Uso de antimicrobianos em granjas de suínos para fins comerciais no Rio Grande do Sul

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Galvani, Juliane Webster de Carvalho
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/271513
Resumo: A suinocultura é relevante para o estado do Rio Grande do Sul (RS), segundo maior produtor e exportador de carne suína no Brasil. Nesta atividade, a adoção de sistemas de criação intensiva, tem levado a um aumento na incidência de infecções e, portanto, ao uso de antimicrobianos (ATMs) para manter a sanidade e o desempenho dos suínos. Entretanto, o uso de ATMs na agropecuária suscita preocupações, considerando-se a disseminação global da resistência bacteriana. Consequentemente, organizações internacionais têm recomendado a utilização responsável de ATMs tanto em humanos quanto em animais. No Brasil, ações progressivas visam reduzir o uso de antimicrobianos na produção animal desde 1998, mas a disponibilidade de dados sobre o monitoramento do uso desses medicamentos na agropecuária é limitada e a pesquisa sobre o tema é escassa. Assim, este estudo teve como objetivo principal avaliar o uso de antimicrobianos em granjas de suínos para fins comerciais no RS. Para isso, foi conduzido um estudo exploratório descritivo em granjas comerciais do sistema produtivo integrado. Essas foram selecionadas por amostragem estratificada, dentre um total de 7.575 propriedades registradas no banco de dados da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação. Questionários estruturados foram aplicados abordando a utilização de antimicrobianos, as condições de biosseguridade e o conhecimento dos produtores sobre o uso prudente desses medicamentos na suinocultura. Os dados coletados foram tabulados e submetidos a análises descritivas e estatísticas inferenciais. Os resultados indicaram que a maioria das propriedades rurais com suínos (74%) utilizou antimicrobianos em pelo menos um dos lotes avaliados. O uso profilático foi predominante (79%), com a administração oral sendo a via mais comum (92%). Os suínos consumiram antimicrobianos durante, aproximadamente, 48% de suas vidas, seja por via injetável ou oral. Adicionalmente, observou-se a utilização de 28 princípios ativos distintos, provenientes de 12 classes de antimicrobianos. Em média, a quantidade de antimicrobianos consumida, nas granjas avaliadas, foi de 205,99 mg de ATMs por quilo de suíno produzido. Ainda, a identificação da correlação estatística positiva entre a quantidade de antimicrobianos utilizada e a pontuação de biosseguridade nas propriedades estudadas sugere que um maior uso de ATMs está associado a níveis mais elevados de biosseguridade, indicando uma abordagem para enfrentar desafios sanitários. A biosseguridade nas granjas estudadas possui a pontuação média (67) ligeiramente inferior à média mundial (72), no entanto está aquém da pontuação considerada perfeita (100). A comparação desses resultados, tanto do uso de ATMs quanto da pontuação de biosseguridade, com dados internacionais indica que há espaço para melhorias significativas. Portanto, recomenda-se a transição para o uso prudente de ATMs nos rebanhos suínos do RS com foco na implementação de medidas de biosseguridade adequadas. Quanto aos produtores de suínos, esses demonstraram alguma familiaridade com o tema do uso responsável de antimicrobianos (76,3%) e estavam dispostos a considerar medidas alternativas ao uso desses medicamentos (64,9%), embora tenham identificado algumas barreiras. Este estudo enfatiza a importância da conscientização dos envolvidos e da implementação de estratégias para garantir o uso responsável de antimicrobianos na suinocultura para fins comerciais no Rio Grande do Sul.
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Assim, este estudo teve como objetivo principal avaliar o uso de antimicrobianos em granjas de suínos para fins comerciais no RS. Para isso, foi conduzido um estudo exploratório descritivo em granjas comerciais do sistema produtivo integrado. Essas foram selecionadas por amostragem estratificada, dentre um total de 7.575 propriedades registradas no banco de dados da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação. Questionários estruturados foram aplicados abordando a utilização de antimicrobianos, as condições de biosseguridade e o conhecimento dos produtores sobre o uso prudente desses medicamentos na suinocultura. Os dados coletados foram tabulados e submetidos a análises descritivas e estatísticas inferenciais. Os resultados indicaram que a maioria das propriedades rurais com suínos (74%) utilizou antimicrobianos em pelo menos um dos lotes avaliados. O uso profilático foi predominante (79%), com a administração oral sendo a via mais comum (92%). Os suínos consumiram antimicrobianos durante, aproximadamente, 48% de suas vidas, seja por via injetável ou oral. Adicionalmente, observou-se a utilização de 28 princípios ativos distintos, provenientes de 12 classes de antimicrobianos. Em média, a quantidade de antimicrobianos consumida, nas granjas avaliadas, foi de 205,99 mg de ATMs por quilo de suíno produzido. Ainda, a identificação da correlação estatística positiva entre a quantidade de antimicrobianos utilizada e a pontuação de biosseguridade nas propriedades estudadas sugere que um maior uso de ATMs está associado a níveis mais elevados de biosseguridade, indicando uma abordagem para enfrentar desafios sanitários. A biosseguridade nas granjas estudadas possui a pontuação média (67) ligeiramente inferior à média mundial (72), no entanto está aquém da pontuação considerada perfeita (100). A comparação desses resultados, tanto do uso de ATMs quanto da pontuação de biosseguridade, com dados internacionais indica que há espaço para melhorias significativas. Portanto, recomenda-se a transição para o uso prudente de ATMs nos rebanhos suínos do RS com foco na implementação de medidas de biosseguridade adequadas. Quanto aos produtores de suínos, esses demonstraram alguma familiaridade com o tema do uso responsável de antimicrobianos (76,3%) e estavam dispostos a considerar medidas alternativas ao uso desses medicamentos (64,9%), embora tenham identificado algumas barreiras. Este estudo enfatiza a importância da conscientização dos envolvidos e da implementação de estratégias para garantir o uso responsável de antimicrobianos na suinocultura para fins comerciais no Rio Grande do Sul.Pig farming is relevant to the state of Rio Grande do Sul (RS), the second largest producer and exporter of pork in Brazil. In this activity, the adoption of intensive farming systems has led to an increase in the incidence of infections and, therefore, the use of antimicrobials (ATMs) to maintain the health and performance of pigs. However, the use of ATMs in agriculture raises concerns, considering the global spread of bacterial resistance. Consequently, international organizations have recommended the responsible use of ATMs in both humans and animals. In Brazil, progressive actions aim to reduce the use of antimicrobials in animal production since 1998, but the availability of data on monitoring the use of these medicines in agriculture is limited and research on the topic is scarce. Thus, this study's main objective was to evaluate the use of antimicrobials in pig farms for commercial purposes in RS. To this end, an exploratory descriptive study was conducted on commercial farms in the integrated production system. These were selected by stratified sampling, from a total of 7,575 properties registered in the database of the Secretariat of Agriculture, Livestock, Sustainable Production and Irrigation. Structured questionnaires were applied addressing the use of antimicrobials, biosecurity conditions and producers' knowledge about the prudent use of these medicines in swine farming. The collected data were tabulated and subjected to descriptive analysis and inferential statistics. The results indicated that the majority of rural properties with pigs (74%) used antimicrobials in at least one of the lots evaluated. Prophylactic use was predominant (79%), with oral administration being the most common route (92%). Pigs consumed antimicrobials for approximately 48% of their lives, whether injected or orally. Additionally, the use of 28 different active ingredients was observed, coming from 12 classes of antimicrobials. On average, the amount of antimicrobials consumed on the farms evaluated was 205.99 mg of ATMs per kilo of pig produced. Furthermore, the identification of a positive statistical correlation between the amount of antimicrobials used and the biosafety score on the properties studied suggests that greater use of ATMs is associated with higher levels of biosafety, indicating an approach to face sanitary challenges. Biosecurity on the farms studied has an average score (67) slightly lower than the world average (72), however it is below the score considered perfect (100). Comparing these results, both ATMs use and biosecurity scores, with international data indicates that there is room for significant improvement. Therefore, it is recommended to transition to the prudent use of ATMs in pig herds in RS with a focus on implementing adequate biosecurity measures. As for pig producers, they demonstrated some familiarity with the topic of responsible use of antimicrobials (76.3%) and were willing to consider alternative measures to the use of these medicines (64.9%), although they identified some barriers. This study emphasizes the importance of raising awareness among those involved and implementing strategies to ensure the responsible use of antimicrobials in pig farming for commercial purposes in Rio Grande do Sul.application/pdfporAntibioticoSuínoBiossegurançaSuinoculturaAntimicrobialsPigsAntibioticsBiosecurityUso de antimicrobianos em granjas de suínos para fins comerciais no Rio Grande do Sulinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulCentro de Estudos e Pesquisas em AgronegóciosPrograma de Pós-Graduação em AgronegóciosPorto Alegre, BR-RS2023doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001194501.pdf.txt001194501.pdf.txtExtracted Texttext/plain369928http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/271513/2/001194501.pdf.txt9870d42d478996ff955ab0deaafce1dcMD52ORIGINAL001194501.pdfTexto completoapplication/pdf3730518http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/271513/1/001194501.pdfe78af6956254345d302fd27b75a1e4c1MD5110183/2715132024-02-07 05:59:54.159244oai:www.lume.ufrgs.br:10183/271513Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532024-02-07T07:59:54Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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