Avaliação da associação entre a saturação tecidual de oxigênio após venoclusão e a saturação venosa central

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Alan, Claudio da Silva Zachia
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/132158
Resumo: Introdução: A saturação de oxigênio venoso central (ScvO2) tem sido defendida como um substituto da saturação de oxigênio no sangue venoso misto. Seria interessante encontrar uma técnica não-invasiva para estimar a ScvO2. A espectroscopia próxima do infravermelho (NIRS) é uma técnica não-invasiva para monitorar a saturação de oxigênio tecidual (StO2). Utilizando o método de oclusão venosa (VO), no antebraço, o volume de sangue venoso aumenta. NIRS na posição tenar irá refletir a diminuição na StO2 que em última instância irá reproduzir a SvO2 da parte superior do braço. Se a SvO2 do braço é um componente importante do ScvO2, ambas as variáveis podem correlacionar. Objetivo: Para testar a hipótese de que StO2 tenar por NIRS depois da VO pode estimar a ScvO2 em uma população de pacientes criticamente enfermos. Métodos: Estudo prospectivo observacional em pacientes adultos sob ventilação mecânica em 24h de internação na UTI, após a reanimação inicial. A oxigenação tecidual derivada foi monitorada através do espectrômetro Tissue InSpectra Spectrometer Modelo 650 (Hutchinson Technology Inc., Hutchinson, MN, EUA), com um probe múltiplo (15 e 25 mm) sobre a eminência tenar. Primeiro foi aplicada a oclusão venosa (VO) em voluntários, saudáveis, na parte superior do braço para investigar quanto tempo a VO era tolerada, e estudar o padrão de mudança da StO2 durante a VO. Um esfigmomanômetro com manguito pneumático, colocado no antebraço, foi inflado a uma pressão de 30 mmHg, acima da pressão diastólica, até que tenha alcançado uma linha de platô e desinflado a 0 mmHg. Os parâmetros derivados da StO2 após a VO foram divididos em dois componentes: StO2 em repouso (r-StO2) e a mínima StO2 no final da VO (m-StO2). O sangue foi coletado a partir de uma linha central colocado na veia cava superior para medir a ScvO2. A StO2 foi monitorizada com o probe sobre a eminência tenar. O manguito foi colocado em torno do antebraço e insuflado a uma pressão 30 mmHg acima da pressão diastólica durante 5 minutos (limite de tempo derivada de voluntários saudáveis) ou até que um platô de StO2 fosse atingido. Após a conclusão da VO, o manguito era esvaziado a 0 mmHg. Os parâmetros StO2 derivados após a VO foram divididos em três componentes: r-StO2, m-StO2, e o tempo médio que a StO2 atingiu a ScvO2 do paciente. O valor da StO2 no tempo médio foi posteriormente comparada com a ScvO2. Resultados: Todos os voluntários (n = 9) toleraram a VO. O tempo médio para a tolerabilidade e platô da StO2 foi 7 ± 1 minutos. Considerando-se que os voluntários saudáveis toleraram mais de 5 minutos de VO, utilizou-se 5 minutos como um tempo de VO para ser aplicada nas pacientes. Foram estudados 22 pacientes internados na UTI durante 3 dias consecutivos. O tempo médio para que a StO2 equiparasse a ScvO2 foi de 100 segundos e 95 segundos (probes de 15 mm e de 25 mm). O valor da StO2 a 100 segundos ([100-StO2] 15 milímetros: 74 ± 7%, 25 mm: 74 ± 6%) foi então usado para comparar com ScvO2 (75 ± 6%). A 100-StO2 correlacionou-se com a ScvO2 (15 mm: R² = 0,63, 25 milímetros: R² = 0,67, p <0,001), sem discrepância importante na análise de Bland Altman. Conclusão: A ScvO2 pode ser estimada a partir da StO2, durante um teste de VO. Medidas não-invasivas freqüentes de StO2 para estimar a ScvO2, depois de um teste de oclusão venosa, são viáveis.
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