não houve diferença nos limiares auditivos. DISCUSSÃO Não houve diferença na incidência de recidiva por doença residual com uso da técnica endoscópica combinada. No subgrupo de colesteatomas de pars tensa foi encontrada redução estatisticamente significativa da recidiva. Não houve diferença no resultado auditivo em ambos grupos. CONCLUSÃO A cirurgia endoscópica combinada foi capaz de reduzir o risco de doença residual em colesteatomas de pars tensa. O uso de fibras óticas não causou piora dos resultados auditivos. O presente estudo sugere que o emprego do endoscópio pode ser útil nos casos de colesteatoma de pars tensa com indicação de timpanomastoidectomia fechada.
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