Violência urbana no trabalho : desamparo nas relações de trabalho e marcas na saúde mental do trabalhador

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Concolato, Claudia Piccolotto
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/200120
Resumo: Na atualidade as Relações de Trabalho encontram-se fragilizadas. Elementos diversos contribuem para a precarização das mesmas. Afora isso, a violência urbana e a criminalidade que crescem de modo vertiginoso têm invadido o espaço de trabalho, adentrando o campo das Relações de Trabalho. Esta dissertação aborda a violência urbana no trabalho, a partir de um estudo de caso num pequeno município do norte do Rio Grande do Sul. Buscou compreender como o trabalhador vivencia um episódio de violência urbana durante o exercício de seu trabalho. A presente pesquisa é de natureza exploratória e de caráter qualitativo. A entrevista semiestruturada foi usada como técnica de coleta de dados com os trabalhadores. A análise das mesmas permitiu identificar como o trabalhador vive o momento do assalto, o retorno ao local para atender as burocracias necessárias e a volta à rotina. Neste contexto foi possível perceber que o sujeito passa pelo susto (que o invade de angústia) pelo medo durante o assalto e o medo de que possa ocorrer novamente a qualquer momento. Passa então a viver a angústia sinal, em estado de alerta sente que não há como se proteger. Ademais, analisando o imbricamento entre o episódio e as Relações de Trabalho, foi possível verificar que o trabalhador percebe que o Estado, as entidades de classe e a empresa não podem resguardá-lo da violência urbana no trabalho, bem como nem sempre agem para amenizar as consequências. Há também as consequências para a família, para a relação do sujeito com a carreira e para a saúde mental. A violência urbana no trabalho acarreta uma sobrecarga psíquica, cujo não reconhecimento também é danoso para a saúde mental do trabalhador. Fato que se soma as demais exigências da atual organização do trabalho - deixando o sujeito desamparado - constituindo mais uma forma de precarização das Relações de Trabalho.
id URGS_c9e39188fef2f64d9288e30582c25cc2
oai_identifier_str oai:www.lume.ufrgs.br:10183/200120
network_acronym_str URGS
network_name_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
repository_id_str 1853
spelling Concolato, Claudia PiccolottoOltramari, Andréa Poleto2019-10-04T03:48:47Z2018http://hdl.handle.net/10183/200120001101515Na atualidade as Relações de Trabalho encontram-se fragilizadas. Elementos diversos contribuem para a precarização das mesmas. Afora isso, a violência urbana e a criminalidade que crescem de modo vertiginoso têm invadido o espaço de trabalho, adentrando o campo das Relações de Trabalho. Esta dissertação aborda a violência urbana no trabalho, a partir de um estudo de caso num pequeno município do norte do Rio Grande do Sul. Buscou compreender como o trabalhador vivencia um episódio de violência urbana durante o exercício de seu trabalho. A presente pesquisa é de natureza exploratória e de caráter qualitativo. A entrevista semiestruturada foi usada como técnica de coleta de dados com os trabalhadores. A análise das mesmas permitiu identificar como o trabalhador vive o momento do assalto, o retorno ao local para atender as burocracias necessárias e a volta à rotina. Neste contexto foi possível perceber que o sujeito passa pelo susto (que o invade de angústia) pelo medo durante o assalto e o medo de que possa ocorrer novamente a qualquer momento. Passa então a viver a angústia sinal, em estado de alerta sente que não há como se proteger. Ademais, analisando o imbricamento entre o episódio e as Relações de Trabalho, foi possível verificar que o trabalhador percebe que o Estado, as entidades de classe e a empresa não podem resguardá-lo da violência urbana no trabalho, bem como nem sempre agem para amenizar as consequências. Há também as consequências para a família, para a relação do sujeito com a carreira e para a saúde mental. A violência urbana no trabalho acarreta uma sobrecarga psíquica, cujo não reconhecimento também é danoso para a saúde mental do trabalhador. Fato que se soma as demais exigências da atual organização do trabalho - deixando o sujeito desamparado - constituindo mais uma forma de precarização das Relações de Trabalho.Presently the Labor Relations are weakened. Various elements contribute to their precariousness. Aside from this, urban violence and crime that has grown rapidly has invaded the work space, coming in the field of Labor Relations. This paper approaches urban violence at work, based on a case study conducted in a town located at north countryside of Rio Grande do Sul state. The goal was to understand how the worker experiences an episode of urban violence during the exercise of his/her work. The present research is exploratory in nature and qualitative. The semi-structured interview was used as a data collection technique. The analysis of data allowed to identify how the worker lives the moment of the attack, the return to the attack place in order to attend the necessary bureaucracies and the return to their routine. In this context it was possible to note that the individuals live the fear (that invades of anguish) by the fear feelings during the assault and the panic that it can happen again at any moment. He goes on to live the signal anguish, in a state of alert where he feels that there is no way to protect himself. In addition, analyzing the relationship between the related episode and the Labor Relations, it was possible to verify that the worker realizes that the government, the legal entities and the company cannot protect them from urban violence at work, nor do they always act to soften its consequences. There are also consequences for the family, for the individual´s relationship to career and for mental health. Urban violence at work entails a psychic overload, where the non-recognition is also damaging to the worker´s mental health. This fact adds to the other demands of the current work organization - leaving the subject helpless - constituting another model of precariousness of Labor Relations.application/pdfporRelações de trabalhoSaúde mentalViolência urbanaPrecarização do trabalhoLabor relationsPrecariousnessViolenceViolência urbana no trabalho : desamparo nas relações de trabalho e marcas na saúde mental do trabalhadorinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulEscola de AdministraçãoPrograma de Pós-Graduação em AdministraçãoPorto Alegre, BR-RS2018mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001101515.pdf.txt001101515.pdf.txtExtracted Texttext/plain338505http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/200120/2/001101515.pdf.txtc1d36ef21cff0fdd5f9576b745e58c75MD52ORIGINAL001101515.pdfTexto completoapplication/pdf1288419http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/200120/1/001101515.pdf7863bd5793b9701f20fc12781a9596c1MD5110183/2001202019-10-05 03:56:17.648559oai:www.lume.ufrgs.br:10183/200120Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532019-10-05T06:56:17Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Violência urbana no trabalho : desamparo nas relações de trabalho e marcas na saúde mental do trabalhador
title Violência urbana no trabalho : desamparo nas relações de trabalho e marcas na saúde mental do trabalhador
spellingShingle Violência urbana no trabalho : desamparo nas relações de trabalho e marcas na saúde mental do trabalhador
Concolato, Claudia Piccolotto
Relações de trabalho
Saúde mental
Violência urbana
Precarização do trabalho
Labor relations
Precariousness
Violence
title_short Violência urbana no trabalho : desamparo nas relações de trabalho e marcas na saúde mental do trabalhador
title_full Violência urbana no trabalho : desamparo nas relações de trabalho e marcas na saúde mental do trabalhador
title_fullStr Violência urbana no trabalho : desamparo nas relações de trabalho e marcas na saúde mental do trabalhador
title_full_unstemmed Violência urbana no trabalho : desamparo nas relações de trabalho e marcas na saúde mental do trabalhador
title_sort Violência urbana no trabalho : desamparo nas relações de trabalho e marcas na saúde mental do trabalhador
author Concolato, Claudia Piccolotto
author_facet Concolato, Claudia Piccolotto
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Concolato, Claudia Piccolotto
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Oltramari, Andréa Poleto
contributor_str_mv Oltramari, Andréa Poleto
dc.subject.por.fl_str_mv Relações de trabalho
Saúde mental
Violência urbana
Precarização do trabalho
topic Relações de trabalho
Saúde mental
Violência urbana
Precarização do trabalho
Labor relations
Precariousness
Violence
dc.subject.eng.fl_str_mv Labor relations
Precariousness
Violence
description Na atualidade as Relações de Trabalho encontram-se fragilizadas. Elementos diversos contribuem para a precarização das mesmas. Afora isso, a violência urbana e a criminalidade que crescem de modo vertiginoso têm invadido o espaço de trabalho, adentrando o campo das Relações de Trabalho. Esta dissertação aborda a violência urbana no trabalho, a partir de um estudo de caso num pequeno município do norte do Rio Grande do Sul. Buscou compreender como o trabalhador vivencia um episódio de violência urbana durante o exercício de seu trabalho. A presente pesquisa é de natureza exploratória e de caráter qualitativo. A entrevista semiestruturada foi usada como técnica de coleta de dados com os trabalhadores. A análise das mesmas permitiu identificar como o trabalhador vive o momento do assalto, o retorno ao local para atender as burocracias necessárias e a volta à rotina. Neste contexto foi possível perceber que o sujeito passa pelo susto (que o invade de angústia) pelo medo durante o assalto e o medo de que possa ocorrer novamente a qualquer momento. Passa então a viver a angústia sinal, em estado de alerta sente que não há como se proteger. Ademais, analisando o imbricamento entre o episódio e as Relações de Trabalho, foi possível verificar que o trabalhador percebe que o Estado, as entidades de classe e a empresa não podem resguardá-lo da violência urbana no trabalho, bem como nem sempre agem para amenizar as consequências. Há também as consequências para a família, para a relação do sujeito com a carreira e para a saúde mental. A violência urbana no trabalho acarreta uma sobrecarga psíquica, cujo não reconhecimento também é danoso para a saúde mental do trabalhador. Fato que se soma as demais exigências da atual organização do trabalho - deixando o sujeito desamparado - constituindo mais uma forma de precarização das Relações de Trabalho.
publishDate 2018
dc.date.issued.fl_str_mv 2018
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-10-04T03:48:47Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10183/200120
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv 001101515
url http://hdl.handle.net/10183/200120
identifier_str_mv 001101515
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron:UFRGS
instname_str Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron_str UFRGS
institution UFRGS
reponame_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
collection Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
bitstream.url.fl_str_mv http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/200120/2/001101515.pdf.txt
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/200120/1/001101515.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv c1d36ef21cff0fdd5f9576b745e58c75
7863bd5793b9701f20fc12781a9596c1
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
repository.mail.fl_str_mv lume@ufrgs.br||lume@ufrgs.br
_version_ 1800309154188886016