Avaliação do perfil proteômico de Cryptococcus neoformans quando exposto a uma molécula com atividade antifúngica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Aline Gonçalves da
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/265638
Resumo: Espécies do gênero Cryptococcus lideram casos de letalidade no contexto das doenças fúngicas atualmente. Em humanos a criptococose pode ocorrer pela inalação de leveduras ou esporos dispersos por pombos exóticos e, por ser uma doença oportunista com tropismo pelo sistema nervoso central, pode atravessar a barreira hematoencefálica em pacientes acometidos por HIV e causar meningite criptocócica. O tratamento disponível é cada vez mais limitado e o desenvolvimento de novos medicamentos não acompanhou a evolução dos mecanismos de virulência, tornando o fungo apto a infectar e se reproduzir no hospedeiro. Logo, nota-se a necessidade de exploração e descoberta de novas moléculas bioativas, que podem ligar-se de forma mais específica no seu sítio ativo e, assim, tornarem-se alternativas promissoras ao atual tratamento. Portanto, avaliamos o perfil proteômico da levedura C. neoformans var. grubii, cepa H99, exposta ou não à molécula espilantol, isolada da planta Acmella oleracea. Foram identificadas alterações em importantes fatores de virulência, como a redução da atividade da urease, e alterações estruturais, verificadas experimentalmente com o aumento do extravasamento celular e redução do conteúdo de ergosterol. Perturbações energéticas foram observadas através da diminuição da disponibilidade do piruvato, o que pode causar um descompasso no ciclo do ácido tricarboxílico. Além disso, observou-se acúmulo de espécies reativas de oxigênio que não foram suficientemente neutralizadas, tornando a célula vulnerável à possível ação antifúngica do espilantol.
id URGS_c819ac58a4a64309a18a29288487c6b3
oai_identifier_str oai:www.lume.ufrgs.br:10183/265638
network_acronym_str URGS
network_name_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
repository_id_str 1853
spelling Silva, Aline Gonçalves daSanti, LucéliaSilva, Walter Orlando Beys da2023-10-03T03:36:19Z2023http://hdl.handle.net/10183/265638001177905Espécies do gênero Cryptococcus lideram casos de letalidade no contexto das doenças fúngicas atualmente. Em humanos a criptococose pode ocorrer pela inalação de leveduras ou esporos dispersos por pombos exóticos e, por ser uma doença oportunista com tropismo pelo sistema nervoso central, pode atravessar a barreira hematoencefálica em pacientes acometidos por HIV e causar meningite criptocócica. O tratamento disponível é cada vez mais limitado e o desenvolvimento de novos medicamentos não acompanhou a evolução dos mecanismos de virulência, tornando o fungo apto a infectar e se reproduzir no hospedeiro. Logo, nota-se a necessidade de exploração e descoberta de novas moléculas bioativas, que podem ligar-se de forma mais específica no seu sítio ativo e, assim, tornarem-se alternativas promissoras ao atual tratamento. Portanto, avaliamos o perfil proteômico da levedura C. neoformans var. grubii, cepa H99, exposta ou não à molécula espilantol, isolada da planta Acmella oleracea. Foram identificadas alterações em importantes fatores de virulência, como a redução da atividade da urease, e alterações estruturais, verificadas experimentalmente com o aumento do extravasamento celular e redução do conteúdo de ergosterol. Perturbações energéticas foram observadas através da diminuição da disponibilidade do piruvato, o que pode causar um descompasso no ciclo do ácido tricarboxílico. Além disso, observou-se acúmulo de espécies reativas de oxigênio que não foram suficientemente neutralizadas, tornando a célula vulnerável à possível ação antifúngica do espilantol.Species of the genus Cryptococcus lead cases of lethality in the context of fungal diseases today. In humans, cryptococcosis can occur by inhaling yeasts or spores dispersed by exotic pigeons and, as it is an opportunistic disease with tropism for the central nervous system, it can cross the blood-brain barrier in patients affected by HIV and cause cryptococcal meningitis. The available treatment is increasingly limited and the development of new drugs has not accompanied the evolution of virulence mechanisms, making the fungus able to infect and reproduce in the host. Therefore, there is a need to explore and discover new bioactive molecules, which can bind more specifically to their active site and thus become promising alternatives to the current treatment. Therefore, we evaluated the proteomic profile of the yeast C. neoformans var. grubii, strain H99, exposed or not to the molecule spilanthol, isolated from the plant Acmella oleracea. Alterations in important virulence factors were identified, such as the reduction of urease activity, and structural alterations, verified experimentally with the increase of cellular extravasation and reduction of ergosterol content. Energy disturbances have been observed through the decrease in pyruvate availability, which can cause a mismatch in the tricarboxylic acid cycle. Furthermore, there was an accumulation of reactive oxygen species that were not sufficiently neutralized, making the cell vulnerable to the possible antifungal action of spilanthol.application/pdfporCriptococoseProteômicaAntifúngicosCryptococcosisProteomicsAntifungal moleculesAvaliação do perfil proteômico de Cryptococcus neoformans quando exposto a uma molécula com atividade antifúngicaEvaluation of the proteomic profile of Cryptococcus neoformans when exposed to a molecule with antifungal activity info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de FarmáciaPrograma de Pós-Graduação em Ciências FarmacêuticasPorto Alegre, BR-RS2023mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001177905.pdf.txt001177905.pdf.txtExtracted Texttext/plain156383http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/265638/2/001177905.pdf.txte3bde167b66d9217a53fe3e9f8236849MD52ORIGINAL001177905.pdfTexto parcialapplication/pdf3774678http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/265638/1/001177905.pdf7c4bcc29e92d175886f2d226a30c6305MD5110183/2656382023-10-07 03:44:51.755031oai:www.lume.ufrgs.br:10183/265638Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532023-10-07T06:44:51Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Avaliação do perfil proteômico de Cryptococcus neoformans quando exposto a uma molécula com atividade antifúngica
dc.title.alternative.en.fl_str_mv Evaluation of the proteomic profile of Cryptococcus neoformans when exposed to a molecule with antifungal activity
title Avaliação do perfil proteômico de Cryptococcus neoformans quando exposto a uma molécula com atividade antifúngica
spellingShingle Avaliação do perfil proteômico de Cryptococcus neoformans quando exposto a uma molécula com atividade antifúngica
Silva, Aline Gonçalves da
Criptococose
Proteômica
Antifúngicos
Cryptococcosis
Proteomics
Antifungal molecules
title_short Avaliação do perfil proteômico de Cryptococcus neoformans quando exposto a uma molécula com atividade antifúngica
title_full Avaliação do perfil proteômico de Cryptococcus neoformans quando exposto a uma molécula com atividade antifúngica
title_fullStr Avaliação do perfil proteômico de Cryptococcus neoformans quando exposto a uma molécula com atividade antifúngica
title_full_unstemmed Avaliação do perfil proteômico de Cryptococcus neoformans quando exposto a uma molécula com atividade antifúngica
title_sort Avaliação do perfil proteômico de Cryptococcus neoformans quando exposto a uma molécula com atividade antifúngica
author Silva, Aline Gonçalves da
author_facet Silva, Aline Gonçalves da
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Silva, Aline Gonçalves da
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Santi, Lucélia
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv Silva, Walter Orlando Beys da
contributor_str_mv Santi, Lucélia
Silva, Walter Orlando Beys da
dc.subject.por.fl_str_mv Criptococose
Proteômica
Antifúngicos
topic Criptococose
Proteômica
Antifúngicos
Cryptococcosis
Proteomics
Antifungal molecules
dc.subject.eng.fl_str_mv Cryptococcosis
Proteomics
Antifungal molecules
description Espécies do gênero Cryptococcus lideram casos de letalidade no contexto das doenças fúngicas atualmente. Em humanos a criptococose pode ocorrer pela inalação de leveduras ou esporos dispersos por pombos exóticos e, por ser uma doença oportunista com tropismo pelo sistema nervoso central, pode atravessar a barreira hematoencefálica em pacientes acometidos por HIV e causar meningite criptocócica. O tratamento disponível é cada vez mais limitado e o desenvolvimento de novos medicamentos não acompanhou a evolução dos mecanismos de virulência, tornando o fungo apto a infectar e se reproduzir no hospedeiro. Logo, nota-se a necessidade de exploração e descoberta de novas moléculas bioativas, que podem ligar-se de forma mais específica no seu sítio ativo e, assim, tornarem-se alternativas promissoras ao atual tratamento. Portanto, avaliamos o perfil proteômico da levedura C. neoformans var. grubii, cepa H99, exposta ou não à molécula espilantol, isolada da planta Acmella oleracea. Foram identificadas alterações em importantes fatores de virulência, como a redução da atividade da urease, e alterações estruturais, verificadas experimentalmente com o aumento do extravasamento celular e redução do conteúdo de ergosterol. Perturbações energéticas foram observadas através da diminuição da disponibilidade do piruvato, o que pode causar um descompasso no ciclo do ácido tricarboxílico. Além disso, observou-se acúmulo de espécies reativas de oxigênio que não foram suficientemente neutralizadas, tornando a célula vulnerável à possível ação antifúngica do espilantol.
publishDate 2023
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2023-10-03T03:36:19Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2023
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10183/265638
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv 001177905
url http://hdl.handle.net/10183/265638
identifier_str_mv 001177905
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron:UFRGS
instname_str Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron_str UFRGS
institution UFRGS
reponame_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
collection Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
bitstream.url.fl_str_mv http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/265638/2/001177905.pdf.txt
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/265638/1/001177905.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv e3bde167b66d9217a53fe3e9f8236849
7c4bcc29e92d175886f2d226a30c6305
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
repository.mail.fl_str_mv lume@ufrgs.br||lume@ufrgs.br
_version_ 1816737082693910528