A pioneira das emissoras universitárias brasileiras : uma história da rádio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2024 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/275442 |
Resumo: | Esta pesquisa buscou recuperar a trajetória da Rádio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, primeira emissora universitária do Brasil, desde seu período experimental - ainda em ondas curtas - até o ano em que completou 60 anos, transmitida pelos 1.080 AM, em 18 de novembro de 2017. Desta forma, conta-se aqui uma história da primeira emissora universitária do Brasil. Para embasar o estudo, utilizou-se a economia política de comunicação em sua vertente crítica (MATTELART; MATTELART, 1999 e MOSCO, 1998; 2008; 2009), bem como a teoria da história (HELLER, 1993) e os conceitos de história e memória (LE GOFF, 2023; MARTINS, 2019; SILVA; SILVA, 2018). Foram abordados os conceitos contemporâneos de rádio (FERRARETTO, 2001, 2021; GAMBARO, 2019; LOPEZ, 2010; KISCHINHEVSKY, 2016; e MEDITSCH, 2001, 2010) e trabalhadas as definições de posicionamento, identidade, segmento e formato de programação (FERRARETTO, 2014; KOTLER; ARMSTRONG, 2007; NEWTON, 2006; RICHERS, 1991; WARREN, 2005). Ademais, ao buscar um panorama da história do rádio brasileiro, utilizou-se os estudos de Ferraretto (2012) e Zuculoto (2012). Discorreu-se sobre a regulação da radiofonia no Brasil e a lacuna deixada pela Constituição Federal de 1988 em relação ao sistema público e estatal; as principais iniciativas de educação pelo rádio no país; e o rádio universitário como meio de transmissão de conhecimento, cultura e de divulgação institucional. A realização deste estudo incluiu a pesquisa bibliográfica e documental e a realização de entrevistas, utilizando-se principalmente como metodologia a história das instituições (SCHUDSON, 1993) e a história oral (DELGADO, 2006; LANG, 1996; MEIHY, 1996; THOMPSON, 1992). O objetivo central foi, a partir dos dados disponíveis, identificar como a emissora foi se transformando em termos de posicionamento, identidade, segmento e formato de programação ao longo do tempo. Buscou-se identificar os diferentes momentos da trajetória da emissora; detalhar as concepções dos diferentes gestores sobre os objetivos da emissora em relação ao público-alvo e conteúdo; além de recuperar e comparar as diferentes grades de programação adotadas ao longo dos anos. Ao final, conclui-se que a emissora possui um esboço de posicionamento e identidade que, como uma decorrência não planejada, delineiam um formato de programação baseado na música de concerto com concessões ao institucional, ao jornalismo, ao educativo e ao acadêmico (ensino laboratorial). Fala-se em esboço porque são construídos de forma empírica pelo transcorrer do tempo, não se identificando um planejamento. |
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Quadros, Mariane SouzaFerraretto, Luiz Artur2024-05-30T05:34:08Z2024http://hdl.handle.net/10183/275442001201538Esta pesquisa buscou recuperar a trajetória da Rádio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, primeira emissora universitária do Brasil, desde seu período experimental - ainda em ondas curtas - até o ano em que completou 60 anos, transmitida pelos 1.080 AM, em 18 de novembro de 2017. Desta forma, conta-se aqui uma história da primeira emissora universitária do Brasil. Para embasar o estudo, utilizou-se a economia política de comunicação em sua vertente crítica (MATTELART; MATTELART, 1999 e MOSCO, 1998; 2008; 2009), bem como a teoria da história (HELLER, 1993) e os conceitos de história e memória (LE GOFF, 2023; MARTINS, 2019; SILVA; SILVA, 2018). Foram abordados os conceitos contemporâneos de rádio (FERRARETTO, 2001, 2021; GAMBARO, 2019; LOPEZ, 2010; KISCHINHEVSKY, 2016; e MEDITSCH, 2001, 2010) e trabalhadas as definições de posicionamento, identidade, segmento e formato de programação (FERRARETTO, 2014; KOTLER; ARMSTRONG, 2007; NEWTON, 2006; RICHERS, 1991; WARREN, 2005). Ademais, ao buscar um panorama da história do rádio brasileiro, utilizou-se os estudos de Ferraretto (2012) e Zuculoto (2012). Discorreu-se sobre a regulação da radiofonia no Brasil e a lacuna deixada pela Constituição Federal de 1988 em relação ao sistema público e estatal; as principais iniciativas de educação pelo rádio no país; e o rádio universitário como meio de transmissão de conhecimento, cultura e de divulgação institucional. A realização deste estudo incluiu a pesquisa bibliográfica e documental e a realização de entrevistas, utilizando-se principalmente como metodologia a história das instituições (SCHUDSON, 1993) e a história oral (DELGADO, 2006; LANG, 1996; MEIHY, 1996; THOMPSON, 1992). O objetivo central foi, a partir dos dados disponíveis, identificar como a emissora foi se transformando em termos de posicionamento, identidade, segmento e formato de programação ao longo do tempo. Buscou-se identificar os diferentes momentos da trajetória da emissora; detalhar as concepções dos diferentes gestores sobre os objetivos da emissora em relação ao público-alvo e conteúdo; além de recuperar e comparar as diferentes grades de programação adotadas ao longo dos anos. Ao final, conclui-se que a emissora possui um esboço de posicionamento e identidade que, como uma decorrência não planejada, delineiam um formato de programação baseado na música de concerto com concessões ao institucional, ao jornalismo, ao educativo e ao acadêmico (ensino laboratorial). Fala-se em esboço porque são construídos de forma empírica pelo transcorrer do tempo, não se identificando um planejamento.This research sought to recover the trajectory of the Radio of the Federal University of Rio Grande do Sul, the first university broadcaster in Brazil, from its experimental period - still on shortwave - to the year in which it turned 60 years old, broadcast by 1,080 AM, on November 18, 2017. In this way, a story of the first university broadcaster in Brazil is told here. To support the study, the political economy of communication was used in its critical aspect (MATTELART; MATTELART, 1999 and MOSCO, 1998; 2008; 2009), as well as the theory of history (HELLER, 1993) and the concepts of history and memory (LE GOFF, 2023; MARTINS, 2019; SILVA; SILVA, 2018). Contemporary concepts of radio were addressed (FERRARETTO, 2001, 2021; GAMBARO, 2019; LOPEZ, 2010; KISCHINHEVSKY, 2016; and MEDITSCH, 2001, 2010) and worked on the definitions of positioning, identity, segment and programming format (FERRARETTO, 2014; KOTLER; ARMSTRONG, 2007; NEWTON, 2006; RICHERS, 1991; WARREN, 2005). In addition, when seeking an overview of the history of Brazilian radio, the studies of Ferraretto (2012) and Zuculoto (2012) were used. The regulation of radio in Brazil and the gap left by the Federal Constitution of 1988 in relation to the public and state system were discussed; the main radio education initiatives in the country; and university radio as a means of transmitting knowledge, culture, mehand institutional dissemination. The accomplishment of this study included bibliographic and documentary research and interviews, using mainly the history of institutions (SCHUDSON, 1993) and oral history (DELGADO, 2006; LANG, 1996; MEIHY, 1996; THOMPSON, 1992). The main objective was, based on the available data, to identify how the station has been transformed in terms of positioning, identity, segment and programming format over time. We sought to identify the different moments of the station's trajectory; detail the conceptions of the different managers about the objectives of the broadcaster in relation to the target audience and content; in addition to recovering and comparing the different programming grids adopted over the years. In the end, it is concluded that the station has a draft of positioning and identity that, as an unplanned consequence, outline a programming format based on concert music with concessions to the institutional, journalism, educational and academic (laboratory teaching). We speak of sketches because they are constructed empirically over time, and no planning is identified.application/pdfporRádio universitária (Comunicação)Rádio (Comunicação) : História : Rio Grande do SulUniversity RadioFederal University of Rio Grande do SulHistoryRadioEducational radioA pioneira das emissoras universitárias brasileiras : uma história da rádio da Universidade Federal do Rio Grande do Sulinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de Biblioteconomia e ComunicaçãoPrograma de Pós-Graduação em ComunicaçãoPorto Alegre, BR-RS2024mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001201538.pdf.txt001201538.pdf.txtExtracted Texttext/plain559180http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/275442/2/001201538.pdf.txt4bae235ca974274215cb6bdbab4a23c3MD52ORIGINAL001201538.pdfTexto completoapplication/pdf2687141http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/275442/1/001201538.pdf05455fb1143d1e5bda340e07247d39e2MD5110183/2754422024-05-31 06:44:17.980276oai:www.lume.ufrgs.br:10183/275442Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532024-05-31T09:44:17Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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Esta pesquisa buscou recuperar a trajetória da Rádio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, primeira emissora universitária do Brasil, desde seu período experimental - ainda em ondas curtas - até o ano em que completou 60 anos, transmitida pelos 1.080 AM, em 18 de novembro de 2017. Desta forma, conta-se aqui uma história da primeira emissora universitária do Brasil. Para embasar o estudo, utilizou-se a economia política de comunicação em sua vertente crítica (MATTELART; MATTELART, 1999 e MOSCO, 1998; 2008; 2009), bem como a teoria da história (HELLER, 1993) e os conceitos de história e memória (LE GOFF, 2023; MARTINS, 2019; SILVA; SILVA, 2018). Foram abordados os conceitos contemporâneos de rádio (FERRARETTO, 2001, 2021; GAMBARO, 2019; LOPEZ, 2010; KISCHINHEVSKY, 2016; e MEDITSCH, 2001, 2010) e trabalhadas as definições de posicionamento, identidade, segmento e formato de programação (FERRARETTO, 2014; KOTLER; ARMSTRONG, 2007; NEWTON, 2006; RICHERS, 1991; WARREN, 2005). Ademais, ao buscar um panorama da história do rádio brasileiro, utilizou-se os estudos de Ferraretto (2012) e Zuculoto (2012). Discorreu-se sobre a regulação da radiofonia no Brasil e a lacuna deixada pela Constituição Federal de 1988 em relação ao sistema público e estatal; as principais iniciativas de educação pelo rádio no país; e o rádio universitário como meio de transmissão de conhecimento, cultura e de divulgação institucional. A realização deste estudo incluiu a pesquisa bibliográfica e documental e a realização de entrevistas, utilizando-se principalmente como metodologia a história das instituições (SCHUDSON, 1993) e a história oral (DELGADO, 2006; LANG, 1996; MEIHY, 1996; THOMPSON, 1992). O objetivo central foi, a partir dos dados disponíveis, identificar como a emissora foi se transformando em termos de posicionamento, identidade, segmento e formato de programação ao longo do tempo. Buscou-se identificar os diferentes momentos da trajetória da emissora; detalhar as concepções dos diferentes gestores sobre os objetivos da emissora em relação ao público-alvo e conteúdo; além de recuperar e comparar as diferentes grades de programação adotadas ao longo dos anos. Ao final, conclui-se que a emissora possui um esboço de posicionamento e identidade que, como uma decorrência não planejada, delineiam um formato de programação baseado na música de concerto com concessões ao institucional, ao jornalismo, ao educativo e ao acadêmico (ensino laboratorial). Fala-se em esboço porque são construídos de forma empírica pelo transcorrer do tempo, não se identificando um planejamento. |
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