Comparação entre frutose-1,6-bisfosfato e solução da Universidade de Wisconsin na preservação de fígados de ratos : a proteção contra o dano precoce isquemia/reperfusão

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fraga, Raquel Scherer de
Data de Publicação: 2007
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/10333
Resumo: Frutose-1,6-bisfosfato (FBP) é um intermediário energético da rota glicolítica que vem sendo estudado como protetor celular em diversas situações patológicas, como choque séptico, e em modelos experimentais de isquemia/reperfusão em diferentes órgãos. Este estudo comparou solução de FBP com a solução da Universidade de Wisconsin (UW) durante a isquemia a frio e após a reperfusão. Ratos adultos Wistar machos foram divididos em dois grupos experimentais de acordo com as diferentes soluções de preservação: Grupo 1 (UW) e Grupo 2 (solução de FBP). Foram realizadas dosagens de AST, ALT e LDH no líquido de preservação em 2, 4 e 6 h de isquemia a frio. Após 6 h, o fígado preservado foi perfundido por 15 min através de um modelo experimental de reperfusão hepática. Após este período, foi interrompido o sistema de reperfusão, sendo coletadas amostras de sangue do efluente venoso para determinação de AST, ALT, LDH e TBARS. Foram também seccionados fragmentos do fígado para análise histopatológica, dosagem de TBARS, catalase, derivados do NO e avaliação espectrofotométrica das mitocôndrias. As dosagens de AST e LDH no líquido de preservação em 2, 4 e 6 h foram significativamente maiores no Grupo 1. Entretanto, após a reperfusão os níveis de AST, ALT e LDH no soro e a atividade da catalase no tecido hepático foram maiores no Grupo 2. Em contrapartida, as medidas de TBARS e derivados do NO foram semelhantes entre os grupos. Adicionalmente, a avaliação espectrofotométrica das mitocôndrias do tecido hepático demonstrou maior alteração na vibração das proteínas da membrana mitocondrial no grupo da FBP. Na análise histológica não houve sinais de dano de preservação em nenhuma das lâminas estudadas. Entretanto, em todos os fígados do Grupo 2 houve congestão sinusoidal importante, o que não se repetiu em qualquer animal do Grupo 1. Dessa forma, a FBP apresenta um efeito protetor durante a preservação a frio de fígados de ratos, mas não previne o dano após a reperfusão.
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