Efeito do tratamento com tiroxina sobre parâmetros do estresse oxidativo em pacientes com hipotireoidismo congênito primário
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2009 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/28518 |
Resumo: | Os hormônios tiroxina (T4) e triiodotironina (T3) apresentam especial importância para o desenvolvimento e crescimento normal. A deficiente produção destes hormônios ao nascimento leva ao hipotireoidismo congênito (HC), caracterizado por severo retardo mental devido ao atraso no desenvolvimento do Sistema Nervoso Central. Crianças com HC devem iniciar o tratamento com tiroxina assim que o diagnóstico for confirmado. O rastreamento neonatal, portanto, é fundamental para detecção precoce desta doença metabólica que ocorre em cerca de 1 a cada 3.500 a 4.000 nascidos vivos. O estresse oxidativo é resultado do desequilíbrio entre a formação de compostos oxidantes e defesas antioxidantes do organismo levando ao dano potencial. Estudos prévios com modelos animais de hipotireoidismo mostraram uma alteração do status antioxidante cerebral associado ao aumento do estresse oxidativo. Considerando que estudos realizados em humanos adultos revelaram envolvimento de radicais livres com a patogênese do hipotireodismo, o objetivo deste estudo foi avaliar o estresse oxidativo em neonatos com hipotireoidismo congênito primário no momento do diagnóstico e ao longo do tratamento com tiroxina (10-15 μg/Kg/d). Para tanto, foram avaliados os níveis de malondialdeído (MDA) e a reatividade antioxidante total (TAR) em plasma, bem como a medida da atividade das enzimas antioxidantes catalase (CAT), superóxido dismutase (SOD) e glutationa peroxidase (GSH-Px) nos eritrócitos de neonatos portadores de HC. Foi observado um aumento significativo dos níveis de MDA bem como uma redução da TAR em neonatos portadores de HC quando comparados ao grupo controle. Além disto, foi observada uma redução significativa na atividade enzimática da CAT e da GSH-Px em eritrócitos de recém-nascidos com HC quando comparados ao grupo controle. A atividade enzimática da SOD manteve-se inalterada. Todavia, não foram encontradas diferenças significativas dos parâmetros estudados após o tratamento com tiroxina. Ainda, não foi verificada correlação significativa entre os níveis de TSH e T4 livre e os parâmetros de estresse oxidativo. Desta forma, presume-se que ocorre estresse oxidativo em neonatos com HC e que o tratamento com tiroxina não é capaz de reverter a lipoperoxidação e a redução das defesas antioxidantes enzimática e não enzimática em neonatos com HC. |
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Cipriani, FrancieleVargas, Carmen Regla2011-04-08T05:59:55Z2009http://hdl.handle.net/10183/28518000696530Os hormônios tiroxina (T4) e triiodotironina (T3) apresentam especial importância para o desenvolvimento e crescimento normal. A deficiente produção destes hormônios ao nascimento leva ao hipotireoidismo congênito (HC), caracterizado por severo retardo mental devido ao atraso no desenvolvimento do Sistema Nervoso Central. Crianças com HC devem iniciar o tratamento com tiroxina assim que o diagnóstico for confirmado. O rastreamento neonatal, portanto, é fundamental para detecção precoce desta doença metabólica que ocorre em cerca de 1 a cada 3.500 a 4.000 nascidos vivos. O estresse oxidativo é resultado do desequilíbrio entre a formação de compostos oxidantes e defesas antioxidantes do organismo levando ao dano potencial. Estudos prévios com modelos animais de hipotireoidismo mostraram uma alteração do status antioxidante cerebral associado ao aumento do estresse oxidativo. Considerando que estudos realizados em humanos adultos revelaram envolvimento de radicais livres com a patogênese do hipotireodismo, o objetivo deste estudo foi avaliar o estresse oxidativo em neonatos com hipotireoidismo congênito primário no momento do diagnóstico e ao longo do tratamento com tiroxina (10-15 μg/Kg/d). Para tanto, foram avaliados os níveis de malondialdeído (MDA) e a reatividade antioxidante total (TAR) em plasma, bem como a medida da atividade das enzimas antioxidantes catalase (CAT), superóxido dismutase (SOD) e glutationa peroxidase (GSH-Px) nos eritrócitos de neonatos portadores de HC. Foi observado um aumento significativo dos níveis de MDA bem como uma redução da TAR em neonatos portadores de HC quando comparados ao grupo controle. Além disto, foi observada uma redução significativa na atividade enzimática da CAT e da GSH-Px em eritrócitos de recém-nascidos com HC quando comparados ao grupo controle. A atividade enzimática da SOD manteve-se inalterada. Todavia, não foram encontradas diferenças significativas dos parâmetros estudados após o tratamento com tiroxina. Ainda, não foi verificada correlação significativa entre os níveis de TSH e T4 livre e os parâmetros de estresse oxidativo. Desta forma, presume-se que ocorre estresse oxidativo em neonatos com HC e que o tratamento com tiroxina não é capaz de reverter a lipoperoxidação e a redução das defesas antioxidantes enzimática e não enzimática em neonatos com HC.Thyroxine (T4) and Triiodothyronine (T3) are important for normal growth and development. Insufficient production of these hormones lead to congenital hypothyroidism (CH), characterized by severe mental retardation due to delay of the central nervous system maturation. CH infants must start treatment with thyroxine replacement as soon as diagnosed. Neonatal screening program is, therefore, essential to early identification of this disease with an incidence of 1 in 3500 - 4000 newborns. Oxidative stress is a disturbance in the prooxidant-antioxidant balance in favor of the former, leading to potencial damage. Previous studies using animal models of hypothyroidism showed an alteration of the cerebral antioxidant status associated with increased oxidative stress. Considering that human studies in adults revealed that oxidative stress may play a role in hypothyroidism pathogenesis, the objective of the present study was to evaluate oxidative stress parameters in neonates with primary CH before and after treatment with thyroxine (to 10-15 μg/Kg/d). We measured malondialdehyde levels (MDA) and total antioxidant reactivity (TAR) in plasma and the enzymatic activities of superoxide dismutase (SOD), catalase (CAT) and glutathione peroxidase (GSH-Px) in erythrocytes from CH neonates. It was observed a significant increase of plasma MDA measurement as well as a decrease of total antioxidant reactivity (TAR) when compared to the control group. Furthermore, a significant decrease of erythrocyte CAT and GSH-Px activities were also found in CH patients, in contrast with SOD activity which was normal. However, we did not find significant differences in any of these parameters after CH thyroxine treatment. Also, it wasn’t verified any correlation between TSH and free T4 levels and oxidative stress parameters. Therefore, it is presumed that oxidative stress occurs in neonates with CH and that treatment with thyroxine cannot revert the induced lipoperoxidation and the reduction of enzymatic and non enzymatic antioxidant defenses in neonates with CH.application/pdfporEstresse oxidativoHipotireoidismo congênitoTiroxinaOxidative stressPrimary Congenital HipothyroidismThyroxineEfeito do tratamento com tiroxina sobre parâmetros do estresse oxidativo em pacientes com hipotireoidismo congênito primárioinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de FarmáciaPrograma de Pós-Graduação em Ciências FarmacêuticasPorto Alegre, BR-RS2009mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT000696530.pdf.txt000696530.pdf.txtExtracted Texttext/plain92068http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/28518/2/000696530.pdf.txt59e4583c690a17fa80d2aa890c88ed7eMD52ORIGINAL000696530.pdf000696530.pdfTexto completoapplication/pdf552854http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/28518/1/000696530.pdf4639865dd12d9a04863655038ebb37deMD51THUMBNAIL000696530.pdf.jpg000696530.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1221http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/28518/3/000696530.pdf.jpg950ff277f0c24ce10390fa452ae55500MD5310183/285182018-10-09 08:32:21.997oai:www.lume.ufrgs.br:10183/28518Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-09T11:32:21Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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Os hormônios tiroxina (T4) e triiodotironina (T3) apresentam especial importância para o desenvolvimento e crescimento normal. A deficiente produção destes hormônios ao nascimento leva ao hipotireoidismo congênito (HC), caracterizado por severo retardo mental devido ao atraso no desenvolvimento do Sistema Nervoso Central. Crianças com HC devem iniciar o tratamento com tiroxina assim que o diagnóstico for confirmado. O rastreamento neonatal, portanto, é fundamental para detecção precoce desta doença metabólica que ocorre em cerca de 1 a cada 3.500 a 4.000 nascidos vivos. O estresse oxidativo é resultado do desequilíbrio entre a formação de compostos oxidantes e defesas antioxidantes do organismo levando ao dano potencial. Estudos prévios com modelos animais de hipotireoidismo mostraram uma alteração do status antioxidante cerebral associado ao aumento do estresse oxidativo. Considerando que estudos realizados em humanos adultos revelaram envolvimento de radicais livres com a patogênese do hipotireodismo, o objetivo deste estudo foi avaliar o estresse oxidativo em neonatos com hipotireoidismo congênito primário no momento do diagnóstico e ao longo do tratamento com tiroxina (10-15 μg/Kg/d). Para tanto, foram avaliados os níveis de malondialdeído (MDA) e a reatividade antioxidante total (TAR) em plasma, bem como a medida da atividade das enzimas antioxidantes catalase (CAT), superóxido dismutase (SOD) e glutationa peroxidase (GSH-Px) nos eritrócitos de neonatos portadores de HC. Foi observado um aumento significativo dos níveis de MDA bem como uma redução da TAR em neonatos portadores de HC quando comparados ao grupo controle. Além disto, foi observada uma redução significativa na atividade enzimática da CAT e da GSH-Px em eritrócitos de recém-nascidos com HC quando comparados ao grupo controle. A atividade enzimática da SOD manteve-se inalterada. Todavia, não foram encontradas diferenças significativas dos parâmetros estudados após o tratamento com tiroxina. Ainda, não foi verificada correlação significativa entre os níveis de TSH e T4 livre e os parâmetros de estresse oxidativo. Desta forma, presume-se que ocorre estresse oxidativo em neonatos com HC e que o tratamento com tiroxina não é capaz de reverter a lipoperoxidação e a redução das defesas antioxidantes enzimática e não enzimática em neonatos com HC. |
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